Por favor, não!

 

 

Depois de enxergar um fio de esperança, duas apresentações medíocres, uma pior que a outra, eis que surge novamente o fantasma da dúvida em relação ao futuro. Depois de acreditar que existia um time titular e um padrão de jogo definido, não é possível e aceitável que a prática de “poupar” ou testar jogadores (quase a totalidade do time titular em um único jogo), em plena competição, seja a melhor forma de pratica-la e que continue prevalecendo em nosso Internacional. Não conheço as regras do Campeonato Gaúcho e não sei se existe algum privilégio em função da colocação. Se isso existir, é lastimável que percamos pontos com experiências que nunca deram certo e que podem comprometer um título.

Penso que a teoria de poupar jogadores desencadeia nos adversários o sentimento de menosprezo e leva em consideração (apesar de camuflada) de uma superioridade que deveria existir e não existe. Essa prática só aumenta as dificuldades encontradas nesses jogos, se tornando forte motivador para os adversários. O sentimento geral é de titulares enfrentando reservas e, sinceramente, nem o time titular apresenta jogadores com nível de qualidade de futebol tão superiores aos de outros cubes. Hoje, nem o futebol apresentado é convincente.

Não sou especialista no assunto, mas lançar (atletas da base) ou testar (atletas contratados ou na reserva) jogadores não é fazer isso em um jogo, todos juntos, como praticado nas conhecidas “peneiras” que buscam possíveis novos talentos a serem desenvolvidos. Dessa forma é uma falsa oportunidade e um risco muito grande de “queimar” esses jogadores. Verdadeira oportunidade é depois de testados em treinos colocá-los no time titular, se possível, um ou dois de cada vez, para que possam aproveitar a estrutura já existente, sem comprometer o objetivo a alcançar e terem possibilidade de mostrar suas qualidades. Muitas vezes observo jogos do nosso Internacional contra adversários que utilizam esses jogadores não aproveitados no clube e se percebe a “gana”, para não dizer raiva, com que se empenham. Fico pensando não são resquícios dessas “oportunidades” ou na forma que são tratados quando são negociados com esses clubes.

Para esclarecer a quem acredita que discordar é ser contrário à direção atual, ao comando técnico ou ser menos Colorado, quando penso exatamente o contrário, pois não existe unanimidade em sentimentos, pode ser no futebol, na política, na crença ou qualquer outra forma de expressão, não é possível perder as oportunidades que nos são proporcionadas (o BAC é um exemplo) para contribuir com críticas construtivas, pensamento livre de torcedor, com base nas informações e amor que tem do clube, sem se omitir, quando percebe que o caminho traçado, ano após ano, nos levará aos mesmos resultados. Na verdade, verdade, não gosto de ver o time titular perder nem no treino…

Nosso Internacional nos passa a ideia que não sabe o que quer, para que veio e para onde quer ir. Não sei se estou completamente errado, mas o clube tem que se profissionalizar e se modernizar. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém, a soberba sim. Ao observarmos os grandes clubes no mundo, ao compararmos com o que está sendo feito em nosso Internacional, vemos que existe um abismo muito grande. Continuamos pensando pequeno, querendo pouco, encontrando desculpas para os maus resultados e acomodados em uma supremacia regional que não levará o clube a nada. Com esse time, esse rendimento atual e com a continuidade dessa política atual, com essa demonstração de fragilidade no Campeonato Gaúcho, não sei não. Se não houver uma grande mudança de mentalidade e de comportamento, temo que no Campeonato Brasileiro, vamos ter grandes decepções e quem sabe, uma luta para não cair para a Série B.

Hoje, como sempre, não podendo estar presente no Beira Rio, aqui na Bahia, de corpo e alma grudado na TV e torcendo pelo sucesso de nosso Internacional nessa partida contra o Avaí, partida válida pela Liga.

 

3 thoughts on “Por favor, não!

  1. Se entra numa competição, tem que entrar com o que tem de melhor SEMPRE!!! Caso contrário, demita o técnico e reduz salários de quem não participar dos jogos, ganhar um salário astronômico (em muitos casos) e ser “poupado”, me parece a mesma palhaçada de treino fechado.

  2. Olá Pauperio.
    Também me preocupa quando vejo vários jovens jogadores promissores entrando ao mesmo tempo , com isso competindo com um time sem entrosamento e correndo o risco de queimar os guris.
    Abraço.

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