Nas últimas semanas os noticiários esportivos relativos ao INTERNACIONAL se notabilizaram por uma ampla cobertura a respeito das obras de remodelação e modernização do Gigante da Beira-Bio para adaptá-lo aos ditos “padrões FIFA”. Não sou irresponsável ao ponto de desmerecer esse assunto, que diga-se de passagem não diz respeito tão somente à Copa do Mundo de 2014, mas, e principalmente, ao futuro do próprio Clube. Também não me incluo entre aqueles que enaltecem de forma exagerada a condição de estádio sede da Copa.
Os grandes Clubes são assim, grandes não por terem sediado uma ou mais Copas do Mundo, mas pelas suas conquistas, pela sua trajetória, pela sua envergadura enquanto instituição reveladora de grandes craques para o seu país e para o mundo. Essa condição o SPORT CLUB INTERNACIONAL ostenta e está predestinado a continuar buscando novos horizontes e novas fronteiras. Quero dizer que a modernização do estádio atende sim aos anseios da imensa maioria de COLORADOS(AS). Mas a grandeza também deve ser defendida fora do canteiro de obras. Temos uma Libertadores em andamento. Temos a necessidade de buscar o título Brasileiro de 2011. Não podemos mais deixar de lado a competição mais importante do país e uma das mais representativas entre os países com tradição no futebol.
A primeira fase da Libertadores e as facilidades do grupo no qual fomos incluídos pelo sorteio estão, ao meu ver, mascarando nossa realidade. Um técnico que já fracassou no Mundial de Clubes, que tira a ambição vencedora do time recheando o meio de campo de volantes que mais se dedicam ao desarme e à marcação por zona, com laterais que não recebem o apoio necessário para as triangulações que consigam abrir defesas melhor postadas e um ataque na maioria das vezes, por conseqüência, isolado, deixam nosso time à mercê de jogadas esporádicas ou da estupenda fase do centroavante Damião, recentemente convocado para a seleção brasileira. Temos que tomar cuidado para não confudirmos as necessárias e inadiáveis obras no Estádio Beira-Rio com as exigências que nossa equipe deve estar preparada para enfrentar. E quanto a isso, sinceramente, tenho dúvidas, com a filosofia que impera no Departamento de Futebol. Até agora, vi apenas o Enderson Moreira ser cobrado pelos seus maus resultados. Em contrapartida, vi o Roth ser blindado e suas concepções de futebol defendidas mesmo após o vexame de Abu Dhabi.
No ano passado eu via e manifestava minha inconformidade com a síndrome do “poupar jogadores” e preservá-los para um jogo onde vimos um time desorganizado e sem alma vencedora ser despachado por uma equipe de terceira ou quarta linha do futebol mundial. Não vou ficar indiferente ao que estamos vendo desde o segundo semestre de 2010. E o treinador permanece. O mercado dá opções e o treinador permanece.
Boa sorte a nós todos, mas só sorte não é suficiente na maioria das vezes.
Luciano Fonseca – Esteio/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é o verdadeiro Campeão de TUDO!
O problema é o mercado. Quem prá substituir o Roth agora? Pessoalmente, não gosto do Muricy (chorão), o Abel, só em maio.
Acho que a novela das obras não acabou e a do técnico é regravada. Luciano, tens toda a razão sobre o nível técnico das equipes que enfrentamos ate agora. E tens razão sobre repetirmos os erros tão recentes. Talvez seja necessário que comecemos algumas campanhas, para não terminarmos a da libertadores prematuramente.
Aff…ainda bem que acabou esse martirio das obras…beijocas
Acho que a novela está só começando. Hehehhe!
Alô você Luciano!
Estou de acordo contigo quando falas que essa “estratégia” de poupar que foi utilizada recentemente é um absurdo, quando pensamos que somos um time de futebol que vive de vitórias. Não importa contra quem e onde, tampouco que tipo de competição. Temos que vencer sempre. Os melhores têm que jogar e direção de futebol existe para DIRIGIR. Quando o caminho se prenuncia equivocado, é hora da direção acertar o leme para conduzir o lugar certo.