Fim da avalanche na Arena é exemplo

A entrevista em que Fábio Koff sentenciou a morte da avalanche na Arena do Grêmio serve de bom exemplo para Giovanni Luigi, que ganhará um Beira-Rio praticamente novinho em tempo breve.

Ocorre que, mesmo confirmando a colocação de cadeiras no espaço destinado às torcidas organizadas no estádio, Koff garantiu a permanência dos preços acessíveis ao seu torcedor. Porque a essência do espaço era, afinal, a acessibilidade mais humana ao bolso deste torcedor. A Geral e sua avalanche não passavam de figurinhas dentro do contexto.

O espaço popular no novo estádio gremista, pois, continuará existindo. Com avalanche ou sem avalanche.

Então, vejo-me obrigado a elogiar o Koff. Faz-se forçoso elogiá-lo.

É que os novos estádios que estão florescendo aqui no Brasil em função da Copa do Mundo, fixo-me no Beira-Rio e na Arena, esses novos estádios vão implementar uma nova e, de certa forma, inarredável realidade no nosso futebol. Acontece que, uma vez novos e modernos, eles passarão a ser mais caros.

Caros para os clubes e caros, sobretudo, para o torcedor.

A qualificação de “padrão europeu” que, volta e meia, a esses estádios é dada, essa qualificação, meus leitores, não é feita de graça, em vão, à toa. Esqueçam isso. A qualificação é feita justamente para escancarar uma realidade; é para dizer que o que acontece do outro lado do Atlântico pode vir a acontecer no Brasil. Isto é: estádios completamente elitizados, onde o público mais simples não tem trânsito.

Por isso é que elogio o Koff. Porque o Koff está, desde já, pondo-se contrário a este mal deplorável.

E é por isso que  rogo: espelhe-se nele, Luigi! Pense com carinho na matéria, presidente!

Não deixes o Clube do Povo morrer. É um pedido que, modestamente, lhe faço.

3 thoughts on “Fim da avalanche na Arena é exemplo

  1. Amigos é so um jogo de cena, não ha como sustentar um estadio nem com os preços atuais, logo o futebol sera para poucos os ingressos serão de ouro e disputados como trofeu tal qual nos jogos de futebol americano.
    Por enquanto vamos nos enganado, veja que esta historia da avalanche sempre foi um risco e algo que ja deveria ter sido proibido a anos. Caiu do céu para Koff e OAS e pro analogisa a AG vai lucrar com este fato.
    resumo, cadeiras em todo o estadio (ARENA E BEIRA-RIO) a preços acessiveis a quem possa pagar.
    Lamento mas sera assim ou no futuro dois times com estadios sucateados.

  2. Com certeza que no novo BEIRA-RIO, que será o estádio mais bonito da América do Sul, terá espaço reservado para as torcidas organizadas. Principalmente para nossa torcida POPULAR, incomparável no apoio a um clube de futebol. Também terá espaço para a Camisa 12, Nação, FICO, todas com uma história maravilhosa de apoio ao nosso INTER. O INTER é um clube extremamente popular. Em contrapartida, estas torcidas terão que ter um comportamento exemplar, sem rixas, brigas, que não levam a nada. NADA DO INTER, TUDO PELO INTER!!!

  3. Harry, seria tremendamente lamentável e uma traição à MASSA COLORADA a possibilidade de eletização da lotação de nossa casa, o Beira Rio. Sinceramente não acredito que haja essa possibilidade ou que tenha sido cogitada, mas o seu alerta é válido. Outra detalhe importante que mez faz acreditar que não existe nem cogitação sobre isso é que a direção, assim como a direção de outros clubes brasileiros, com certeza absoluta, sabem que o nível de vida na Europa não tem meios de comparação com o poder aquisitivo da massa trabalhadora no Brasil. Essa é a grande questão no futebol brasileiro, como manter um plantel de qualidade e não poder contar com uma receita apropriada. Por essa razão existe essa “fábrica” e venda prematura de talentos, mantendo condições favoráveis para que alguns poucos ganhem muito dinheiro, enquanto os clubes vão se sustentando como podem, servindo de vitrines e, a cada ano, sempre vendendo um ou outro.

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