Se o Céu é azul, o inferno é meu destino.
Confesso ! Confesso ! Confesso !
Até os quinze anos,fui do cô-irmão (eca!!!). Bom, todo mundo lá em casa, era e é, porque eu teria que ser diferente?
Bem, eu sempre gostei de ser diferente, de contrariar. Então, como dizem por aí, virei a casaca.
Resolvi torcer pro INTER.
Minha irmã me chama de vira-bosta até hoje.
Mas tudo tem explicação. Eu só era do lado de lá porque todo mundo era, aquela coisa do pai ser, da irmã ser, então, eu também era, mas totalmente desmotivada, sem emoção. Emoção mesmo, só pelo Colorado e não me arrependo nem um pouco de ter pulado o muro, pro lado de cá, dos campeões.
Festejei muito com meu timão, principalmente na década de 70, anos gloriosos, maravilhosos.
Eu torcia e vibrava sozinha, afinal eu era a ovelha negra da família em termos de futebol.
Acreditem, fui até vizinha do grandioso Elias Figueroa no bairro Glória. Morávamos na mesma rua, ele morava duas casa depois da minha.
Lembro das festas que a vizinhança fazia pra esperar por ele quando o INTER ganhava.
Bons tempos, de emoção, de vibração coletiva, de vizinhança amiga!
Desde então,torço, vibro e sofro pelo INTER.
Lá em casa até dá umas briguinhas de vez em quando.
Sabe aquela famosa cena do marido ir correndo ligar a TV pra ver o jogo?
Pois bem, lá em casa é o contrário. Meu marido simplesmente DE-TES-TA futebol e quem corre pra ver o jogo, sou eu.
Bom, então, os anos passaram e quando eu tinha meus dezoito anos, eu tive a honra de conhecer e conviver com o autor desta maravilha chamada Celeiro de Ases, glorioso hino do Internacional.
Pois é, este autor sensível e maravilhoso, Nelson Silva, foi avô de meus dois filhos (falecido há 20 anos). Sabem o que é poder ler e ter nas mãos a letra O-RI-GI-NAL do hino?
O papel amarelado, já um pouco comido pelas traças, mas guardado com todo amor e carinho pela família Silva. Emocionante e sem palavras pra descrever o que é poder fazer parte desta família “vermelha”, que vibra e torce a cada partida de jogo que acompanhamos pela tv ou no campo de futebol.
E tem mais: o hino é sem comparação, não existe igual!
Desculpem, mas não quero faltar com o respeito aos autores dos outros times, mas o nosso Celeiro de Ases, é muito lindo, incomparável. Letra e música.
Nada tem comparação com aquela massa vermelha de colorados, descendo a Borges de Medeiros e indo pro Gigante da Beira-Rio na semi-final da Libertadores!
Lindo de ver. Emocionante e maravilhoso! Toda macacada (como os co-irmãos gostam de nos chamar) unida.
Mas é assim mesmo né? Macacada toda junta, unindo forças, vibração e emoção.
Um grande abraço COLORADO,
Luísa Helena Dutra
Grande Lu
Quinze anos realmente é uma idade principalmente para o sexo feminino, despontar para a vida, e deu para notar que tomaste uma decisão correta e inteligente em tua vida..rsrsrsrsr Seja bem vinda e vamo, vamo Inteeeer.
Alô você Luisa!
Que bom tê-la conosco no BAC, escrevendo e nos emprestando um pouco da linda e vasta |história Colorada. Nelson Silva pertence a casta dos autores iluminados. Ele fez uma poesia e musicou nos deixou o legado de glorificar o passado enaltecer o presente e projetar o futuro. Belo texto Luisa, parabéns. Já estás convidada a comentar sempre os textos do BAC. Honraria pura!
SC
Luisa,é um prazer ler um texto feminino e com tanta emoção,parabéns ,espero que escrevas mais vezes no Blog Arquibancada Colorada. Um grande abraço colorado.
Bah! Vizinha de DOM ELIAS FIGUEROA, tendo em mãos o original do mais belo Hino de todos os times, o CELEIRO DE ASES, é muita emoção e honra. Obrigado por fazer parte da FAMÍLIA COLORADA! SC
Obrigada pelos elogios e comentários. Este texto escrevi há algum tempo, assim como outros posts que tenho no meu blog. Realmente minha troca de time me fez sentir muito melhor e ser mais eu, vibrando com vontade, prazer e garra sempre pelo nosso Inter. Obrigada a todos!
Cláudia, parabéns pela publicação do texto da Luísa. Veja que inteligência sobrevive até em meio “contaminado” pelo tradicional adversário. A escolha pelo nosso Internacional, não é coisa de “vira bosta”, mas de gente que tem bom senso e sabe o que é melhor para si. O Mar Vermelho descrito, da Borges de Medeiros, inundando o Parque Marinha do Brasil, as bandeiras, as camisas vermelhas, a alegria contagiante e inigualável torcida Colorada me levaram “aos velhos tempos” de muita felicidade. É por essas razões que, pessoas mais velhas, como eu, nos meus 67 anos de vida, continuo teimando em torcer pelo nosso Internacional e a colocar meus pensamentos, com elogios e críticas, sem medo do ridículo, nas postagens livres, sadias e democráticas do nosso BAC. Poderia encerrar com uma frase, só quem é Colorado, quem convive com nossa gente Colorada, de todas as raças, de todos os credos, de todas as condições sociais, de todas as maneiras possíveis de posicionamentos perante o respeito às diversidades, sabe o que é ser feliz, de verdade.
Luísa Helena,
Teu post está cheio de fibra e emoção.
A julgar pelo título, conclui-se que a torcida colorada estará lotando o inferno. Não importa, porque lá a torcida vermelha estará comandando as ações.
E será bastante divertido, podes acreditar!
Saudações Coloradas