2010 acabou, o ano para aprender

Hoje temos o último jogo do ano, da maneira mais melancólica possível.  O dia que era para re-editarmos a final da Copa Dubai contra a Internazionale, vai ficar para uma disputa de terceiro lugar.  Vamos ter que responder com muita atitude e determinação, até conseguirmos voltar a esta competição e corrigir uma das maiores decepções para a torcida colorada.  E todos queremos que seja muito em breve!

Durante a minha infância, uma derrota que me marcou muito foi contra o Olímpia em pleno Beira-Rio na semi-final da Libertadores de 1989.  Demorou muito para darmos a volta por cima, mas o fizemos superando expectativas de ganhar a Libertadores duas vezes e o mundial em cima do Barcelona.  Agora esse vexame anunciado.  Sim, anunciado, pois toda a torcida já tinha verificado as deficiências da equipe.

Chego a dizer, que ganhamos a Libertadores por muita sorte.  Sorte de fazer um gol no último minuto contra o Estudiantes antes da parada para a Copa do Mundo e ter tempo pra trocar um técnico ineficaz como o Fossatti.  De pegar um São Paulo moribundo do Ricardo Gomes na semifinal e um time mexicano limitado na finalíssima.  Essa mesma sorte que nos faltou contra o Mazembe.  A sorte ajuda quem tem competência, não quem precisa dela para alcançar seus objetivos sempre.

Vários já escreveram.  Renan, Matias e Alecsandro: nenhum deles tem condições de ser titular do Colorado.  Índio e D’Alessandro não são confiáveis.  Fazem partidas sensacionais e depois somem ou comprometem.  O Guiñazu corre para todos os lados, mas sem objetividade.  Faltou um capitão.  Faltou treinador.  Essa direção não pode continuar errando por convicção.  A reta final do Brasileirão comprovou tudo isso.  Posse de bola e ineficiência no ataque.

Chegou a hora de renovar.  Colocar os jogadores acima no mercado, valorizar as categorias inferiores e somente trazer reforços que agreguem algum valor.  Basta de inchar a folha salarial do clube com jogadores de grupo!  Já temos mais do que suficiente.  Podemos começar o ano com Muriel; Nei, Bolívar, Dalton e Kleber; Derley, Tinga, Giuliano e Oscar; Sóbis e Guto.  Sim, todas essas soluções já estão em casa mas faltou coragem ao técnico e direção para tomar uma atitude mais vêemente.

Precisamos de um técnico que consiga mobilizar um grupo de jogadores por mais de 2 meses.  Cogitam Abel Braga e Dorival Júnior?  Não sei…  eu só quero saber de ganhar a Libertadores 2011 a qualquer custo para tirar esse gosto amargo de Abu Dhabi.  Como podemos ajudar isso acontecer?  Apoiando o clube, mas chegou a hora da cobrança.  Colorado, não esmoreça.  Vamos chegar lá novamente!

Francisco Johnson – Austin, Texas/EUA
Cônsul do SPORT CLUB INTERNACIONAL

2 thoughts on “2010 acabou, o ano para aprender

  1. Assim e o nosso Inter, um time de massa, o clube do povo sempre formos fortes até nas derrotas. Desde 72 eu acompanho o Inter dois Brasileiros com um timaçõ, um invicto com um time desacreditado, perdemos um Brasileiro para o Bahia no Beira -Rio, desclassificado pelo juventude numa copa do Brasil.
    Mas chegamos ao topo de mundo vencendo o grande Barcelona, enfim avida continua faz parte do futebol as derrotas e vitorias.
    Levantar acabeça e corrigir os erros é o que devemos pedir a nossa direção.
    Mudar de tecnico nao é a soluçao, o cara não errou sozinho tinha uma direção dando a diretriz.

  2. Prezado Francisco e demais amigos leitores, a cada dia que passa e que as idéias melhor se organizam em nossas mentes, vemos quanto foi realmente melancólica nossa passagem pelo Mundial. Não há argumentos sobre a pretensa força do Mazembe ou do futebol africano que justifiquem nossa atuação no primeiro jogo da competição. Mas isso já é mesmo passado. O que me preocupa agora é a apatia da direção que deveria ter tomado uma decisão forte já mesmo em território árabe. Uma resposta digna de nossa história de lutas, conquistas e bravura. Alguns dirão que dirigir é diferente de torcer, isso é pura verdade, mas dirigir é prestar contas, é ser competente, é tomar decisões firmes, e isso tudo não deveria esperar a chegada em Porto Alegre. Alguns profissionais do atual elenco não deveriam nem voltar para Porto Alegre, ou voltar apenas para buscar os seus pertences e acertar as contas na Tesouraria. Parece indignação? Sim, é indignação, e isso só vai passar com atitude, com providências e com a formação de um novo grupo com ambições maiores do que simplesmente viajar às custas do torcedor para disputar um campeonato que alguns não tiveram a verdadeira dimensão do que representava para a vitoriosa e imensa torcida do Sport Club Internacional de Porto Alegre. Espero da direção ATITUDE rápida e determinada. Sou sócio, consumidor da marca do Internacional, e me sinto na obrigação de não me omitir e não defender funcionários que não cumpriram com suas obrigações com o Clube.

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