Na última semana, em especial os Colorados conviveram com um grande dilema: trocar ou não trocar a comissão técnica???
Muito se especulou e com uma noticiada saída, quase iminente em caso de eliminação da Libertadores, começaram a surgir posionamento dos mais diversos, como a falta de comando e objetividade, metodologia de aproveitamento de jogadores em determinados jogos e outros aspéctos. Desta forma coloco para sua análise e opinião os seguintes termos e minhas respectivas posições. Opine, concordando ou discordando, expondo suas razões para que todos reflitam sobre as mesmas e consequentemente vejamos os problemas com olhos críticos, mas voltados para ajudar em soluções do que a simples constatação do equívoco.
1 – A diretoria acerta em manter ou mesmo ter trazido o Fossati ???
Sim. Mantendo-o segue um planejamento traçado de que a conquista da Libertadores é a prioridade. É duro perder qualquer competição para o rival, mas por vezes é inevitável.
A vinda do Fossati poderá ser muito útil se dela soubermos tirar proveito de uma nova metodologia de trabalho e sistemática de jogo. Os mais velhos se lembrarão do espanto que foi o início de trabalho do Minelli e no que resultou sua passagem por aqui.
2 – O time não possui definição tática e até mesmo na escalação com constantes mudanças. Falta repetição ?
Não. No que foi planejado, alternando Gauchão e Libertadores isso tornou-se obrigatório.
Vejo que essa alternancia, principalmente de esquema, benéfica, no momento em que seremos amplamente estudados pelos adversários, por sermos constantemente alvos, por nosso favoritismo, e essa flexibilidade tática pode útil como fuga de marcação. Para que isso ocorra é preciso cooperação (imediata) dos atletas e compreensão (requer algum tempo) para assimilação.
3 – Pelo que ganham devem jogar e correr quarta e domingo.
Não. Todo ser humano tem limitações físicas (até mesmo o Guiñazu) e isso não passa pelo valor recebido. Maratonistas de ponta correm 1 prova por mês em média, puramente por limitações. A média percorrida por um atleta em 90 minutos fica próximo de 10 km, com a grande agravante de constante alternancia de ritmo.
Repetindo 4ª e domingo, em 2 semanas, dá praticamente 1 maratona.Fora treinos e exercícios físicos. Há que se considerar também as diferenças atléticas de recuperação de esforço, diferentes de atleta para atleta, sem que isso denote corpo mole ou preguiça.
Somente de extrai o máximo da pessoa se ela está bem física e emocionalmente, este sim um ponto a ser mais trabalhado no elenco.
4 – O semestre estará perdido se caírmos na Libertadores ???
Não. Nos preparamos para ganhar, mas existem vários fatores, como por exemplos outros times tão bem preparados como o INTER. Algo só será perdido se da derrota não tomarmos lições e correção de rumo. Quando ganhamos nem tudo está certo, como também nem tudo está errado quando perdemos.
Cito como exemplo o São Paulo. Em 1989 e 1990 perdeu o Brasileirão, mas manteve a linha de trabalho, vencendo em 1991 e em 1992 e 1993, Libertadores e Interclubes.
Muitas outras questões caberiam para discussão. Aguardamos sugestões para matérias futuras, para podermos discutir, trazendo à luz, enfoques e opiniões diversas, traçando uma linha de atuação positiva e construtiva.
Aqui no ARQUIBANCADA COLORADA você tem voz e vez.
Um grande abraço,
João Carlos Bremer – Blumenau/SANTA CATARINA
Colorado de Blumenau, uma “veiz”!!!