Terminado mais um Gauchão na vida de todos nós. As “surpresas” de escalação a cada jogo e falta de convicção no discurso oficial me parece que fornecem as parcelas mais robustas para o resultado obtido. Quem é o timoneiro desse barco? Quem compõe a tripulação? Quem é o cozinheiro, o garçom, lavanderia etc, etc, etc.
Temo pela nossa sorte, caso essas indefinições se arrastem ao longo das competições desse ano. O discurso de que tal competição não é importante, não leva a minha concordância. Vale sim, é no mínimo estatístico. E no caso dos jogadores é um tremendo agente desmotivador. – “Não precisamos nos esforçar muito, afinal, não é prioridade”. Não sei se pensam assim, mas se assim o fizerem, é compreensível, diante das declarações de nossos dirigentes e na minha visão, há, ainda, o enorme risco de contágio para as outras competições.
Isso ficou muito evidente ontem, o time entrou motivado, muito diferente do outro domingo. Sinal de que o discurso interno mudou de rumo. Imagino alguém perguntando: Professor esse jogo é para ganhar? Se a gente perder não faz mal, né? O Inter tem que estar determinado a ganhar todos os jogos de todos os campeonatos, torneios, amistosos, ou seja, lá o que for. Por favor, acabem com essa baboseira de prioridade. Há muito tempo não vejo jogo de futebol naquela área próximo aos cemitérios (talvez até para não ser lembrado), mas ontem fiquei com inveja daqueles torcedores que foram lá “dar a cara à tapa”. De repente me vi pensando, que todos os Colorados deveriam estar lá, empurrando aquela Camisa vermelha. Ver aplicação dos jogadores que mesmo sem entrosamento, tiveram uma postura digna, não permitindo que a “festa” fosse completa foi um prêmio de consolação. Mas é pouco, é muito pouco para a nossa história.
É evidente que estamos longe de ter encontrado o modelo de time só por termos batido em nossos clientes preferenciais, mas que encontramos ou reencontramos um modelo de honra e dignidade ah, isto sim! Oxalá não o perca mais e que em torno dele possamos definir individualidades, conjunto, tática, estratégia para que retomemos o rumo de nossa embarcação na busca de novas conquistas.
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO!
É ISTO AÍ CARO MELO! CONCORDO PLENAMENTE QUE PRECISAMOS URGENTEMENTE TERMOS UMA DEFINIÇÃO DE TIME. NOTA-SE NAS DECLARAÇÕES DE NOSSOS JOGADORES QUE ELES GOSTARIAM DE SABER QUEM É TITULAR E QUEM É RESERVA. É ANTIGO SABER QUE QUEM ESTÁ POR CIMA NÃO PODE SE ACOMODAR E QUEM ESTÁ NA RESERVA TEM MOTIVAÇÃO PARA TREINAR MAIS E CONSEGUIR ESPAÇO. VAMOS TORCER PARA QUE ESTA MUDANÇA ACONTEÇA LOGO
POIS SENÃO TEMO POR NOSSO FUTURO. CELSO GOLLO
Grande Melo, coloradaço…concordo plenamente temos que ter a prioridade de ganhar sempre, não importando a competição , pode até ser de peteca, cuspe a distância e etc.
Esta torcida merece que os jogadores joguem sempre como no segundo jogo da final do gauchão para que o nosso arqui rival inimigo mantenha-se a distância.
Abraço.
Concordo! Time e torcida o Inter tem de sobra, o que nos falta é “apenas” a garra que faz de qualquer indivíduo ou grupo um campeão. Se não de um título, mas de sua honra. Vamos Inter, honra a tua história! Dindo, parabéns pelo texto.
Melo,
Esse negócio de prioridade é muito relativo. Passou a ser coisa de uns tempos prá cá. Deves ter acompanhado o INTER na época do Minelli e o mesmo dizia: Quem estiver bem joga. A filosofia do preparador Gilberto Tim era de que a parada é que prejudicava o rendimento do atleta. Por isso, o MInelli escalava sempre os titulares, salvo por problema de lesão. Talvez por esse fato, ganhamos os títulos Brasileiros, empilhando, ao mesmo tempo, Gauchões.
É bem verdade que na época não havia tanto jogo (2 a 3 por semana) quanto agora. Mas em 92 ganhamos o Bi gaúcho e Copa do Brasil e ainda disputamos o Brasileiro. Não me consta que o Antônio Lopes naquele ano tenha poupado jogadores.
O Cruzeiro de Minas ganhou no mesmo ano o Estadual, a Copa do Brasil e o Brasileiro e pelo que me consta sem ter entrado nessa de prioridades. Agora, também parece terem adotado esse modismo de poupar jogadores e acabaram perdendo o estadual.
Veja o Barcelona que conseguiu ganhar no mesmo ano (2009) todos os títulos que disputou e lá a maratona de competições simultâneas é maior do que aqui.
Portanto, poupar algum jogador desgastado, tudo bem, mas a ponto de trocar totalmente um time como aconteceu neste ano, acho demais. Foi assim, jogando com time totalmente descaracterizado que perdemos aquele jogo contra o N. Hamburgo que valeu o 1º turno, para mim fundamental para a perda do título do ano.
Como dizes, agora, terminado o gauchão, não tem mais desculpa. Ah, esqueci que domingo começa o Brasileiro e vem a mesma história.
Um abraço
Heleno
Boas colocações Melo !!! Realmente nos falta vibração e eu também acho que essa história de não prioridade é pra não dar o braço a torcer, tanto que quando escrevo sobre isso, a palavra PRIORIDADE sempre coloco entres aspas… Será que servirá de lição estas 3 ultimas atuações do nosso time?? Na verdade, eu fiquei abismado da reação do Taison “chorãozinho” naquele lance!! Se ele acordou, quem sabe os outros também não acordam???
Grande Colorado Paulo !!!
Concordo plenamente com sua análise.
Quero crer que no domingo tenhamos tido o primeiro passo para corrigir o rumo.
Quando a casa não está de acordo com nosso gosto, uma boa arrumação pode bastar, não sendo necessária grandes mudanças.
Os elementos para essa arrumação já estão no Beira-Rio.
Falta apenas um grande avante.
Um grande abraço,
João.
Eu estava lá! Eu sigo o que diz aquela música da nossa torcida: Te sigo em todas partes, por todos os lados….
Só não vou quando não dá mesmo! E ontem valeu… não fomos campeões (eu, sinceramente, não esperava ser campeã, o que eu fui ver, eu vi…) mas vi vontade, vi indignação (adorei ver o que o Taison fez, no fim do jogo – e que se dane o politicamente correto…). Saí com uma certeza ainda maior que quinta teremos a nossa classificação garantida. Vi nossa torcida cantar no fim do jogo, ninguém saiu brigando ou xingando quem quer que fosse.
Acho até que seria ruim ter ganho o título ontem… podia subir o salto e prejudicar para quinta… assim, levantou a moral, mas “nem tanto, assim!!!”, recriou a comunhão entre a torcida e o time, o que tanto precisamos para quinta. Acho que “deu liga”!
Quero ser sempre campeã, mas tem momentos que se tornam quase tão emocionantes e inesquicíveis… e ontem foi um deles. A comunhão foi intensa.
Digo a todos que lá não estavam… vocês não sabem o que perderam!
Concordo contigo Melo, nosso time precisa de vibração, o chamado “sangue nos olhos”. Jogadores motivados, com garra, dispostos a crescer e fazerem história. Temos muitos medalhões enriquecidos pelo futebol, fazer esforço ou não, para eles já não faz diferença.
Precisamos de mudanças, e pra já!