Projetava-se um pleito histórico mas, surpreendentemente, por não trazer reflexos do desempenho do time em campo e mesmo que o resultado tenha frustrado, segundo alguns, mais de 70 mil sócios que poderiam votar em um segundo turno, em 15 de dezembro, Giovanni Luigi segue como presidente do nosso Sport Club Internacional para o biênio 2013/2014, sendo eleito, pelo Conselho Deliberativo com 166 votos. Luiz Antonio Lopes somou 80 e Sandro Farias apenas 64 votos.
O pleito transcorreu com tranquilidade. Do lado de fora, conforme prometido, a torcida ‘Guarda Popular’ fez um protesto para que a disputa presidencial chegasse ao crivo dos sócios. Dos 346 conselheiros aptos a votar, 314 compareceram. Destes, três votaram em branco e apenas um nulo.
Os candidatos de oposição apostavam nas campanhas irregulares da equipe na Libertadores e no Campeonato Brasileiro de 2012 para levar o pleito a um segundo turno e assim possibilitar a participação dos associados.
Na primeira manifestação, o presidente reeleito manteve o discurso ameno e ainda completou com a promessa da luta por uma unificação de movimentos políticos do clube: “Para a grandeza do clube, para alcançarmos os nossos objetivos, precisamos estar unidos. Vou trabalhar forte nisso”. “Estamos trabalhando para poder ter todo o planejamento para o ano que vem, nao só para o departamento de futebol, mas todas as áreas ainda em dezembro”, completou o presidente.
Definições só depois do Brasileirão!
Mesmo pressionado nas entrevistas, o presidente Giovanni Luigi, eleito em primeiro turno para o biênio 2013/2014, evitou definições e anúncios de troca de nomes.
O Presidente do Sport Club Internacional, Giovanni Luiggi, disse:
Sobre a reeleição no primeiro turno
– Foi uma decisão democrática. Muitos falavam em direcionamento de
votos. Ficou comprovado que isso não existe. Todos votaram conforme sua consciência. Agora, se o Conselho decidisse a partir desta eleição mudar e fazer segundo turno, eu não teria nenhuma resistência em disputar. Me surpreendeu, porque o mapeamento que fizemos dava certo o segundo turno. Há dois anos ganhei uma eleição em que fiquei com minoria no Conselho Deliberativo. Hoje, os seis movimentos que apoiam o Inter Grande são movimentos novos, que não existiam na eleição de 2010. São movimentos de pessoas que estavam no União Colorada e Ação Independente Colorada. Por uma série de fatores, saíram dos movimentos e decidiram apoiar a gestão. Esses seis movimentos que se agregaram ao nosso fizeram com que chegássemos ao número que tivemos ontem. Será que isso, as pessoas que criaram estes movimentos, apoiaram a gestão por que ela é ruim? Por que têm dificuldades? Por que não confiam na gestão?
Sobre as críticas do torcedor sobre a eleição
– Primeiro: é o estatuto. Eu sou o presidente do sócio, sim. No primeiro mandato me elegi com quase 80% e comprovo agora novamente.
Sobre o time
– Nós temos dois jogadores para cada posição, a diretoria trabalhou buscando dois jogadores para cada função, trouxemos opção para a zaga, volantes. Tivemos acertos da obra, mantivemos o Leandro Damião, trouxemos o Dagoberto. No campeonato, jogamos contra o Atlético-MG, por exemplo, e depois viajamos para o Serra Dourada, o maior gramado do país. Jogamos quarta, o jogo terminou, sexta tivemos a viagem. O desgaste fez com que o Atlético-GO virasse o jogo. Para o Figueirense a equipe entregou a vitória. Empatamos jogos que tivemos produção melhor que o adversário. Mesmo com desfalques, com equipes bem descaracterizadas.
Sobre a reunificação do clube
– Eu acredito na congruência das pessoas. Juntas, unidas, trabalhando em equipes. Já na semana que vem quero telefonar para o Lopes, para o Sandro Farias. Quero marcar reuniões, para encontrarmos um denominador em que a gente possa governar o clube juntos. Vou chamá-los para buscar a possibilidade de eles trabalharem na gestão. Os anos de 2013 e de 2014 serão de desafios. Mas serão muito bons. Milhares de estrangeiros estarão aqui. E o o Inter terá o desafio de ser o anfitrião de jogos importantes em um estádio que será a sede da Copa do Mundo. Por outro lado, olha que coisa maravilhosa que será o Inter recepcionar essas pessoas, internacionalizar sua marca, vender seus produtos. Iremos alavancar uma série de negócios.
Sobre o Beira-Rio
– Em 2013, a obra começa a ganhar forma. Se conseguirmos inverter o cronograma, o que terei uma posição na semana que vem, e trocarmos a drenagem do gramado agora entre novembro e janeiro e plantarmos a grama em fevereiro, a partir de abril, para todo o sempre, o Inter vai jogar em seu estádio. A arquibancada inferior estará pronta em janeiro. Em abril, o vestiário estará pronto, a iluminação, também.. A superior estará com a impermeabilização. A partir do estádio novo, a torcida vai lotá-lo a cada partida pela comodidade, pela curiosidade de estar ali.
