Geraldo Bretas, mineiro de Uberaba, um dos mais polêmicos comentaristas esportivos da TV brasileira, morreu em 1981, antes da copa da Espanha. Bretas não era um “delinquente verbal”, essa praga que hoje assola parte da crônica esportiva que usa desse expediente muitas das vezes para mascarar um sentimento de inveja. É dele a expressão usada no título. Dizia ele que para o 0 X 0 a leitura era ôcho, até porque era o que havia de mais próximo do chocho (chato, insípido, etc).
Deuses do futebol, paguei tudo, não devo mais nada, aquilo era purgatório. O Lauro não teve nenhum trabalho. Algumas bolas levantadas e só. O Daniel parecia que estava proibido de enfrentar o lateral adversário no ataque. Sempre que recebia a bola em condições de atacar dava um jeito de segurar, truncar e não evoluía. Do outro lado o Juan (porquê o Juan e não o Massari?) parece que ficou com ciúmes e repetiu as ações de seu colega da direita, tendo um latifúndio improdutivo à sua frente. Para fazer justiça, no início do jogo Juan fez um cruzamento que encontrou Sóbis, que de frente para o goleiro cabeceou para fora, sendo essa a meu ver a única chance de gol dos 90min.
O miolo de zaga, não teve problemas (ou evitou problemas?). Para não dizerem que não vi nada de bom, encherguei uma leve melhora no Rodrigo. Os volantes (meu Deus, como o C. Juarez gosta) com uma vontade enorme, correndo improdutivamente. Guina sentiu saudades do Bolatti, correu muito, saiu do lugar muito e produziu pouco. E o Andrezinho que tinha que articular foi penalizado pela extraordinária confusão tática e sumiu. Lá na frente o Sóbis e o Cavenaghi morriam de fome e quando raramente a bola chegava no primeiro, esse acusava uma visível falta de ritmo e até de condição física, muito próprios dos períodos pós cirúrgicos. Oscar entrou no segundo tempo e deu uma melhorada na articulação, mas sem sintonia com os demais, não foi muito além disso. Damigol entrou e também nada produziu, por falta de “alimentação”. Mas aos 41 do segundo tempo o C. Juarez se superou e colocou o Sacha (pobre menino) para que nos três minutos que faltavam resolvesse a parada. Foi aí que lembrei de outra figura muito conhecida, o cantor e compositor Sílvio Brito, que disse:”PARA O MUNDO AQUE EU QUERO DESCER”.
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO
Grande Prof. Melo!
Meu único medo é que a direção só veja isso quando for tarde!
Abraços!
ROTH é teimosia ou outra coisa oculta do grupo dirigente do INTER (esta direção e a anterior). Todo mundo sabe que ele acovarda o time contra qualquer adversário. Está faltando ao Sr. Siegmann que chamou na responsabilidade apenas o Enderson Moreira e seus comandados do “B” dizer porque o ROTH é tão blindado assim no clube. Está na hora desse dirigente chegar junto e dizer: SOMOS OS CAMPEÕES DA AMÉRICA ROTH, VAI PRA CIMA DESSES CARAS. NÃO QUERO SABER DE RETRANCA OU DE CANSAÇO. PRESSIONA ESSES CARAS PRINCIPALMENTE NO BEIRA-RIO. Será que é tão difícil assim Sr. Siegmann??????
Fui ao jogo e quase chorei, de raiva.
Como disse o Guerrinha: jogar com 7 na defesa (3 volantes e 4 defensores, já que os laterais não passavam do meio de campo) contra o N.Hamburgo é dose!
Aliás, já comentei outro dia que o INTER não tem reservas na lateral. Quando o Kleber e o Nei não jogam, praticamente não existem jogadas de apoio pelas alas e pouquíssimos cruzamentos. Vejam bem, depois que o Damião entrou só acertaram um e ele quase fez o gol. Tem que orientar o Daniel que não adianta tentar cruzar do meio de campo que vai pegar a zaga sempre de frente, fácil para o cabecdeio e antecipação da zaga. E o Juan, que não é lateral, tem que ensinar que cruzamento não é chutar a bola no adversário e sim para a área.
Também acho que alguns jogadores, a exemplo do Andrezinho já terminaram seu ciclo no Beira-Rio. Embora tenha entrado bem na 4ª feira, não fez nenhumo boa partida neste ano. Sem ânimo não vai muito para o combate. Ontem não havia articuladores e com a tardia entrada do garoto Oscar melhorou um pouco, mas o N.Hamburgo tinha sempre 2 ou 3 na sua marcação. Assim ficou difícil.
Opinião do Roth deve ser esta: “- Vcs estão vendo? o Cavenaghi não resolve. o Sasha entra e não faz nada. Cadê o Sobis. Eu tenho razão: o Guina é meia e tenho que pôr o Mathias por causa da bola aerea defensiva. Que saudades do Alecsandro…”
Salve Paulo! O empate, jogando com um time desentrosado não é o problema. O problema é a “filosofia”, ou seja, sem ousadia, três volantes, trocas equivocadas e tardias…e assim vamos indo até onde der. Quanto ao Massari, que ano passado teve algumas boas atuações, este ano está devendo. Aliás, a “laterância” do time me preocupa, só temos o Kleber. O Nei,no meu entendimento, seria um reserva razoável.
ôcho, ôcho, ôcho! Mais ôcho que ja vi.Que angustia…3 voltantes num jogo contra o NHamburgo no Beira Rio? e dele trocar atacante quando o problema era o meio….ai meu Deus.