Como nos velhos tempos, enfrentamos o Cruzeiro no Estádio Beira-Rio, na noite gelada de sábado e vencemos por 2 a 1.
O melhor, com certeza, foi o resultado que deixou o nosso “Campeão de Tudo” no G-4, classificação à Libertadores da América do ano que vem.
Sob os olhos do craque:
Diego Forlán, certamente, também gostou do resultado final, mas a atuação da equipe no geral foi sofrível e deixou a desejar,principalmente na segunda etapa. O craque da copa de 2010 desembarcou no Salgado Filho neste sábado, foi recepcionado pela torcida, seguiu ao Beira-Rio para ser apresentado oficialmente e acompanhar um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Recebeu a camisa 7, do “Lendário” Valdomiro, último homenageado pelo nosso BAC e concedeu a primeira entrevista coletiva como jogador do Sport Club Internacional.
Fui ao Gigante na expectativa de ver o nosso Inter, postulante ao título deste ano, partindo para cima dos mineiros em busca do resultado, como fazíamos, principalmente jogando em casa, naqueles grandes confrontos da inesquecível década de 70, que jogos heim? pois é! to meio passado, mas eu estava lá sim, assistindo o Figueroa e seu maravilhoso “Gol Iluminado”, enfim! Mas deixemos de nostalgia e vamos ao que interessa.
O jogo:
Até que o início foi promissor, mas não ficou nem perto do que foram aquelas grandes jornadas, muito pelo contrário, no final,foi quase ver um filme de horror da arquibancada gelada do Gigante da Beira Rio. Na primeira etapa fizemos dois gols: o primeiro, assinalado pelo nosso “garoto de ouro” Oscar, que por volta dos 7 minutos no início da partida, em contra-ataque fulminante armado após uma oportuna roubada de bola do contestado Josimar e uma maravilhosa assistência do D’Alessandro,nosso guri não titubiou e fuzilou o goleiro Fábio do Cruzeiro;
Já o segundo, ocorreu após um chutão do Muriel, a bola foi dominada pelo Damião, que acionou Dagoberto, que por sua vez serviu o goleador colorado, que não perdoou, arrematou de pé esquerdo e assinalou 2 x 0, aos 36 minutos, bela jogada do nosso ataque. Dagoberto, de boa atuação, ainda perdeu mais um gol incrível na cara do goleiro cruzeirense, após belíssima jogada individual em cima da zaga celeste.
Pois, foi o que de melhor produzimos ofensivamente na primeira etapa e olha que, em uma primeira análise, poderíamos nos dar por contentes. Não foi nada fácil. O Cruzeiro veio marcando forte no ataque, sufocando nosso time por alguns momentos, circulando perigosamente pela nossa área defensiva e praticamente anulando nossas saídas rápidas para alinha ofensiva. Até que tivemos uma atuação defensiva de razoável para boa, pois embora a dificuldade imposta pela equipe mineira, exceto uma bola chutada de fora da área, que acertou o travessão da goleira defendida pelo Muriel e um chute a queima-roupa do nosso ex-craque “Tinga” numa defesa maravilhosa do Muriel, não me recordo de outra jogada mais perigosa na nossa área. Mas na saída com a bola dominada da defesa para o ataque me pareceu residir um dos nossos principais problemas, ao meu ver, pela escalação equivocada de Elton juntamente com Josimar na frente da área, a coisa tava difícil.
