Lembram daquele filme do Seltom Melo? O personagem caipira inventa histórias que viram lenda após ele reafirmar diante de situações improváveis:
“Não sei, só sei que foi assim“.
Pois foi uma partida de futebol para entrar no esquema do “Só sei que foi assim“.
O Roger deu um nó no Dorival (E eles estão gastando dinheiro com o Luxa – ainda bem….). O meio de campo com uma troca fundamental, Marquinho por Marco Antonio, derrubou a tese dos torcedores adversários, que se acumularam durante a semana. Marco Antonio mudou o esquema, e o nosso meio de campo não conseguiu sair da rede. Ajudados pela ausência de Guiñazu e Nei (Elton neste greNAL foi o quadro da dor e Sandro Silva pressionado não teve a mesma atuação anterior) os adversários foram melhores em toda a partida, que servirá como exemplo para aprendermos a jogar quando o D’Alessandro está bem marcado.
Roger colocou em campo o mesmo time que Caio vinha apostando. Mas ele trocou posicionamento e deu um gás, digamos assim, que ainda não havia sido visto neste ano. O que não faz a vontade de ganhar, não é mesmo senhores! Eles precisavam muito desta vitória, que representa mais que a classificação para a final do primeiro turno (só isso?) Representa uma vitória moral sobre o INTER, que a muito massacra o pseudo rival.
Mas o que nós fizemos de errado ???????????????????????
Nosso time precisou dos laterais e não os teve. Um estava mal mesmo e o outro ficou preso na defesa, por onde o adversário investiu bastante. Tinga, Guina e o próprio Dátolo poderiam ter ajudado a mudar esta situação.Mas não estavam no banco. Ficou difícil. Oscar tentou e tentou, mas marcado de perto não teve a mesma mobildiade.
O golaço de Damião, que certamente dará mais tranquilidade para ele nas próximas partidas, resultou em última análise de um erro na saída de bola do outro time. Assim, o que produzimos foi muito pouco, até os últimos lances da partida, quando o goleiro azul brilhou, mais no susto do que na técnica, mas brilhou.
Durante todo o período de carnaval, resignada por estar presa ao sofá de casa, comentei várias vezes com o meu pai, que já não tem mais forças para caminhar, sobre o greNAL. Pois a experiência dele e a minha apontavam para o mesmo caminho: este greNAL é deles. Pela pressão, favoritismo ao nosso lado, técnico de última hora, fase ruim dos caras…. É histórico. Mas é claro que foi mais do que isso. A surpresa do nó tático veio de onde menos se esperava.Da interinidade do técnico. E quando a partida terminou, com uma bola do Kleber vermelho cruzada direto na torcida azul, passando a uns 10 metros atrás do gol, ouvi alguem dizer, “Não sei. Só sei que foi assim…”
Saudações Coloradas
Adriana Paranhos
Conselheira do Sport Club Internacional e Fundadora da FFC (1º Torcida Organizada Feminina)
Cara Adriana!
Concordo em grande parte do teu comentário e vou tentar resumir o meu pensamento a respeito do nosso time em campo neste jogo. no início do ano passado e após algumas partidas, já no campeonato brasileiro, fiquei asbsolutamenete convencido de que precisávamos de reforços urgentes. Não sei se vc leu meu blog a respeito, na época. Pois após este último jogo estou mais uma vez com a mesma convicção. O triste, é ter constatado que as deficiências observadas continuam sendo nas mesmas posições: Goleiro, Zagueiro, Laterais e na falta do Guina nenhum substituto a altura. Isto sim, está me preocupando mesmo. Quanto ao contexto em geral, também estou absolutamente convencido de que a imprensa azulada, juntamente com a FGF e comissão de arbitragem fez um belíssimo trabalho, prá eles é claro. A coisa tava muito feia práqueles lados e faço minhas todas a palavras do Pauperio, a quem deixo um grande abraço! Ah! podem achar que é “Teoria da conspiração”. Só penso que precisamos ainda aprender a jogar, caçar e intimidar os adversários quando isto for necessário, não se conquista mais nada jogando bonitinho e segundo eles próprios, faz parte do futebol. Saudações Coloradíssimas!
Claudio Saldanha
Paupério,
Concordo em grande parte com o que disseste. Como não eles tinham futebol para nos ganhar procuraram outros meios como a violência. Mas tiveram méritos também.
Contudo, não podemos atribuir a nossa derrota somente a fatores externos. Entendo, principalmente, que foram os fatores internos os principais causadores. O Dorival atribuiu à falta de atenção do grupo. Incluo dois outros dois fatores fundamentais: vontade e determinação. Está correndo uma piada na internet de saltos altos com o símbolo do INTER. E isto também aconteceu.
