Eu sempre tive vontade de conhecer os meus idolos. Não vou chegar ao extremo de dizer que gostaria de tocá-los. Não, não chego a tanto, mas gostaria que eles fossem mais simples e se importassem com seus fãs. Penso que a maioria deles não faz nem idéia do quanto os admiramos e idolatramos. Mas tem aqueles que não dão a minima para o nosso sentimento, para a nossa chatice. Sim, chatice, porque às vezes ficamos os molestando ao ponto de demonstrarem só nos gestos que estamos sendo indelicados. Talvez por eles serem jovens ainda, 24, 18, 32 anos…jovens.
A Comunicação Social do INTERNACIONAL, tem feito um trabalho que, para mim, merece destaque. Essas incursões que são realizadas quase que semanalmente, às vezes até mais de uma vez por semana, de levar ex-jogadores, ídolos do passado para junto de sua torcida, é algo sensacional.
No meu passado clubistico, tenho 3 atletas que marcaram e muito minha paixão pelo Internacional. São eles Gainete, Claudiomiro e o Élton, recem falecido. O Gainete nem sei onde anda; o Clauidomiro, se tornou um amigo, um guia pelos atalhos do Beira-Rio, grande cara. O Élton eu conheci pesssoalmente , primeiro em Palmeira das Missões, num evento que lá estive, promovido por aquele consulado e pela Nação Colorada de Palmeira, depois, quando em julho deste ano, ele esteve aqui em Panambi, numa festa maravilhosa que aqui fizemos. O onibus “Campeão de Tudo” chegou no inicio da tarde a Panambi e quando fui ao encontro da tua turma o Elton me pegou por um braço e disse:”alemão, tu é o consul aqui de Panambi, né? Pois é, preciso ver alguns parentes…”, eu o interrompi e disse:”conheço todos, vou te levar lá agora, só deixa eu acomodar este teu pessoal!“. E assim foi feito.
É, mas o Elton nos pregou uma peça, das grandes. Nosso encontro era para ter sido aquele. Foi jogar em outro time. Eu cheio de orgulho por estar levando o Elton comigo, queria que todos vissem. E ele , mais simplório impossivel. Falava de sua casa na Praia, da confusão que arrumou com uma vizinha… naquelas poucas horas eu era seu confidente. Isso me encheu de orgulho. Na volta ao hotel, ele simplesmente disse “muito obrigado“! Quem deveria ter dito isso era eu, pensei.
A noite tivemos a nossa festa e quase no final ele me pegou pelo braço e levou-me para um canto onde a Banda Ataque Colorado não nos atrapalhasse e disse:” foste muito prestativo comigo hoje, jamais irei esquecer disso!”…”te agradeço de coração; vi pessoas que eu sabia existirem, mas fui conhece-las hoje, MUITO OBRIGADO“! E disse mais,:”quando estiveres na Praia, em……., me procure.”
Um grande e fraternal abraço meu amigo,
Nelson “PUCHI” Trennepohl – Panambi/RIO GRANDE DO SUL
Cônsul do S.C.Internacional em Panambi-RS
Prezado Nélson,
Desculpe pelo enorme atraso em comentar aqui (visto que tento ler TODOS os artigos publicados na Arquibancada Colorada 😉
Escreveste um artigo sensacional que também me faz voltar ao passado (ainda mais daqui, do outro lado do mundo). Muito legal que tiveste a chance de conhecer os teus ídolos de infância e, principalmente tornar-se amigo pessoal do Élton.
Acho que uma das maiores felicidades de um esportista é ser ainda reconhecido E lembrado pelas pessoas, depois de décadas.
Um grande abraço,
PS. O meu ídolo de infância foi o Valdomiro pois “ensinou-me” a nunca desistir apesar das dificuldades. Espero um dia também conhece-lo pessoalmente 😉
Bonita história Nelson… o que deixamos nesta vida são as nossas lembranças e o Elton deixou uma especial para você.