Assim, não dá!

Um frio de danar, uma caipirinha para esquentar, somados a nossa esperança de que as coisas tivessem um encaminhamento equilibrado.

Nossa expectativa positiva começou a ruir quando foi anunciada a escalação. Trezentos e vinte e cinco volantes, não é possível. O C.Juarez foi mandado embora porque escalava a mesma quantidade de volantes e um só atacante. O PR foi mandado embora porque…

Andrezinho, funciona como meia, não como atacante (imagem Clic RBS)

A melhor produção do Inter nos últimos tempos foi com dois volantes (Tinga e Guina ou Bollati e Guina), dois meias (D’Ale e Oscar) e dois atacantes (Zé e Damião). Meu Deus, ninguém tem voz no futebol do Inter para sugerir ao treinador, ao interino para que faça qualquer coisa parecida com isso, que já deu frutos? O Inter jogou a não fazer, a se defender. Deu três estocadas no primeiro tempo enquanto o Tinga teve gás depois foi uma inércia, ante a um combalido Fluminense. A cirurgia que se precisa agora é no gramado, é na cabeça de quem pensa e decide futebol no Inter. Três volantes sem aptidão para o jogo rápido e vertical, não dá.

O D’Ale sozinho na articulação não funcionou mais uma vez, a exemplo de outras jornadas. A falta de velocidade de Andrezinho e do próprio D’Ale fez com que o Damião ficasse isolado (mais uma vez) e inoperante, exceção feita ao lance de jogada individual que originou o pênalti mal batido por D’Ale. A bem da verdade nem os meias nem a legião de volantes se aproximam do nosso super-herói. Diante da convicção que o pessoal do futebol tem com a necessidade de quase quatrocentos volantes, acho que seria uma boa idéia retirar o Damião (afinal ele não tem com quem jogar) e colocar mais um volante para “fechar mais o meio”, não é uma boa idéia? Quem sabe o recém contratado Sandro Silva?

D'Ale perdido no mar de Volantes (imagem Clic RBS)

No segundo tempo o Flu se deu conta que dava para ir para cima, pois o Inter estava em seu já repetitivo momento “inseticida barato (tonteia, mas não mata), ou seja, toca, toca, toca e não agride, não verticaliza, não faz aproximação para arrematar e viu que dava para ganhar. Aí foi o que se viu algumas bolas nas laterais, cruzamentos para área Colorada e lá estava um meia que deve ter pouco mais que 1,60m cabeceando e fazendo o primeiro gol do Flu. Já no final o golpe fatal dado por Matias, aquele que quase foi embora e ficou.

E a convicção? Por parte do Inter praticamente nada aconteceu até que Damião resolveu tentar tudo sozinho e quase conseguiu. Em jogada exclusivamente sua brigou com quase toda a zaga tricolor e sofreu o pênalti. D’Ale cobrou a meia altura o goleiro defendeu, aqui duas observações:

1) O maior percentual de pênaltis defendidos são cobrados a meia altura (certamente os homens do futebol, os treinadores os jogadores tem estatística e sabem disso. Porque batem a meia altura?

2) Tomamos três gols em defesas do nosso goleiro e que propiciaram rebotes e foram aproveitados pelos atacantes adversários. Ontem deu rebote e a defesa deles foi mais competente. Resumo: contra nós tomamos o gol, contra adversários não conseguimos fazer. Isso não é mais um sinônimo de falta de orientação e velocidade?

Por favor, meu Colorado, tem que ter coragem para mexer em algumas divindades. Assim não vai, precisamos agir rápido.

Domingo todos ao Beira-Rio! Quem não se achar em condições de apoiar e torcer muuuuiiito, por favor, não vá.

Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Vamo, Vamo INTER

9 thoughts on “Assim, não dá!

