ONDE ESTÃO OS COLORADOS?
Quem são eles? Mas, quem são eles de verdade? Eu me refiro aquele que vai aos jogos com chuva, mesmo estando em campo o extinto INTER B e os reservas do Sapucaiense (nada contra o Sapucaiense !). Estes aí sabem o que vale a camisa, e não importa quem esteja vestindo e sentem o coração explodindo em cada lance… Eu me refiro aquele que conhece profundamente a história do time. Com detalhes daquela partida difícil contra o Renner, ou daquela outra festiva contra o Cruzeiro de Porto Alegre. E você lembra daquele ponteiro esquerdo do Força e Luz que veio jogar no INTER?
Eu gostaria mesmo de saber quem são os Colorados de verdade! Um grupo que cada vez mais é maioria, mas que jamais tem a unanimidade e por isso é tão qualificado. Mas é um grupo que chora junto, se abraça e vibra no gol, canta camisa vermelha, no embalo dos Mamonas, sem perguntar qual foi a organizada que inventou, está pronto pra ajudar o Colorado mais idoso, ou o mais jovem da arquibancada, sem brigar por espaço, porque o que importa é torcer e estar junto. O Colorado é muito mais torcedor do que conselheiro. Muito mais apaixonado do que dirigente. Muito mais cego pelo INTER do que qualquer técnico.
Eu quero saber quem são os Colorados que assistem a uma década de grande vitórias e mesmo assim sofrem com um empate. Quem é o Colorado que mingua em anos de derrotas, mas jamais engaveta o manto sagrado. Quero saber quem é o Colorado, onde está o Colorado que quer ver o INTER ganhando a imprensa mundial, ser sede de eventos internacionais. Onde está o Colorado que senti orgulho do seu clube e impunha a bandeira para os gringos verem, em Capão de Canoa ou na Grécia, berço da humanidade e portanto dos Colorados também. Quem são realmente os Colorados que abdicariam de siglas e posicionamentos políticos, do churrasco e da praia no final de semana, do jantar em família e do sossego de uma coberta quente no inverno, para dentro do GIGANTE incentivar os guerreiros, nas salas projetadas pensar um time campeão, no pátio ou nos corredores defender uma emoção real.
Quem é que realmente tem força e vida de Colorado ! Olhem pros lados, identifiquem e depois disso, confiem neste Colorado!
Saudações coloradas!
Adriana Paranhos/Porto Alegre – RIO GRANDE DO SUL
INTER, minha paixão verdadeira!
nós amamos o Internacional; outros amam ser torcedores de determinados clubes.
São coisas distintas.
Jonas,
A alma colorada certamente nasce a cada dia em cada canto do mundo onde existe paixão e se concentra na mente daqueles que estão abertos a isso.Por que não na Grécia? E mais, eu diria que sim, deixo a insanidade tomar conta de mim muitas vezes, e sempre quando vivo o INTERNACIONAL.
A questão do “berço da Humanidade”, é uma resposta realmente complexa, e que tentarei explicar pra vc. E olha que o tema ocupa estudiosos há séculos. Mas quando escrevi sobre isso, estava referindo-me ao fato de que foi na Grécia que nasceram conceitos essenciais da nossa civilização, como os direitos individuais, a democracia, a ideia da importância das ciências e das artes na vida humana, e o modo como encaramos essas mesmas ciências e artes. Berço da humanidade, no caso, é entendido como o berço da forma como vivemos, nos relacionamos, nos expressamos no mundo ocidental. Acredite, não fui a primeira e nem serei a última a utilizar a expressão desta forma.E nada contra a MÃE ÁFRICA (pelo contrário, tudo a favor!). Penso tambem, que eu seria realmente uma “apedeuta” se considerar seu comentário inadequado pela forma como foi expressado. Prefiro imaginar um leve mau humor…Saudaçõ9es Coloradas!
A Grécia como berço da humanidade? Sei…e a “alma colorada” nasceu lá…olha, a senhora está ficando insana e apedeuta…
Acima de tudo pensar VERMELHO, acima de tudo pensar no INTER, sempre. Para que o INTER seja cada vez maior e que nossa paixão acompanhe esse crescimento. Sem pensar em proveito próprio e sim no bem do nosso INTER.
Luciano,
penso que esta tua vontade deve se traduzir em comemorações, em muitos dias com a camiseta do INTER desfilando com vc…É assim mesmo !!
Claro, que o INTER precisa de vc e estaremos todos mais do que felizes em ve-lo por aqui. O Gigante irá abraçar vc, como faz com todos os colorados!
