D’Alessandro criticou a Rio-Sul-Minas. Como capitão do grupo externou o que achava da competição. Pode ter essa opinião, não é pecado. Mas dizer isso nos microfones quando a direção procura fazer exatamente ao contrário demonstra que o clube ainda tem nuance de amadorismo em suas veias.
O capitão é um sujeito de opiniões fortes e as defende sem recuar. Ele alegou acúmulo de jogos no calendário e revelou torcer para que a competição naufrague. Colidiu com a posição institucional do seu clube, que até assinou nota oficial com o Grêmio defendendo a mobilização dos clubes e a Liga Rio-Sul-Minas.
D’Alessandro faz parte do BOM SENSO FC, movimento que tenta mudar as estruturas do futebol brasileiro e quer até a presidência da CBF. O Bom Senso é contra a Primeira Liga e deseja um calendário mais racional. Está errado no primeiro movimento. Acerta em cheio no segundo. Após D’Alessandro errar ao criticar penso que é necessária uma participação maior do BOM SENSO FC nesta seara. É importante colocar os jogadores na discussão.
O torneio não atrapalha o calendário. O calendário é que é mal formado. Mais um torneio fará com que os clubes disponham de um elenco de jogadores maior e, contratem mais, oferecendo mais emprego e dando mais espaços às divisões de base. Os clubes precisam ser donos dos seus campeonatos. A CBF deve cuidar só da Seleção.
Sobre esse caso, perguntei a Tia Asteróide o que ela achava da Primeira Liga. Ela não me disse uma só palavra. Buscou um cd e colocou no player e começou a rodar: “pau que nasce torto, nunca se endireita…” A nova Rio-Sul-Minas, denominada agora de Primeira Liga é um torneio experimental. Une os clubes (até onde lhes convém), promove intercâmbio e planta a semente de uma liga maior. Os resultados de campo, as rendas, a audiência não importam neste momento. As equipes poderão usar torneios como este para dar chance a quem não tem. Como surgiu Sasha e Damião, por exemplo? De times alternativos ou chamados de “B” e times como esses deverão ser utilizados em alguns jogos.
Enquanto isso, na Flórida Cup, ficou evidente que o time ainda repete erros de 2015. Talvez a saída de Anderson ajude a arrumar o time já que o técnico não sabe como fazê-lo. Já estamos atrasados no processo de reformulação…
Beijocas…..
Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
Simone, vamos esperar para ver o que acontece. Sou meio cético com os resultados. mesmo como embrião, começa mal. Arrumar o futebol brasileiro, principalmente o calendário de competições, passa por um estudo sério de opções, de análises criteriosas e na busca de objetivos comuns de qualificar os clubes e as competições. Não será mais uma competição, já esvaziada com a não participação de clubes de São Paulo, que vai melhorar alguma coisa, pelo contrário trará somente mais desgaste aos jogadores, mais desculpas para fracassos e perda preciosa de tempo. Hoje, alguns cubes brasileiros são beneficiados com polpudas quantias de patrocínio de companhias estatais e por canais de televisão, que lhes pagam valores muito acima dos demais. Isso é que deveria ser combatido (ou está sendo por “baixo dos panos”). O atleta Colorado ou de qualquer outro clube pode e deve ser livre para emitir a sua opinião sempre que acreditar que seja necessário. Esse tempo de distanciamento entre patrão e empregado acabou há muito tempo. Hoje em qualquer empresa moderna as opiniões são valorizadas e muitas vezes trazem uma solução de onde menos se espera. O resto, são intrigas que buscam disseminar fofocas e querer encontrar “chifre em cabeça de cavalo”.
A Liga é o embrião, em que acontecer, é sem dúvida uma manobra que visa tirar da estagnação o futebol brasileiro.
Alô você Soimony!
1-Só pela revelação dos jovens valores como o caso que citastes do Damião e Sasha, já se justificaria.
2-E se a ideia, conforme ouvi é jogar com o sub 23 (?), onde está o acumulo de jogos?
3-D’Ale só falou porque certamente a direção insuficiente, sequer deve ter tangenciado o assunto com seus profissionais que alias, são muito bem pagos para jogar e não para depor na contra-mão do clube.
Coloradamente,
Melo