Por: Antônio Carlos Pauperio
Com as duas equipes desfalcadas, principalmente o Internacional, a qualidade do jogo não foi das melhores no primeiro tempo e deixou a desejar. Muitos chutões, balões e jogadas ríspidas em todos os lugares do campo, sob a complacência de um juiz que deixou a violência e a falsa malandragem correrem soltas. Resumindo, um jogo muito aquém da qualidade dos dois clubes que se enfrentavam.
O Internacional começou melhor e logo aos 43 segundos, o estreante Rafael Moura, marcou um gol de cabeça, mas que foi anulado, por impedimento. Aos três minutos, Muriel, depois de errar em defender um cruzamento, recuperou-se e pegou uma conclusão a gol de Danilo.
O Inter não teve qualidade para organizar o seu ataque, pois Kleber, improvisado como armador, não conseguia exercer a função e se encontrar em alguma faixa do campo. Jajá, como sempre, parecia distante do jogo, deixava de concluir jogadas e errava passes. Apenas Josimar se destacava pela dedicação e esforço. Elton e Fred mantinham a mesma postura boa, mas irregular como nas últimas partidas
O adversário, também não apresentou um bom desempenho, errava muitos passes e desperdiçava jogas de ataques, mas se destacava por chutões e muita dedicação. Por sinal, o juiz permitiu que várias jogadas de clara violência fossem feitas e encaradas como simples disputas, assim como a utilização de “falsa malandragem de resultados” de alguns conhecidos jogadores corintianos. Ao final do primeiro tempo, Rafael Moura ainda teve uma segunda chance de gol, errando o cabeceio.
No segundo tempo, o Internacional deu demonstrações que o resultado de empate serviria, pois tratou de defender-se e buscar os contra-ataques. O Corinthians passou a tomar a iniciativa. Em um raro momento de acerto na troca de passes, aos 13 minutos, o disperso Jajá concluiu a gol, foi bloqueado pela defesa do adversário.
O treinador colorado trocou Fred por Dátolo (ao meu modo de ver, deveria ter sido no lugar de Kleber), aos 17 minutos, com a intenção do argentino acertar a articulação da equipe que em nenhum momento existiu. A parada de 40 dias, devido à cirurgia no púbis, mostrou um jogador fora de “embocadura”, mas mesmo assim tentou dar maior velocidade ao ataque. Aos 23 minutos, Dátolo empurrou e cometeu falta em Douglas. O meia cobrou a falta para a área, a zaga do Internacional mostrou novamente a incorreção de posicionamento, marcando a bola e não os atacantes. O zagueiro Paulo André, sem marcação específica, pulou antes e mais que Rafael Moura e desviou para o gol, sem chances para Muriel.
Lucas Lima e Mike foram a campo, mas já era tarde demais e os garotos, pouco acrescentaram a um time que já estava com dificuldades no Pacaembu. Ao final, uma derrota, para um time limitado e não superior ao Internacional e a chance de avançar na caça aos líderes do Campeonato Brasileiro.
A salientar a presença do Forlan no Pacaembu, reforçando a torcida do Inter e retornando do amistoso da Seleção do Uruguai contra a França, em Le Havre.
As ausências no Internacional de Damião, Guiñazu, Forlan, D´Alessandro, Ygor, Dátolo (em melhores condições físicas) e Dagoberto foram muito sentidas, o que sempre deixa dúvidas sobre a imparcialidade e validade da confirmação de um jogo pela CBF, trazendo sérios prejuízos a uma das agremiações, quando três dos seus melhores jogadores, titulares absolutos estão representando as seleções de seus países (Brasil, Uruguai e Argentina).
Ao Internacional cabe agora, com o retorno de alguns de seus maiores jogadores (Damião, Forlan e Gunazu) e de Ygor (que estava suspenso) buscar uma importante vitória contra a Portuguesa, no Canindé, em São Paulo, no próximo domingo, as 18:30 horas.
Ficha técnica
CORINTHIANS x INTERNACIONAL
Campeonato Brasileiro
17ª rodada – 16 de agosto de 2012
Estádio do Pacaembu – São Paulo
Corinthians (1)
Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos (Marquinhos, 41’/2º); Ralf, Willian Arão, Danilo e Douglas; Adilson (Giovanni, 14’/2º) e Martinez (Denner, 48’/2º)
Técnico: Tite
Internacional (0)
Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Fabrício; Josimar, Elton, Kleber (Mike, 30’/2º), Fred (Dátolo, 17’/2º) e Jajá (Lucas Lima, 29’/2º); Rafael Moura. Técnico: Fernandão
Golos: Paulo André (C), aos 23min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Elton, Dátolo (I); Paulo André, Alessandro (C).
Arbitragem: André Luiz de Freitas Castro, auxiliado por Cristhian Passos Sorence e Márcio Soares Maciel (trio goiano).
è muita pegação no pé dos jogadores, às vezes, um verdadeiro muro das lamentações! Enquanto isso: O Alecssandro, o Jô e o Adrezinho, tome fazer gols! Um é lider e os outros não estão tão longe assim! Bota eles num time entrosado prá ver se não jogam mesmo? A verdade é que temos que achar um cristo prá crucificar sempre, uns já foram crucificados, quem será desta vez? Ah viram o gol que o Damião acabou de perder contra a Portuguesa? Será que ele não joga nada também? Saudações coloradas!
Claudio Saldanha
Meu primeiro comentário. Relutei muito em escrever, mas o comentário do Sr Evandro Milani, quando cita a insistência do técnico em utilizar o “atleta” Jajá me reporta a uma frase, de que “errar é humano, persistir no erro é burrice”. Minha tranquilidade em Maceió ainda não foi abalada. Mas o “atleta Jajá” nem no banco de reservas do meu saudoso MARTINICA, campeão de 1989 sentava!
Demorou pra comentar, mas qdo comentou falou tudo, é isso mesmo! O Jajá pode jogar no Divino, ao lado do Jorginho…rsrsrsrsrss
Bah, perdemos de novo com aquele lance de Flu x Inter pela LA. Me interna que eu quero fazer gol de cabeça entre os zagueiros do Inter também…
Infelizmente, viramos fregueses dos gambás!!!!
Olá Pauperio, não consigo entender o Fernandão quando insiste com o Jajá.
Um jogador displiciente, campeão em erros de passe e com uma tentativa ridícula de dar um passe de calcanhar, entregou a bola para o Corinthians executar um contra-ataque que resultou em falta e no gol.
Este cara é um novo Andrezinho piorado, que só sabe jogar 20 ou 30 minutos do segundo tempo, fora isto, é muito ruim.
O Elton é um esforçado fracassado, pois não tem garra, pegada, que um volante do INTER tem que ter. O Guinãzu deve enfartar vendo isto.
O Fernandão é nosso eterno capitão do Mundial e idolo incontestável, mas qual a escola dele, para usar tantos volantes ?
Vencer a Portuguesa é uma questão de honra.
Abç.
Alô você Pauperio!
Embora um pouco prejudicado pela intensa atividade no mesmo horário do jogo, deu para perceber que o Inter mesmo não se amedrontando (deve ser sempre assim) pouco produziu para justificar ser postulante a vitória ou até mesmo um empate. concordo com as tuas observações e entendo que teremos um acrescimo no segundo turno, o galho é o tal de ritmo de jogo que só virá com cinco ou seis rodadas, mas vamos lá!
SC