Quem sabe tenham aprendido a lição.
Vamos em frente!
Alo voce Adri!
Aqui no RJ armamos tudo para uma grande festa. Embora algo me dizendo que poderia nao ir tao bem. Tua fidelidade foi total. Fomos completamente batidos durante toda a partida. O espancador de mulheres passou a partida inteira mergulhando atras do Elton e nenhuma providencia foi tomada. A vontade do pessoal habitante frequente da segunda divisao foi visivelmente maior e a falta do Guina foi extraordinaria, mais pela saida de bola como escreveu o Evandro, qualidade de passe, enfim. Nos resta , em tempo,lamber as feridas e ganhar o segundo turno, nao sem antes dar uma torcidinha basica para o grande Caxias.
POis é Evandro, na verdade nossos volantes estavam fixos. Não tem caracteristica d emobilidade o que centraliza nossos meios. A mobildiade, troca de posição durante o jogo, e a defesa a partir do meio de campo são caracteristicas que o Dorival está implantando mas não se repetiram.Justamente pela incapacidade técnica dos substitutos com os quais entramos em campo.Mas isso deve se repetir mais vezes durane o ano.Isto é, alguem vai se machucar e a tendência é que passemospelo mesmo sufoco.Como vamos resolver?
Adriana, gostaria de concordar contigo em vários pontos e deixar muito claro que ontem não foi uma boa jornada de nosso plantel, sem exceções. Não sei se por “doença colorada” ou por realmente ser verdadeiro, mais uma vez perdemos um jogo que na verdade era uma “batalha”. Perdemos no “grito”, na porrada, na intimidação, na ausência de qualidade substituída pela força, falsa malandragem e deslealdade, características que sempre os definiramos ditos “inimigos”. Enquanto houver árbitros que sejam complascentes com a intimidação e com a violência no futebol, vamos de mal a pior. Eu estou me referindo, não só ao Rio Grade do Sul, mas ao Brasil. Nossos principais craques no futebol brasileiro são “caçados” e espancados impunemente com a complacência dos árbitros, imprensa e federações. Algumas “entradas” premeditadas e muito bem pensadas, no jogo de ontem, podem ser consideradas criminosas e, olhe, praticadas por jogadores “de nome” (mas já sem futebol algum) e história no futebol e também de “novatos” desesperados por um dia de estrelato. Não é possível aceitar essa “caça” ao D´Alessandro, Damião e ao Oscar. Provavelmente devo ter uma idade próxima ao de seu pai, e essas características de nosso “secador mor e sofredor”, é histórica, pois esse “tudo ou nada”, “lutar ou morrer”, depredar (tente se lembrar de quantas vezes presenciou ações criminosas, inclusive com fogo, quebra-quebra após grenais no Beira Rio), justificando sempre qualquer ação pelos objetivos, se propaga através dos tempos. Isso, ao meu modo de ver, não é cultivar o esporte e sim, um incentivo claro à violência. Entendo que a clássica “flauta” é livre e convivo muito bem com muitas vitórias e poucas derrotas. Quando vejo declarações de alguns dirigentes, ironizando qualidades de jogadores adversários, mostrando claramente sua mágoa, inveja e falta de entendimento das causas da grande diferença de qualidade existente entre os plantéis e conquistas que existe atualmente, “penso cá com meus botões”, ainda bem que sou COLORADO e sou grato aos posicionamentos elegantes, à altura da grandeza de nosso INTERNACIONAL, sempre e em todos os momentos, de todos os nossos dirigentes, independente de quem está na direção. Fica somente duas perguntas. Essa tendência da imprensa gaúcha é novidade? Por que não foi escalado um árbitro experiente para esse jogo?
Em tempo,
Endereçado à Adriana.
Adriana,
A intuição tua e de teu pai foi a minha também.
