Entre um cachorro-quente e outro, coca-cola para acompanhar, boas companhias e lá estávamos nós. O adversário da vez era o líder do campeonato, invicto, sob o comando do Adenor, em minha opinião (desde os tempos de Inter) o melhor treinador do Brasil. O problema dele é ter dificuldade em alterar durante a partida quanto pretende mudar uma situação.
O Jogo
Entramos com nossa força máxima. O nosso time é esse. Fizemos um primeiro tempo muito equilibrado. Muita marcação de ambas as partes. A ocupação de espaços foi uma constante. O equilíbrio foi a muito presente, veja-se pelos poucos arremates de parte a parte. Via-se nitidamente que os articuladores do Inter tentavam se aproximar para as jogadas ofensivas e na tábua defensiva eram bem visíveis também suas ações em tentar bloquear os avanços dos laterais adversários. Assim D’Ale ocupava o lado esquerdo e Oscar o lado direito. A aplicação e marcação adversária não eram diferentes. Por isso as escaramuças ofensivas com sucesso foram quase nenhuma. Por parte do Corinthians um arremate do Willian que não levou perigo. As melhores oportunidades foram do Inter, em especial a de Damião, driblando o goleiro e meio desequilibrado tentou servir Zé Roberto no que foi impedido pelo zagueiro corintiano, que mandou a bola para escanteio. Depois disso um arremate de D’Ale que passou próximo. E o primeiro tempo foi isso.
No segundo tempo não foi diferente, mas o Inter cercava mais a área, mas arremate só dois cruzados por parte de Oscar, ambos pela linha de fundo. De parte do Corinthians, uma falta bem batida pelo nosso conhecido Alex e bem defendido pelo MURUEL, alem de um chute cruzado pela linha de fundo. Durante a transmissão pela TV, alguém falou: o jogo se decidirá em um erro. Não deu outra. Numa falha de cobertura coletiva, gol do Corinthians. Só quem não teve culpa foi o nosso goleiro. Uma pena tinha aplicação, jogávamos bem, mas futebol tem disso.
As Individualidades
Muriel, cada vez mais titular. Seguro e atento. Uma bela defesa. Sem culpa no gol.
Nei armou um contra ataque que ele próprio acabou desfazendo, de resto uma atuação regular. Bolívar e Juan estiveram no mesmo nível, atuação de regular para boa com imposição física elogiável contra o rápido ataque adversário. Kleber regular tarefa defensiva e articulou pelo lado esquerdo com D’Ale e Oscar. O regular que se repete para toda a linha defensiva se deve ao fato do erro coletivo no gol do “Timão”. A jogada nasce de falta de cobertura do lado direito e passa por toda a defesa e culmina com o arremate do lado esquerdo da nossa defensiva, faltando cobertura do início até a conclusão da jogada.
Guina fazia uma partida extraordinária, desarmando, fazendo coberturas, tabelas curtas. De repente (mais ou menos 25 min. do segundo tempo) começa a aparecer dando botes lá nas cercanias da área defensiva do “Curintía”. Esse é o sinal de que a coisa começou a desarrumar. Dez minutos depois gol, com aquela desarrumação já citada. Bollati não produzia um futebol exuberante, mas produzia o suficiente para conter os avanços. Oscar foi o jogador mais efetivo e perigoso do ataque colorado. Com um pouco de sorte poderia ter marcado em um de seus arremates. Foram os mais perigosos.
D’Ale , teve muito empenho mas baixa produção, além de um perigoso chute no primeiro tempo, sobraram algumas “chacrinhas” do lado esquerdo sem maiores conseqüências. Zé esteve bem abaixo de suas últimas atuações. Depois dos vinte do segundo tempo era visível seu desgaste físico. Damião quase morreu de fome. Não serviram nada pra ele. Uma única chance, no primeiro tempo foi fruto de uma jogada individual sua onde sofreu uma entrada faltosa quase sobre a risca da grande área e foi sonegada pelo árbitro.
