Tanto quanto os polegares opositores, o deslocamento sobre duas patas, a comunicação escrita ou o esquema sem centroavante, uma das coisas que separa o ser humano dos outros animais é a capacidade de mentir pra si mesmo.
O dom de nos convencer daquilo que sabemos não ser verdade, criar histórias para nós mesmos ou acreditar em algo que é claramente negado pelos fatos ou pelo pensamento racional é um mecanismo humano básico em busca de conforto ou para evitar um choque com uma realidade que parece complexa ou dolorosa demais.
É uma luta constante tentar enxergar a realidade de nosso Inter nos dias de hoje. Eu valorizo muito o trabalho do Luigi e todas as vitórias conquistadas por nosso presidente em 2012. Mas eu sempre fico com uma pulga a trás da orelha e receosa em pensar que não estamos no eixo RJ-SP e somos um clube do sul do Brasil e distantes dos “pactos” que fazem o futebol na CBF. Não podemos nos enganar e achar que nosso time é bom, que vamos nos sustentar em nosso estilo gaúcho de ser, que temos um estádio novinho, taças no armário, campeão de tudo e o escambau…
Pensamentos como “Desta vez o brasileiro é nosso”, “Mais cedo ou mais tarde as coisas se acertam”, “Temos o melhor plantel do Brasil” ou “Tivemos mais posse de bola” são formas de racionalizar um processo de proteção emocional, como nenhum castor, elefante ou panda faria (você consegue imaginar uma zebra perdendo na corrida para um leão e pensando “Ah, mas eu nem queria sobreviver mesmo, humpf”?)
Não podemos mentir pra si mesmo, se enganar, distorcer a realidade em busca de conforto, tranquilidade e paz de espírito. Tem coisa acontecendo na CBF. Coisa de panela. Para privilegiar poucos. Se cuida Inter!
Beijocas…
Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
Alô você Simone!
O grande escritor Nelson Rodrigues deu vida a um personagem que ele batizou de “Sobrenatural de Almeida. Esse ser explicava tudo o que não tinha explicação, e isso é coisa dos anos 50. Pois de lá pra cá em todas as competições sejam elas, Taças Brasis, Taças de Prata, Robertões, e outras até chegarmos ao atual Campeonato Nacional, não raro aquele senhor aparecia e continua aparecendo para justificar o injustificável. Só se ganha quando nossas equipes são muitíssimo melhor que os outros, um puquinho só melhor não serve, não é suficientye.
Oremos.
Gostei do blog. Saudações coloradas !
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