Cantei a pedrinha ontem a tarde para os amigos Paulo Holsbach e Ricardo Cardone, bem como para minha filha antes do jogo, que estão aí para não me deixar mentir, que seria muito difícil o INTER ganhar este (o de ontem) Grenal, ao contrário do que pensava a maioria colorada, pela simples razão de que eles jogariam uma copa do mundo ou até a vida para tal, pois é a forma de espantar uma crise. Lembrando daquela máxima atribuída ao Ibsen Pinheiro: “Uma vitória em Grenal ajuda a arrumar a casa”. Aos que falei e não acreditaram, dando exemplos históricos de que em Grenal quem está por baixo se supera. Lembrei de um fato similar ocorrido em 2007, logo após nossa conquista do MUNDIAL FIFA e eles numa inveja aliada a crise danada. Naquele domingo estava com minha filha e um grupo de colorados no Montana Grill e o pessoal falava em goleada e lembrei que meio a zero já estava bom. Fomos ao jogo e eles nos tocaram 2 x 0, com o Clemer entregando o 1º gol como fez o Muriel ontem. Eles pegaram moral, foram campeões gaúchos e sem time acabaram chegando a uma final de Libertadores, mas a supremacia do Boca era tanta, que acabaram por aí.
Outro exemplo, em 2008 eles estavam com o título Brasileiro na mão, chegaram a estar 14 pontos na frente do S.Paulo. Veio o Grenal e o INTER com tudo, tocou-lhes 4×1 tirando-os da liderança e o título e com a moral todo o colorado chegou ao título de CAMPEÃO da SUL-AMERICANA. É a força de um Grenal. Existem inúmeros exemplos a este respeito.
Portanto, “Grenal é Grenal” como já dizia o saudoso patrono Ildo Meneghetti e falei aos supra referidos que, para ganhar, o INTER teria que ir com tudo, porque eles dariam tudo para nos ganhar. Deveria o INTER ser aguerrido e esquecer um pouco aquele futebol acadêmico como apresentou frente o Caxias e Cruzeiro, e ir prá cima do adversário, com força e vibração total, uma vez que estava na sua casa.
Entretanto, o que se viu foi o contrário, o adversário valente e com vontade, como bem lembraste, e um INTER acuado, aceitando a imposição do outro lado. Cantei a pedrinha antes.
Quanto ao Elton, pode quebrar o galho mas não é lateral. O adversário em velocidade leva sempre. Enquanto não puder contar com o Nei tem contratar ou buscar um substituto da função. Aliás o Elton é muito bom com como volante, já provou isto, para mim, superior ao Sandro Silva.
Sempre tive presente que um grande time começa com um grande goleiro e Muriel é somente bom, mas ainda lhe faltam atributos para ser considerado, nem falo grande, mas muito bom goleiro. Esta sua frequente mania de tapear ou soquear a bola na boca da área, como fez ontem e em outros jogos, deve ser imediatamente corrigida.
Bem, ficamos por aqui
Abraço
Oi Adri, não consigo aceitar o Elton de lateral. Ele me parece frágil para qualquer posição, não tem pegada, não tem corpo para o combate, não tem técnica para superar a falta de pegada, enfim, precisamos de um reserva a altura para o Nei. Ontem o Elton provou tudo o que penso dele.
O Bolatti é outro que quando pega a bola me causa pânico pois ele parece que nunca sabe o que vai fazer com ela e ainda perde na maioria das vezes. Não é combativo como deve ser um volante. Fez aqueles golzinhos quando chegou, que ele mesmo ficou surpreso e foi só.
O Sandro Silva é pior que o Edinho, se fosse igual até me servia, mas não é. Tens uns lances bons mas depois sofre apagão técnico e desanda a dar passes errados e perder a bola.
A merda é que estamos acostumados com o fantástico Guinãzu e o Tinga, que mesmo sem porte físico, sabem fazer a bola andar e chegar de verdade quando precisa.
Para mim a derrota passou só por estes três personagens, pois se atuassem bem, teríam ajudado os bem marcados DAle e Oscar. A insegurança dos volantes, acabou instabilizando até o Muriel.
Eles, assim como eu, sabem da fragilidade do Elton e foi lá que mandaram o Kléber, batedor de mulher, jogar o tempo todo, tanto é que os volantes são péssimos, que o Moledo é que estava saindo para cobrir o Elton em diversas jogadas.
Perdemos o meio campo e o jogo. Pena o Dátolo não estar no banco, pois teria entrado no lugar do Jô.
Porque o Dátolo não estava o banco, já que tinham só 2 argentinos no jogo ??
Enfim, a imprensa azul (RBS) bateu a semana toda que o INTER era o favorito, por mais que a direção e técnico falassem que não, os jogadores leem jornal e veem TV e portando a mensagem acaba entrando cabeça a dentro, e era exatamente isto que a RBS queria, que o INTER entrasse de salto alto, e aconteceu, pois este não é o esquema que temos visto o Dorival utilizar, que inclusive estava enlouquecido com o time na beira do gramado, pois como ele mesmo disse, “aquele não era o esquema treinado, pois estavam muito distraídos e abertos no meio”.
Abç.