Peso do ATAQUE

Faz pouco, Falcão falou sobre a necessidade de qualificar ainda mais o grupo. Tivemos que aguentar o segmento dos rivais sensacionalistas da imprensa gaúcha e nacional dando proporções estratosféricas para uma afirmação que logo virou um fato no grupo. Siegmann não entendia assim e a imprensa polemizou ao máximo. Sempre ouvimos pessoas vividas do futebol comentando que tudo é muito “dinâmico”. Ótimo. Esse dinamismo permite que, hoje, seja flagrante a necessidade do Inter contratar e Siegmann também já sabe.

A saída de Renan e Sobis, somada a repentina deserção de Cavenaghi, tiram números da folha salarial, mas também parte de peso do ataque. Sobis se vai. Faz algum tempo que não vivia boa fase, continuava com lesões. Somos imensamente gratos ao guerreiro eterno das Libertadores, mas precisamos de mais força ofensiva. O pedido de saída de Cavenaghi dá aos dirigentes a chance de desfazer mais um equívoco, assim como já foram também Edu e Ilan. (mais parece dupla sertaneja). Não pelo potencial do gringo, que não tivemos oportunidades de conferir, mas pelo excesso de estrangeiros. Se Cavenaghi fosse acima da média, certamente já teria conquistado seu espaço no time, comprovado o propósito da sua contratação e a razão para se ter no grupo um jogador importante que, SEMPRE, estaria fora do próximo jogo, fosse D´Alessandro, Guiñazu, Bolatti ou Cavenaghi. Digamos que quatro estrangeiros não foi um tiro no pé, mas no dedo mínimo.

Precisamos do peso do nosso ataque, estamos acostumados a ver nossos ídolos irem embora, mas confiamos também que surgirão outros. Damião é a realidade mais grata que poderíamos ter. Talvez apenas Kléber gladiador seja mais centroavante no mercado nacional. Não vamos chorar a saída de Damião no futuro se ele puder fazer seus gols no grupo Campeão Brasileiro de 2011. Cabe à diretoria mantê-lo até equilibrar a proporção da satisfação do torcedor com o lucro da sua venda, ou seja, ganhando mais títulos com ele. (Além da Libertadores 2010 e do Gauchão 2011) Zé Roberto é nosso ponta de luxo, já que por vezes atua como os antigos pontas. O meia veloz está improvisado no ataque e com qualidade, dedicação, correria, habilidade, tem sido sempre um dos melhores em campo, demonstrando um empenho que contrasta com o marasmo de outros titulares.

Sobraram Alex e Gilberto. Alex encheu os olhos de Celso Roth no início do seu trabalho, mas se apagou e assim segue. Gilberto demonstrou disposição, força, mas precisa de chances para buscar seu espaço. Se não há atacantes prontos na base, como o próprio Falcão confirmou, precisamos ir às compras. Temos um centroavante titular, um meia improvisado como titular ao seu lado, um reserva promessa e outro que não emplaca, não recebe chances, não aparece, não resolve.

Com as poucas opções, hoje, o Inter faz Damião ser inegociável. Os pontos para manter a esperança do TETRA e garantir a volta à Libertadores só serão conquistados com a participação fundamental do setor de ataque. Damião e Zé Roberto precisam de alternativas já. O Presidente já havia referendado que, caso fosse necessário, seriam feitas contratações pontuais. Sem o alarde e a fumaça da mídia eufórica, Falcão estava comprovadamente certo, o Inter precisa de reforços.

Pois bem, que assim seja, estamos esperando também por atacantes!

Saudações Coloradas

Marcelo de Negreiros – Balneário Camboriú/SANTA CATARINA

4 thoughts on “Peso do ATAQUE

  1. Alô você Marcelo!
    Se me permitires complemento a nominata dos promissores atacantes com os nomes de Ricardo Goulart e especialmente Dellatorre (Junior), um jogador longilíneo, centro-avante.
    Leva jeito.
    SC
    Melo

    1. Alô Melo, achas que poderíamos ainda incluir Jô e Siloé na lista, ou acreditas que serão apenas promessas? Citei os jogadores que vêm sendo relacionados, que estão na vez, digamos assim… Acho que os demais não constam no BID. O Ricardo atua mais como meia e é pena que do grande projeto do time B, só tenha sido aproveitado um jogador no grupo principal. Então ficamos na expectativa por Dellatorre, para possivelmente substituir Damião.
      Felizmente voltamos a vencer e convencendo, demonstramos o brio e o comprometimento de outros momentos, precisamos manter essa pegada. Na tua análise sobre nossa Alegria, sempre pontual, concordo especialmente com desempenho do meio campo, o quarteto todo foi participativo e aplicado, pena que Oscar irá pra seleção, pois o meio campo Colorado está bem formatado assim, rendendo ofensivamente também pela boa participação da dupla de volantes!
      SD
      Marcelo

  2. Grande Marcelo, só um comentário no meu ponto de vista: Cavenaghi foi muito homem em pedir para sair, pois não ficou “mamando” como o Edu que esperou ser mandado embora ao invés de querer seguir na sua carreira. Gostei muito da personalidade do gringo, pena ele não ter dado certo e pena ele ter sido mais um equívoco entre tantas outras contratações desde os tempos do Pinga em 2007 até hoje.

    Voltando ao teu texto, precisamos de alguns sangues novos em algumas posição e temos que arriscar se no mercado não tem mais gente qualificada e experiente. Nossa base sempre foi destaque, tem gente de qualidade a surgir, só precisamos de ousadia e paciência da torcida com os novatos, pois nem todos nascem Alexandre Pato! 😉

    Abraço

    1. Olá Débora, concordo muito contigo quanto à hombridade e caráter do gringo, fora de série mesmo! Pra mim também fica o lamento por ele não ter “acontecido” no Inter. Esperamos menos erros dos nossos dirigentes na hora de contratar. Sabemos das incertezas do futebol e do degrau repentino que um jogador pode subir para, logo, se tornar um craque valorizado, como o jovem Dellatorre, citado pelo Paulo ali embaixo. Concordo também com a renovação, o surgimento dos “sangues novos” que falas. Mas nosso Clube é de ponta, tem potencial e também exigência da torcida para buscar alguma alternativa no mercado, que é até bem amplo levando em consideração a condição financeira do Inter. Também gostaria de ver jogadores da base arrebentando, mas o campeonato é hoje, agora, e precisamos de mais poder ofensivo para conquistar o título.

      Abraço

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