Noite agradável, clássico porto alegrense, nostalgia pura. Ia muito ao Passo D’Areia com meu pai e ao final dos jogos vinha o melhor… eu comia um bolo inglês e tomava uma guaraná caçula da Antártica, enquanto meu pai saboreava uma cerveja Pérola . Casco escuro e estupidamente gelada exigia ele (naquele tempo cervejas eram vendidas também em cascos verdes bem clarinhos). Depois era pular dentro do Bonde e retornar para o centro da cidade.
Pois parece que estava vendo um jogo daquele tempo com uma rotação superior. Em campos sintéticos se joga um esporte muito parecido com futebol. A velocidade da bola não raro, “dá um nó” em quem pretende dominar ou mesmo fazer um lançamento. O Inter, por exemplo, mesmo tendo treinado lá na semana, levou 20 minutos para achar a sintonia exata entre futebol e gramado sintético. Sinceramente achei que o Zequinha ia fazer valer sua intimidade com o terreno. Por essa razão fica até um pouco prejudicada a análise individual. Mas alguma coisa se pode ver.
A leve, muito leve melhora do Daniel, o azar do Sorondo (como se machuca esse rapaz, que azar), o desconforto de todos nós (e dele também) com o Juan (cadê o Massari?) na lateral. Matias, sem comprometer, mas também sem nada a acrescentar. Guina como sempre, um operário a serviço com uma boa assistência para Cavenaghi. Andrezinho e seu belo arremate que redundou no nosso gol, parece carecer de uma demonstração de confiança, dá a impressão de não querer arriscar para não errar. Oscar está se firmando, quando dividir a função com D’Alle vai dar samba. Na frente Zé Roberto sem reeditar sua última atuação, foi discreto e Cavenaghi, mesmo não fazendo gol teve sua melhor atuação. Participativo especialmente na segunda etapa, onde teve um arremate defendido pelo goleiro e perdeu um gol daqueles de perder o sono.
Terminado o jogo procurei “aquele” bar para tomar o guaraná caçula da Antártica ou mesmo a cerveja Pérola. Nada existe mais, meu pai, o bonde, o guaraná, nem aquela cerveja. A exceção é o bolo inglês e o Inter x Zeca.
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO
Salve Melo. Já notei, pelas tuas manifestações, que gostas do Massari, oxalá estejas certo. De qualquer maneira, é melhor que improvisar o Juan.
Alô você Arno!
Tenho certeza que hoje o Massari não está com pletamente aprovado para vir a ser o dono do lado esquerdo defensivo. Precisamos ver mais. É só isso, precisamos ver. Não jogando fica dificil. Eu gostaria de ver uma sequência dele no time de cima, pois no de baixo, o sub 23, teve atuações bem acima do razoável e me pareceu “ser do ramo”. Teve uma atuação não muito boa e o C.Juarez decretou a não escalação dele para todo o sempre, amém. Hoje meu amigo, com 18 anos tá mais do que na hora, a gurizada não tem mais essa de tremer, e como dissestes como dizes, esse é do lugar eo Juan não é dali. Se não for pra jogar, porque está lá até agora? Enfim, oremos!!!
É verdade, até mesmo porque não temos nenhuma outra opção para a posição, o que é preocupante.
Aí Melo, não vou mais interagir…sou deste milênio!!!!!!
Deixando as brincadeiras de lado, acho que todos que acompanharam a saga do “zequinha” foram saudosista na noite desta quarta.E tinha algumas meninas da FFC sem entender porque eu gostei de estar neste campo “pequeno, cujo placar mal se enxerga….” Mas é que eu sei o quanto aquele placar dá ares novos ao nosso zequinha.Nosso, porque é a ele que a maioria recorria quando não queria identificar o time do coração. Ouvi muitas historias do meu pai sobre o zequinha que frequento desde criança, quando a família saiu de Ipanema, para morar no Passo D’areia.
Alô você, Adri!
Continuando a brincadeira…
Muito legal tu teres lembrado dessa prática muito utilizada de se apresentar como torcedor do “Zequinha” para não sofrer represálias, retaliações etc. Mas tu te referes a uma maioria de qual segmento? Foram encontradas fichas cadastrais de alguns dos “torcedores sócios do Zequinha:
Hipólito José da Costa, Antônio Isidoro da Fonseca, João Soares Lisboa, José do Patrocínio , Frei Caneca, Tavares Bastos, e Líbero Badaró.
Sócio Remido: Gutemberg.
Oi Mello e Zé Carpes,
Comecei acompanhar o INTER muito piazito lá no interior. E tenho na lembrança aquele 1º time colorado: La paz, Florindo e Oreco; Mossoró, Odorico e Lindoberto: Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho.
Olha esse time era tão bom que foi a base da conquista do Panamericano pelo Brasil no México em 56. Dos citados na escalação, 7 foram titulares daquela seleção brasileira. Incrível não?
Em termos de comparação é difícil comentar. Naquele tempo jogava-se na base do amadorismo e paixão. Hoje há muito profissionalismo que tirou bastante o romantismo do futebol.
O INTER de ontem no Passo da Areia certamente não chegaria aos pés do citado acima. Agora, com os 11 titulares, a história pode ser outra.
Abraço
Alô você, Heleno!
É tão raro interagir com pessoas que tem essas lembranças, que até se consegue fazer uma pequena viajem ao passado.
Dentre aqueles que conheci, Lapaz foi o primeiro goleiro estrangeiro do Inter. Esse time cuja escalação descrevestes realmente marcou época. Valeu, irmão de alegria.
Ô Paulo, como o Nolci….Tu é velho mesmo,hein??? (rsrsrs) Cerveja em casco verdinho? bolo inglês? Bonde? Ai meu Deus….. (rsrsrsrsrs)
Alô você!
O cave já melhorou muito. É a tal repetição de que falo, é embocadura. Quando começar a entrar…
É, o gol perdido pelo Cavenaghi é digno do “Inacreditável Futebol Clube”. Mas o mais importante é que ele está tendo oportunidades, ganhando confiança e a bola vai entrar… Damião que está em execelente fase e não dá para compara, mas acredito que quando começar a entrar na rede as bolas do Cavegol, não irão mais para!
Bolo inglês com guaraná Caçula; sanduíche farroupilha com iogurte de vidrinho, do DEAL; sanduíche de pernil, do Mateus, com “batida” de abacate; cachorro quente com a mostarda especial, do Zé do Passaporte, pra comer no bonde; “garapa” com bastante limão, no “abrigo dos bondes” da Marechal Floriano… Mas, o Ínter de hoje é muuuuito melhor que o daquele tempo! Ou não?
Alô você Zé Carpes!
Tens razão, meu irmão de alegria, qualquer time nosso de hoje é melhor, mas ver o Sérgio Lopes lançar o Sapiranga e ver esse largar atras do marcador e chegar muito à frente era uma delícia.