  1. Melo,
    No outro texto eu falei que nosso (ex) zagueiro central Bolívar, há muito está ausente. Imagina, um zagueiro central que não está na área. Assim aconteceu nos dois gols do Fluminense, e na série de gols que temos tomado. Nos pênaltis, que o Muriel defende ele fica olhando o adversário fazer no rebote.
    Até os quero-queros do Beira-Rio sabem que está mal. Menos a Direção e Comissão Técnica.
    Moledo já.

  2. Paulo, começo meu comentário utilizando a última frase de tua postagem “Domingo todos ao Beira-Rio! Quem não se achar em condições de apoiar e torcer muuuuiiito, por favor, não vá.”

    Veja que ironia, que momento infeliz de nosso INTERNACIONAL. O resultado de domingo, um clássico brasileiro, não pode servir de parâmetro sólido para conclusões. Qualquer resultado é possível e não serve para medir competências. O que está em julgamento é esse histórico triste, desencorajador em relação ao futuro e sem “luz no fim do túnel”. Independente do resultado de domingo, o nosso INTERNACIONAL é NOSSO e precisa mudanças urgentes. A direção atual não pode ficar omissa, escondida e indiferente nessas horas difícieis e a responsabilidade de efetuar mudança já, é dela, só dela. A nós, independente da direção, do técnico dos jogadores cabe a responsabilidade de torcer pelo sucesso de quem representa, no momento, a nossa CAMISA VERMELHA. O que está acontecendo era previsível e esse estado de coisas não pode permanecer, independente do resultado de domingo.

    Gostaria de encerrar, mais uma vez, afirmando que os menores culpados são o técnico interino e os jogadores que são escalados, pois, no meu modo de ver, estão assustados, desorientados, inseguros, entretanto não vejo omissão em campo. O que vejo é desorganizão, falta de objetivos claros, orientação segura, reflexo de um trabalho coletivo ruím, resultado de equivocadas decisão de direção.

    Não poderei estar no Beira Rio, mas podes ter a certeza que, na sacada do meu prédio aqui em Salvador, as bandeiras do nosso INTERNACIONAL estarão novamente presentes.

    Só para relembrar:
    Globo esporte.com
    28/07/2011 09h34 – Atualizado em 28/07/2011 09h35
    Após torneio, Luigi sonha faturar com Damião: ‘Uns cinquentinha, né?’
    Bem-humorado, presidente do Inter afirma que atacante colorado sai valorizado de Munique e vislumbra lucro alto em possível transferência
    Por Felipe Rocha Direto de Munique, Alemanha
    O presidente do Inter, Giovanni Luigi, brincou depois do jogo sobre uma valorização no preço do centroavante colorado.
    – Certamente ele sai daqui ainda mais valorizado – disse o mandatário. Questionado se venderia o centroavante por 30 milhões de euros, Luigi foi rápido na resposta:
    – Uns cinquentinha, né? – completou sorrindo.

  3. Alô você Jéssica!
    Perfeita sua observação. Só que para ele ir articular e ter o Kléber ao seu lado, alguém tem que fazer o mesmo do outro lado, mas com tres volantes não é possivel. Aí meu Deu porque não legislam proibindo um time de jogar com mais de dois volantes?

  4. Concordo com você Paulo. A torcida tem que mostrar interesse na mudança do time lá no Gigante. Quem for pessimista demais, acaba atrapalhando.

    D’alessandro joga na esquerda junto com Kléber, mas nesses últimos jogos, ele não rende, pois fica lá na lateral direita, isolado, sem ter com quem jogar.