Gaydson e Alex tiveram o azar de entrar justamente no momento em que sofríamos o gol. Azar é do São Paulo, vai pagar a mula roubada. Todos ao Beira-Rio!
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO
Oi Junara, parte da tua indignação pode ser atribuída a um fato muito curioso…Clubes com bem menos potencial econômico e patrimonial que o INTERNACIONAL fazem contratações com muito melhor qualidade do que as que o nosso Clube consegue fazer. Tem explicação? Vejamos, todos sabemos das carências ofensivas do time. A lateral direita. A defesa. Agora fala-se em Breno, mas não vemos um atitude mais audaciosa da Direção. Ano passado fomos com um ataque à meia boca para o Mundial e deu no que deu. Não tínhamos goleiro confiável e ainda renovamos com ele. Então, embora a torcida, o apoio, a crença, tem coisas que as justificativas não convencem.
Grande Mello! Concordo em número, gênero e grau com todo o teu comentário. Gostaria de acrescentar apenas que o Nei poderia ter sido substituido bem antes de o gol do “curintia” ter acontecido. Pelo menos uns 15 minutos antes e poderia ter sido aproveitado o Glaydson que já demonstrou ter capacidade de atuar naquele lado do campo em outras oportunidades. No mais, acho que fomos bem durante todo o jogo, faltou efetividade no ataque nas oportunidades que tivemos. Ah! o Muriel provou mais uma vez, que é o cara prá ficar definitivamente na condição de titular absoluto. Ainda assim, reitero um outro comentário que fiz anteriormente: “Precisamos de reforços, urgente” Alas, zaga e ataque são as principais necessidades. Não temos reposição a altura. Imagino que a direção esteja buscando alguém. De qualquer maneira, é hora de apoiar o time domingo contra os bambi. Casa cheia e apoio incondicional prá retomarmos o ritmo que vinhamos tendo. Vamu Vamu Inter! Eu acredito sempre! Abraços
Alô você Junara!
Acalme-se, falta pouco, a máquina está sendo azeitada. Em breve estaremos de novo no topo.
SC
Alô Paulo! O jogo contra o Corinthians foi lamentável. O Inter correu,se esforçou, mas não conseguiu um bom resultado.O incrível é que ,quando o time estava jogando bem,tomou o gol.Parece que deu um apagão,a bola passa de pé em pé,e a defesa do Inter não consegue impedir o gol.O Muriel, por mais que se esticasse, não conseguiria pegar aquela bola.As vezes,fico com raiva da direção do Inter,pois eles nos deixaram mal acostumados,nos proporcionaram ver um time que ganhava tudo, e agora, temos que conviver com um time que, apesar do esforço de alguns,não consegue mais ganhar uma partida com um futebol convincente.
Grande Paulo Melo… o título do teu texto já diz tudo… parabéns!
Agora espero que a direção se “coçe” e traga mais qualidade para o grupo do inter pois assim não dá. Estão esperando demais e daqui a pouco não tem mais volta.
Abraços
Alô você, JR!
O PR já falou, a imprensa vive falando (resalvas), a torcida está querendo. Faltou alguém na chamada?
SC
Melo, isoladamente o jogo foi um enfrentamento de grandes times, um deles, o da casa, vivendo um momento espetacular em termos de sequência de vitórias, boas atuações, liderança e tudo mais. Por outro lado, o INTER não se amedrontou com o adversário e o estádio lotado e com uma torcida empolgada. Do ponto de vista do campeonato, foi ruim, assim como foi péssimo o resultado contra o Vasco. Outra preocupação que creio que esteja na mente de todos os colorados é a falta de reposição para o meio de campo e ataque para mudar um jogo ou buscar um resultado adverso. A questão da lateral direita, creio que está na hora de testar o Alison. Não sabemos se vai dar certo, mas também não sabíamos se o Ceará no lugar do Granja iria dar certo e foi melhor do que a encomenda. Então, ficou complicado, mas temos que vencer urgentemente o São Paulo para retomar o ritmo. Não nos contentamos com campanhas medianas como alguns clubes se contentam. Queremos a ponta, o título, ou, na pior das hipóteses, a Libertadores. Ainda dá, mas a direção poderia agilizar umas duas contrações de meio e ataque. De peso, não apostas, pois estas já temos com Alex, Gilberto, etc. SC a todos(as).