Ao ler esse texto, fico pensando como eu gostaria de poder ir não só aos jogos mais até em treinos, apenas para apoiar, vaiar nunca, essa distância física que me deixa a Km de distância do INTER é uma dureza. As pessoas ás vezes não entendem minha paixão Colorada. Como eu gostaria de poder demonstrar ainda mais o amor e orgulho que em ser um verdadeiro Colorado.
Sim Fábio, não se trata de ser mais ou menos colorado. Mas de sermos colorados ! Nossa torcida é grande por que é feita daquele que projeta o novo gigante e daquele que ao olhar se emociona pela história que alí está materializada.
Alô você, Adri!
Na demonstração do Juan, exibindo orgulhoso a bandeira do Inter na final do sulamericano sub 20, o exemplo do jogador que nasceu torcedor. São raros, são tão raros que quando acontecem comentamos. Mas esses exemplos nos emocionam tanto que nos fazem refletir.Que energia é essa de onde vem? Quando identificamos o colorado que procuras, e que S.Jockmann recém falecido, ousou um dia chamar de “Colorado Delirante”, teremos a certeza de que é dele que emana essa energia e faz pulsar o coração do “Gigante”.
Eu era colorada quando o Celso cobrou a falta pro Dunga cabecear contra o Palmeiras. Eu era colorada quando Fernandão fez o gol 1000 em Grenais. Eu era colorada quando o Maicon Libralato escorou a bola pro fundo das redes do Paysandu. Eu era colorada na batalha dos Aflitos. Eu era colorada quando o César Silva tomou o quinto gol do Juventude. Eu era quando o INTER contratou o Joel Santana como técnico. Eu era colorada quando o Iarley passou a bola pro Gabiru entortanto o Puyol. Eu era colorada quando perdemos em Bragança Paulista. Eu era colorada quando conheci o Mazembe ! Teve vários momento ruins na vida de nosso centenário clube. Se quando a gente roía o osso já tinha orgulho do nosso vermelho, imagina agora. Sou Inter, Sou Arquibancada Colorada…eu jamais vaio o meu time!
Oi Adriana!
Belo texto! Como disse o Nolci, a diferença da torcida COLORADA é a de que todos somos iguais. Não existe uma qualificação que pretenda dar um ar de superioridade. O simples fato de ser COLORADO basta. Como te falei em Dubai, não existem torcedores mais COLORADOS do que outros. O que existe é uma maneira diferente de torcer e apoiar o time. Não consigo ir em todos os jogos, por isso a preferência é dos mais importantes (e mesmo assim é difícil). Pago a minha mensalidade igual ao torcedor que vai em todos os jogos. Meu pai ajudou a construir o Beira-Rio e nem por isso ele foi mais COLORADO do que outro qualquer que não pode estar lá! Assim é a nossa torcida, cada um faz aquilo que está ao seu alcance. O importante é sempre direcionarmos nossa energia em prol do INTER, da maneira que der. Parabéns mais uma vez e beijo grande pra ti!
Apoiado Adri. Colorado de verdade não quebra a carteira ou joga a camisa no chão. Está junto sempre, apoiando, comemorando e até chorando e criticando na hora oportuna de se fazer isso.
Gostaria muito que os mais de 100 mil sócios se refletissem na arquibancada em todos os jogos e não apenas em uma grande final. O Inter precisa do apoio de todos… para se torcer em uma grande final, precisa derrubar cada adversário ao longo da competição. O torcedor tem que saber que a sua força é a força do nosso Colorado.
Parabéns pelo texto reflexivo.
Belo post, Adriana.
No fundo, o espirito é esse: todos nós somos COLORADOS, independente de qualquer outro condicionamento anterior.
E só quem já viu o gigante erguido a beira do rio rugir com as arquibancadas pintadas de vermelho sangue, sabe do que eu estou falando.
Abraços
Puerta
A força do Clube do Povo fez o INTERNACIONAL campeão do Mundo. A Nação Colorada é diferenciada. Amamos o nosso time como todos os demais torcedores amam seus respectivos times. Mas o que faz a diferença, então? O que chama a atenção dos cronistas esportivos do centro do país a escreverem a paixão desta torcida? Penso que está, justamente, nas nossas origens. Somos iguais. Sim, somos iguais. Não temos a intenção de sermos extraterrestres, imortais ou coisa que o vale. Nos honramos por nos abraçarmos nas vitórias e chorarmos juntos nas derrotas. Este é o espírito de Colorado.