  5. Melo,
    Somos o time dos volantes, como bem disseste. Minha vã filosofia não consegue entender e explicar: Por que contrataram o Sandro Silva (ele mesmo afirmou que não joga na lateral e sim no meio campo)? Mais um volante.
    Com a saída do Sobis e Cavenaghi, deveriam ter reposto com atacantes. Meu Deus só volantes.Não aguento mais ver esse filme.
    Por favor: UM TREINADOR COM CORAGEM PARA MUDAR (quem sabe o Fernandão ainda consiga imbutir essa idéia ao treinador): Do meu ponto de vista MOLEDO no lugar de Bolívar, mantendo o melhor dos veteranos INDIO na zaga. Chegou a hora, sim, de Fabrício no lugar de Kleber pois, embora seja o que melhor trate a bola do grupo, para mim terminou seu ciclo. Quando pega a bola parece pensar: “não estou nem aí”. E por que não lançar o ALISSON na lateral direita. O cara veio prá que, se sequer é testado. Eu sei que o Nei tem garra e é voluntarioso e está apoiando bem e bom no cabeceio, mas em todos os jogos tomamos gols na sua direita, como ontem.
    A mesmice de semprre é que nos deixa impacientes.
    Ah, como o OSCAR e ZÉ ROBERTO fazem falta neste time! E o DAMIÃO sozinho lá na frente, vai acabar sumindo. No momento, é o INTER de um atacante só.
    Chega! Vou ver se refaço meu ânimo para domingo.

    1. Alô você Heleno!
      Seguidamente defendo o Nei de críticas que julgo não serem adequadas em função de sua doação. Não o acho o melhor lateral do Brasil, mas não o acho inferior a maioria, pelo menos. Veja que ontem ele aparece dentro da área contra dois (Rafael Moura e Souza) no gol do Flu (por favor reveja). Foi no Rafael pois achou que seria o homem do cabeceio. Rafael é centro avante, é o nove. Quem a rigor deve marcar o centro avante? A bola foi alçada pra dentro da área, quem deveria estar dentro da área? (Figueroa que tu muito bem referistes era o “Patrão da àrea”) Quando ele sentiu o perigo foi lá disputar a bola com o centro avante porque o zagueiro estava não sei aonde nem fazendo o que.Enquanto um se omite, o outro se voluntaria. Como ambos são do lado direito, sobra sempre pra ele. Veja o comentário do Vianei na ZH de Hoje. No jogo contra o Milan o Pato chegou a olhar duas vezes para ver se não havia ninguém a lhe marcar antes de fazer o gol. Pra concertaqr isso, meu amigo o remédio é só um: Transfiram o General para a reserva remunerada.

  6. Tá brabo! Bolivar e Indio juntos não dá: ou um, ou outro. Prefiro Índio. Wilson Mathias? Pelo amor de Deus, não dá nem para comentar…Tinga, que não sabe chutar, sendo o encarregado de chutar a gol? D’Ale errando pênalti? Quanto aos volantes, é de se dizer: menos, Osmar Loss, menos… Como registrou o Melo, dois são suficientes, para não dizer o ideal. Mais do que isso é sim coisa de time pequeno. E pequeno é coisa da Azenha. Fernandão, grande líder, ajude o Loss a ver isso, senão… SC

    1. Alô você , Aquidaban!
      Pois é, vamos ficar fora do título de novo e com jogadores para fazer no mínimo um papel descente. Meu amigo a VOLANTOMANIA, tomou conta do Inter. Quanto aos zagueiros concordo contigo, é preferível o Indio. Zagueiro não pode jogar bem. Caso isso venha a acontecer são sacados do time e nunca mais entrarão, não é? Pelo menos com o Dalton e o Moledo, foi assim.

  7. Bah Melo, só sei que uma limpa no Beira-Rio seria muito bem viinda, pois quero jogador com vontade de jogar e principalmente, ambição de ser campeão. Nosso time é apático, sem ânimo de vencer… chega, não dá mais para ficar assim!

    Não posso lembrar que deixamos de vender o D’Ale pros Emirados por 5 milhões, de passar o Bolívar adiante e no fim renovamos o contrato dele… devemos favores a eles??? Porque precisamos nos submeter a sofrer por um time de medalhões ultrapassados! É hora de mudar!

    Nosso problema não é só técnico, pois eles repetem em cada mudança de comandante. Qual será mesmo então o problema? QUERO MUDANÇAS, QUERO O TÍTULO DA RECOPA.

    Abraço

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