Até o momento passaram-se 10 décadas de existência do INTER e dentre as quais se pode destacar 3 (três) de plena supremacia frente a seus adversários.
1ª de âmbito regional deu-se nos anos 40 e as disputas não excediam o território gaúcho. Foi o período do melhor time visto até então no RS. Era praticamente imbatível, cujo apelido de ROLO COMPRESSOR já dizia tudo, porque passava por cima de todo e qualquer adversário que se impusesse a sua frente. Em 10 anos, ganhou 8 (oito) títulos do rival da Baixada, hoje Azenha. Os poucos jogos com equipes de fora do Estado foram em caráter amistoso.
A 2ª de âmbito nacional deu-se nos anos 70 e as disputas interestaduais começaram ainda na década anterior. E foi justamente o INTER o 1º clube gaúcho a obter conquistas oficiais além do Rio Mampituba, vencendo o Campeonato Brasileiro de 1975, repetindo em 76 e em 79 de forma invicta. Foi considerado pela CBF, segundo sua própria estatística, jornais e revistas esportivas do País, com destaque à Placar, como o melhor time brasileiro da década de 70. E ainda, para os antigos torcedores que chegaram a conhecer grandes times anteriores como o Rolo Compressor, foi nesse período dos anos 70 que surgiu o melhor time colorado de todos os tempos.
Enquanto se projetava nacionalmente continuou mantendo a hegemonia regional (OCTA CAMPEÃO). Entretanto, em termos internacionais, ainda não chegara a se consagrar, ganhando tão-somente torneios extra-oficiais.
A 3ª de âmbito internacional deu-se na recém década finda (2001-2010) e foi aí que o INTER extrapolou a sua grandeza, como todos sabem, vencendo o MUNDIAL FIFA, duas LIBERTADORES, uma RECOPA, uma SULAMERICANA e outros títulos em escala menor. Atenta-se que a 2ª Recopa (2011) já faz parte de nova década, observando o critério de contagem dos órgãos de pesquisa. Vê-se, pois, que foi tão grande a supremacia frente os demais times brasileiros que, se somadas todas conquistas destes na década em referência, não se igualam àquelas ganhas unicamente pelo INTER. E na América, em termos de troféus, só encontrou a rivalidade do grande Boca Júniors da Argentina.
Da mesma forma que se projetava internacionalmente, mantinha a hegemonia no âmbito regional, ganhando 6 (seis) títulos do Gauchão na mesma década, mas deixara de vencer títulos nacionais.
Assim, pode-se verificar que nas décadas de plena supremacia colorada, sempre manteve a hegemonia no rincão gaúcho, mas não conseguiu aglutinar simultaneamente os outros dois componentes do trinômio (nacional e internacional), ora somente no âmbito nacional (anos 70), ora unicamente no âmbito internacional, conforme o último decênio. É bem verdade que neste também esteve bem próximo da consagração nacional, somando 3 (três) vice-campeonatos brasileiros. Embora tivesse vencido um dentro do campo (2005), como é sabido de todos, o mesmo lhe foi solapado vergonhosamente.
E a grande indagação que se faz no presente: Como será esta 11ª década? Poderá o INTER consagrar-se tanto no âmbito regional, como nacional e internacional ao mesmo tempo?
Como resposta imediata diria que as perspectivas são enormes, uma vez que com o transcurso do 1º ano (2011) e menos da metade do 2º (2012),o INTER ganhou os dois regionais disputados e de sobra o título internacional da RECOPA.
Presentemente, a grande expectativa de todos os colorados é a conquista de um Campeonato Brasileiro ainda no corrente ano, pois estamos com saudades e muitas!
Se tal acontecer estará sendo suprida a lacuna de conquistas nacionais que nos tem faltado nas últimas décadas.
Quem sabe, assim, consiga o INTER reunir no decênio uma conjugação plena de conquistas, agregando à habitual hegemonia regional, com títulos nacionais, que estamos carentes, mais troféus internacionais que nos habituamos a ganhar. Seria uma década gloriosa. Que assim seja.
Portanto, dá-lhe INTER!
Saudações Coloradas
Heleno Costi – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é a minha paixão!
Não podemos nos debruçar sobre as glorias como faz o time da Azenha que se tocou que não ganha nada faz 10 anos e agora vai se mudar pro Humaitá. O trabalho tem que ser continuo e o investimento nas bases constantes.
Melo,
Os títulos tem de fato chegado às pencas, mas, cá entre nós, no fundo há um sintoma como a dizer que nos falta algo. Acho que são as conquistas nacionais, especialmente de um Brasileirão. Quem sabe neste ano e amanhã estarei no Beira-Rio para conferir a grande arrancada.
Saudações coloradas
Sob esse ângulo, não resta dúvida de que a perspectiva é boa. Mal começou a década e já estamos ponteando. É claro que o inconformismo não permite que fiquemos satisfeitos, nem com os títulos. Quando eles vêm, queremos o bi e quando é a vez desse não mais o queremos e sim o tri. Talvez resida aí o segredo de nosso sucesso.
SC