Veio o intervalo e a expectativa de que fossem corrigidos os problemas apresentados e a possibilidade de que com o Cruzeiro precisando buscar o resultado, este, se jogasse ao ataque e nos propiciasse os tão esperados espaços para os contra-ataques,que seriam mortais com D’Ale, Oscar, Dagoberto e Damião. Nada disso, o que vimos no segundo tempo foi quase um filme de horror no gelado Beira Rio. O time celeste veio para cima, nos sufocando em nosso próprio campo até que após escanteio cobrado por Montillo, aos 20 minutos, a nossa defesa ficou estática e Léo se aproveitou acertando uma belíssima bicicleta, sem defesa para o Muriel, descontando para o time celeste.Com o gol, os mineiros passaram a pressionar ainda mais e o Inter já não conseguia encaixar os seus contra-ataques. Para complicar um pouco mais, D’Alessandro recebeu cartão amarelo inventado pela arbitragem. E o pior, é o terceiro, e não poderá enfrentar o Santos. E quando se esperava que Dorival Júnior desse uma renovada na equipe a coisa ficou pior, pois ele colocou o (gordinho?)Marcos Aurélio e Jajá em campo nos lugares de Dagoberto e D’Alessandro, a torcida não suportou e chamou DJ de “burro”. M. Aurélio não acrescentou em nada e Jajá até que se esforçou e produziu alguma coisa. Para resumir, o nosso poderio ofensivo na segunda etapa, tivemos, após uma boa triangulação, um chute do D’Ale que passou raspando a trave do gol de Fábio do Cruzeiro, e só! Menos mal que, apesar de alguma pressão da equipe de Minas, com a vantagem conquistada no primeiro tempo e uma razoável atuação defensiva, mantivemos o resultado e os 3 pontos na tabela.Com a vitória atingimos os 15 pontos ganhos e ficamos na briga pelas primeiras colocaçõe na tabela de classificação. O próximo compromisso será contra o Santos, no domingo, 15 de julho, às 16h, também no Beira-Rio.
Ficha técnica:
Muriel: Seguro e com defesas importantíssimas durante a partida. Nota 8.
Nei: Razoável na defesa, muita aplicação, e só – nota 5
Índio: Seguro e aplicado – nota 7
Bolívar: Meio inseguro e às vezes desligado mas não comprometeu – nota 5
Fabrício: Seguro na defesa, apoiou pouco mas no geral foi bem – 6
Josimar: Inseguro no 1º mas melhorou no 2º, ficou na média – nota 5
Elton: Inseguro na marcação e lento na transição para o ataque – nota 3
D’Alessandro: Prejudicado por auxiliar demais na marcação mas esteve bem – nota 7
Oscar: Muito aplicado, competente e fez gol, também apanhou um pouco – nota 8
Leandro Damião: Aplicado e fez gol, Parece meio pesado – nota 6
Dagoberto: Assistência no gol de Damião e perdeu outro, apanhou um pouco – nota 7
M. Aurélio: Perdido, dispersivo e meio gordinho – (sem nota)
Jajá: Foi participativo e esforçado (sem nota)
Bolatti: Em 2 minutos fez mais que o Elton no jogo todo (sem nota)
Dorival Júnior: Deveria ter começado com Bolatti no lugar ou do Elton ou Josimar e suas alterações no segundo tempo foram desastrosas – nota 3
Saudações Coloradas – Colorado não desiste nunca
Cláudio Saldanha
Pessoal,
O 2º tempo foi de doer de ruim de nosso time e doer de frio lá no Beira-Rio.
Professor Pardal, cadê o padrão de jogo do time? A cada partida vejo um time confuso e todo enrolado. Haja paciência!