Sobre o futebol
– Temos quatro jogos, todos importantes. Temos um Gre-Nal. Objetivos no momento são estes jogos. Logicamente, há um trabalho paralelo, que agora ganhará mais ênfase.
Sobre reforços
– Existe um jogador ou outro que já conversamos, sondamos, não passou disso. O mercado se movimenta muito, estamos conversando e vendo várias opções, mas não tem nada mais que isso. Conversamos muito com presidentes, com procuradores, empresários. Tentamos descobrir valores, fazer um mapeamento. Neste momento não tem nada. Antes do término do Brasileiro, não iremos anunciar ninguém. Mas temos de adiantar ao máximo possível as negociações para quando chegar o dia da reapresentação tenhamos o grupo reforçado.
Sobre Pré-temporada
– Vamos avaliar as opções (de locais). Em gramado ou em Bento Gonçalves temos de levar equipamentos que as academias não têm lá. Há o assédio das pessoas, que tira o foco. Mas tem a vantagem de mudar de ambiente, vai para um lugar que não é tão quente quanto Porto Alegre. Vamos avaliar, ainda. Devemos definir isso nos próximos 10 dias. Quero conversar com os profissionais da comissão técnica para chegar a um consenso. Porto Alegre é uma das possibilidades. A estrutura do Parque Gigante é boa.”
Sobre possíveis mudanças
– Mais do que questão de nomes, é importante a avaliação. No fim do Brasileirão pretendo anunciar algumas alterações. É o que o clube faz todos os anos. Não haverá nenhuma revolução, não é o caso de terra arrasada. Temos coisas boas, outras precisam de uma direção diferente, tenho pensado bastante nisso. Teremos diretor executivo. É importante para que ele esteja permanentemente em volta do futebol, aproximando as categorias de base, conferindo tudo que é importante no vestiário.
Sobre a direção do futebol
– Não pretendo publicamente tratar deste assunto. O Inter é grande, tem número suficiente entre os conselheiros. Pretendo conversar com pessoas que deram sustentação nesta eleição e com os demais movimentos políticos antes de tomar uma atitude.
Vamos torcer para que tudo dê certo! Certamente experiência não deverá faltar!
Saudaçoes Coloradas
Claudio Saldanha – BAC
Saldanha,
Quanto à eleição, a situação trabalhou muito bem e para ganhar, pois sabendo que havia 346 conselheiros e, pelo que tomei conhecimento, fez um trabalho dirigido e personalizado a cada um, enquanto que a oposição, nada inteligente, entrou com dois candidatos e dividiu os eleitores. Deu no que deu. Não adianta chorar.
Quanto às ações imediatas defendidas pelo Pauperio, sempre tive presente que prudência não faz mal a ninguém, mas o preocupante é o estilo decisório demasiadamente lento de nosso Presidente. As ações para 2013 já deveriam ter começado e vendo o resultado pesquisa da TV Ulbra (2 toques) sinalizou que 66% dos torcedores querem ação já e não aos poucos como pretende o Sr. Luigi. Deixar para término do campeonato a indicação do Diretor de Futebol e contratação de treinador poderá nos causar sérios problemas, correndo o risco dos bons já estarem acertados e contratados por outros clubes. E aí sobrando alternativas como Adilson, Cuca, Roth e tantos outros que não quero nem imaginar.
Saldanha, penso que o presidente reeleito deve entender que poucos tem uma segunda oportunidade e que a hora é de ação. O momento atual, todos os equívocos devem ser entendidos como oportunidades de melhoria, mas nossa torcida não aguenta mais conversa. Queremos ação já, mudanças radicais já, para que esperar o final do ano ou desse Campeonato Brasileiro.Os equívocos foram tantos que não dá para esperar mais. A correção e o novo rumo deve ser iniciado agora, pois o vexame já aconteceu e pode ficar pior ainda.Cansei de esperar, de entender, de tentar compreender, mas agora chega, o nosso novo INTERNACIONAL só terá (como sempre teve) lugar para os competentes. Os que não estiverem à altura, com respeito que merecem, devem ceder seus lugares para alguns mais capacitados.Chega de sofrer. Quero que a direção aproveite e aprenda, com os equívocos e os maus momentos de 2012 e voltar, o mais rápido possível, a ver meu clube ser respeitad, na grandeza de sua inigualável história. Nosso INTERNACIONAL, o Clube do Povo do Rio Grande do Sul, sim do povo, rico, pobre, preto, branco, amarelo, da crença que for, do MAR VERMELHO, que tanto nos dá orgulho e que tanta alegria nos traz.
Oremos pois a mesmice e a falta de indignação imperam nesta atual direção.
Experiência já não faltou ao Presidente no primeiro mandato, faltou atitude. Postura vencedora, até nas entrevistas o Sr. Luigi demonstra abatimento e conformidade com o estado das coisas. Ele ainda fala em disputar os 03 jogos restantes com galhardia, porém o que vemos é a submissão do time por ele e seus assessores montado a adversários que estão na terceira linha do futebol brasileiro em termos de qualidade técnica. Se for avaliarmos em termos de orçamento, bom, melhor nem querer comparar.