Alô você!
Sim Luciano, concordo contigo, o jogo foi um duelo de Titãs, disputado palmo a palmo, brigado enfim. O conciência do futebol parece que já adquirimos pela sequência de bons jogos realizados. Está faltando a sintnia fina. Eu acho que vai dar para fazer uma campanha digna da nossa história.
SC
Paulo:
O Inter tem melhorado o seu futebol, mas está vivendo de desculpas. Não adianta eu jogar como nunca, perder como sempre e pelas mesmas falhas. No início eram os minutos de apagão, depois veio a desculpa de jogadores na seleção (que foram as circunstâncias da vida que colocaram estes como titular senão continuariam no banco de reservas, ou seja, não são titulares pela convicção da comissão técnica), depois é o cartão do D’Alessandro e agora como o nosso capitão fala foi o azar.
Para mim não é só azar, pois não é por acaso que dos três lances mais perigosos dois sairiam por culpa de um jogador do nosso lado direito defensivo. O único que não foi pela direita foi uma falta cavada muito bem cobrada pelo Alex em que o Muriel não deveria se lembrar dele e quase tomou o gol senão fizesse uma brilhante defesa. Nos outros dois: primeiro de uma tentativa de chute do Nei que ele demora e perde a bola para um corintiano (Emerson) e só não conseguiu o gol pelo passe longo do mesmo e que o outro atacante deles não conseguiu dominar direito com isso perdendo tempo no lance. O segundo foi o lance do gol, que ocorre na sequência da substituição do Bolatti e do Zé Roberto por Glaydson e Alex (vi as imagens pelo Terra TV, já que o SPORTV perde parte do lance) o Guiñazu sai da esquerda e vai dar combate na direita, mas já está atrasado e o jogador passa para a ponta esquerda para um outro atacante do clube paulista que o Bolívar vai dar combate, mas como é lento, este chega atrasado não conseguindo nem fazer a falta e o corintiano cruza, neste momento o Nei, que esta no meio do caminho, não consegue fazer nada e o resto todo mundo sabe.
Os erros e acertos da partida. O acerto está na compactação do time porque minimizou as nossas deficiências que precisam ser consertadas se querem buscar algo ainda no campeonato e ao meu ver passa pela substituição de alguns jogadores, que não são os que tão saindo.
Com relação aos erros esteve principalmente nas substituições e no tempo da última mudança. Ao meu ver o Bolatti não fazia uma partida ruim e não havia a necessidade de mudá-lo, além disso não é a primeira vez que o Falcão faz esse tipo de substituição e no momento seguinte nós sofremos o gol por aquele setor. O outro erro foi o tempo da substituição do Nei pelo Gilberto, pois assim que tomou o gol ele já deveria fazer a mudança e não esperar até os quarenta para faze-lo, com isso perdemos dez minutos de jogo para tentar empatar.
Agora é esperar o São Paulo e buscar a vitória, pois estamos precisando.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Alô você Claudio!
Tua descrição do gol é muito real, foi isso mesmo. Asequência de falhas sem que na tivesse havido socorro é o que chamamos de falta de coberturao, bem assim como escrevestes, começa do lado direito passa passa pelo miolo e culmina na esquerda sem que nosso defensores tenham tido o chamado senso. A compactação que falas também vejo e saúdo. Temos cara. Está faltando o toque (s) final.
SC