Tens absoluta razão, Heleno. O time tá confuso e enrolado. Não tem jogada pelos flkancos e não tem padrão de jogo. Acho que já havia comentado em um oputro post anterior: tá na hora de alterar o comando técnico enquanto há tempo. SC amigão
Saldanha, gostei muito da tua análise. Mais um jogo, resultado bom ou excelente, mas jogando com muita sorte (deficiência clara na conclusão dos atletas adversários), covardia e desorganização. Enquanrto o Oscar, D´Alessandro, Damião e Dagoberto tiverem que atuar defendendo na linha de fundo da defesa do nosso INTERNCIONAL, não vejo mudança possível. Deves recordar, pois se trata de história recente, o nosso INTERNACIONAL e Cruzeiro sempre fizeram grandes clássicos, tanto aqui, como no Mineirão, e com muitas emoções. Se a memória não me falha, até no saudoso Eucaliptos. Ontem foi mais uma apresentação medíocre e confusa do nosso INTERNACIONAL e, o pior, novamente dentro do Beira Rio. De bom, concordo contigo, só um resultado importante, por se tratar de “inimigo direto”. Novamente o comandante técnico conseguiu “misturar alhos com bugalhos” e manter essa posição pouco inteligente nas escalações e, pior ainda, nas substituições. Com esse “mágico” não acretido que chegaremos ao que mais queremos. Não consegue armar um time coeso, não consegue tirar o melhor proveito de cada jogador e, sinceramente, não consegue “enxergar” o jogo depois que começa. Também fiquei muito feliz com a contratação do Forlan, mas fico preocupado onde e se ele vai jogar, pois o “professor Pardal” pode “inventar”. Outra coisa, não consigo entender porque o Bolatti não joga. Penso que só pode ser “marcação” pessoal. A saída do Tinga carece de uma explicação… Os “meninos” da base que “encheram nossos olhos” porque não são escalados mais de uma vez. Essa insistência, em colocar determinados jogadores, como titulares ou substituições equivocadas por 15 minutos (se é por 15 minutos porque não dar chance a garotada), não dá para entender. Essa falta de alternância na forma de jogar é “miopia técnica”, para não dizer falta de inteligência. Quanto a chegada do Forlan, sem dúvida alguma um grande jogador, como penso que os grandes clubes brasileiros estão “nas mãos” de empresários e de “outros” grandes interesses, minha preocupação aumentou, pois penso em quem ou quais já estão negociados e vão sair. Para esse pessoal mercenário, que só pensa em auferir lucros, os clubes e as suas torcidas não tem importância alguma…
Grande Paupeiro!Parece que somos unânimes na opinião quanto a capacidade ténica do DJ. Desde aquele jogo contra o Santos na Vila Belmiro, pela Libertadores, em que ele prejudicou a equipe deixando Tinga e Dagopberto fora, que fiquei com uma baita pulga (formiga) atras da orelha e hoje estou com um verdadeiro formigueiro inteiro com relação a esse treinador medíocre, covarde e incompetente. Só espero que a nossa gloriosa diretoria esteja vendo tudo isso e não tenha receio de modificar o que tem que ser modificado enquanto há tempo para as correções necessárias. De qualquer maneira vamos em frente! SC
Excelente vitoria e pessima apresentacao coletiva. O talento individual garantiu os 3 pontos, nao o desempenho coletivo! Apos 11 meses o time nao tem um modelo tatico definido, jogadas, passagem de laterais ou meias. So na vontade e chutao nao se pode aceitar. Muito pouco para o time que ele tem em maos.
Espero muito mais pq nem sempre teremos o talento individual resolvendo, muitas vezes o time que tem que se impor para poder ganhar o jogo. O que DJ vai fazer agora que a dupla que garantiu no domingo os 3 pontos estiver na selecao? Vai pedir ferias coletivas? Temos que continuar vencendo e ele esta la para resolver estes problemas (que sao normais) em time grande!
Acho que compartilhamos da mesma preocupação Mauren, ou seja, que o DJ venha a resolver os nossos problemas, individuais ou coletivos. Pensamos todos que material humano ele tem, mas o problema maior parece ser outro: o próprio DJ, pois o que esperar de quem saca do time os melhores jogadores… como diz o nosso amigo Melo: Oremos… Sc
Alô você Saldanha!
Muito boa matéria. Estou vendo o nosso DJ confuso. Resolve escolher o Josimar e coloca o Bolatti no final, porquê, pra que? Enquando isso perdemos o controle do jogo e só vencemos pela qualidade individual de nossos jogadores. Tá brabo, no dia em que as individualidades não brilharem…
Oremos!
Pois é Melo! Contra o Santos o DJ havia deixado o Tinga e Dagoberto de fora, contra o Botafogo inventou o Dalton na zaga, deu no que deu, agora essa de deixar de fora um jogador como o Bolatti, que, embora não me encha os olhos, mas é rodado e tem mais qualidade técnica que o Josimar e até mesmo o Elton. Ah não estou gostando nada dessa veiculação da vinda do Ganso e possível saída do nosso garoto de ouro Oscar… será mesmo? Prefiro noisso guri com uma perna só… SC meu amigo