Para reavivar recordações excelentes que passamos juntos relatarei uma experiência inesquecível. Sem dúvida nenhuma, a homenagem do basquete internacional na despedida do Oscar Moglia, nos dias 25, 26 e 27 de maio 1972, foi marcante em nossas vidas, pois fomos representar o basquete brasileiro no Uruguai, em Montevidéu.
Para lembrar um pouco da história de Oscar Moglia, podemos ressaltar que foi o maior astro do basquetebol uruguaio e craque indiscutível do basquete no continente americano e no mundial. Sem dúvida alguma o maior jogador de basquetebol de todos os tempos no Uruguai. Foi Campeão uruguaio (1953, 56, 57, 66 e 67), Sul-Americano (1953 e 55), 3º Lugar na Olimpíada (Melbourne, 1956), Cestinha uruguaio oito vezes (1953 a 1960), Sul-Americano três vezes (1855, 67 e 59), Olímpico uma vez (Melbourne, 1956) e Mundial uma vez (Rio de Janeiro, 1954). Foi um jogador extraordinário, gênio em época de jogadores geniais, que se converteu em um mito, um símbolo e um exemplo aos iniciantes e praticantes do basquete celeste.
A despedida de Oscar Moglia foi promovida pelo C. A. Welcome (seu clube) e o programa foi esse:
Dia 25/05/72
– Desfile das delegações
– Seleção Bahia Blanca (Argentina) x Internacional (Brasil)
– Welcome (Uruguai) x Boca Juniors (Argentina)
Dia 26/05/72
– Seleção Bahia Blanca (Argentina) x Boca Juniors (Argentina)
– Welcome (Uruguai) x Internacional (Brasil)
Dia 27/05/72
– Boca Juniors (Argentina) x Internacional (Brasil)
– Welcome (Uruguai) x Seleção Bahia Blanca (Argentina)
– Entrega dos prêmios.
Jogadores do Internacional:
– Delcio Alexandre Borges (1,88)
– Siegfried Alexandre Ellwanger (1,90);
– Telmo Cunha Zanini (1,85);
– Rubens de Andrade Goulart (1,95);
– Tiaraju Índio De Bem (1,91);
– Sergio Luiz de Macedo Ussan (1,95);
– Sergio Einloft (1,82);
– Juarez Gerhardt (1,80);
– Nesio Paim Guedes Filho (1,75);
– Antônio Carlos Pauperio (2,00);
– Carlos Alberto Silveira Thys (1,81);
– Antonio Carlos Uhr (1,81).
Treinador:
– Eron Heinz
Observação: Nesse momento a memória me falta e não consigo lembrar agora de toda a delegação Colorada e, por essa razão, peço minhas desculpas.
Só para “mexer com os brios” e reavivar um pouco a memória, depois vencemos, de forma invicta, em Santa Maria, o Campeonato Estadual de Basquete do Rio Grande do Sul (1972) derrotando todos os clubes, inclusive o favorito da mídia da época, o Cruzeiro (de Porto Alegre), cantado em prosa e verso e que havia nos “levado” o título citadino, no Ginásio da Brigada Militar.
Penso que, quem sabe, com o atendimento a esse chamamento aos “basqueteiros” e com a importante participação de vocês, “tirando do armário as lembranças” e publicando-as, um dia conste, no site oficial do nosso Internacional, uma linha sobre a “história esquecida” do nosso basquete vencedor, seus brilhantes e inesquecíveis jogadores do passado e que tanto deram orgulho à torcida Colorada. Se cada um de nós procurarmos nas gavetas aquelas reportagens e fotos que tanto nos davam orgulho e juntarmos com o pouco dos demais, teremos uma história muito especial para deixar registrada, a história do basquete Colorado. A mesma injustiça vejo quando “esquecem” o vitorioso atletismo Colorado, motivo de tanto orgulho no passado.
A todos os que nos honram com as suas participações no BAC, por favor, juntem-se a nós, para uma vez terminada a remodelação do Gigante da Beira-Rio, iniciarmos um movimento de sinergia Colorada para a remodelação do Gigantinho e da volta do esporte amador vitorioso em nosso Internacional.
Na foto logo abaixo do título do post, em pé, o terceiro da direita para a esquerda, é meu tio: Nelson Monteiro Neto, conhecido como Nelsinho…
Paupério com certeza não me conheces ,mas fui atleta da caTegorias de base do INTER QUANDO TU ERAS ADULTO. Eu entrei no Inter em 1972 e saí em 1977 voltei como preparador físico em 1981 e técnico das escolinhas e do infantil em 1982. Por estas coisas da vida me tornei um técnico de basquete e no momento estou afastado por não ter mais tempo para me dedicar ao basquete.O nosso INTER até hoje é o maior gahador de títulos estaduais 15,ningém até hoje superou esta marca e concordo contigo que o Basquete no nosso clube do coração está esquecido.Eu criei um grupo no face Eu joguei basquete no Inter justamente para resgatar algumas memórias de nosso esporte no clube do coração .Um abraço João Niederauer
Nostalgia pura. Mergulhei no texto e fui parar nos anos 60 um pouco antes da geração referenciada por ti e fui me rever ouvindo grandes embates entre Petrópole x União, Cruzeiro x Eles e NÓS contra eles todos. Não tinha saída ou era ginásio ou rádio. Naquele tempo as emissoras da capital (Gaúcha, Guaiba, Farroupilha, Difusora) cobriam especialmente o campeonato metropolitano. Minha memória buscou nomes como Madrinha, Musso, Bernardoni. Como bem abordastes muito se deve o surgimento do Gigantinho aos esportes amadores onde grande fatia pertence ao Basquete. Recomeçar é possível? Acho que é. A que ter interesses pessoais, profissionais e comerciais. Seria ótimo especialmente para a juventude que o basquete retornasse com toda a sua pujança.
SC
Mello, não citei nenhum dos “mais rodados” por uma questão de repeito, mas curtia muito o Madrinha, Delcio, Airton (Bernardoni), Graeff (as torcedoras “adoravam” as pernas dele), Kalil (queijo), Décio (mão branca), Musso e tantos outros que só trouxeram alegria a torcida Colorada e respeito ao nosso Internacional.
Nunca esqueço uma partida em que o Garret (um gringo gente fina que só fala inglês e jogava com a gente), em um jogo em Livramento, nosso treinador e grande amigo Heron, disse em gestos para ele ter mais luta, mais garra, pois o jogo estava “duro” e ele entendeu para “agarrar”. Quebrou o maior “pau” do mundo, só contido pela BM e quando o ônibus da delegação Colorada saia do estádio foi apedrejado e o querido “Espingarda” (desculpe, não recordo o nome dele), que já havia se machucado e agredido, começou a cantar o hino do Internacional. Esse, assim como o masagista Maçarico (desculpe, mas também não recordo o nome dele) pelo carinho e cuidados que tinham com todos os jogadores Colorados mereciam uma postagem só sobre eles.
Na foto, da conversa decontraída na quadra interna dos Eucaliptos, no canto superior a direita aparece Lawson (cortado), um dos maiores caráter, companheiro e jogador que vi jogar.
Volto a falar também do esquecimento do atletismo Colorado tão vitorioso e que muitas vezes fui assistir nas pistas da Sogipa, com meu velho pai Fredy, e que merece também um resgate de sua história. Gostaria de residir em Porto Alegre e fazer uma pesquisa nos arquivos da Cia. Caldas Junior (Correio do Povo, Folha da Tarde e Folha Esportiva da época).
Penso que os dirigentes da época, se ainda no meio da gente ou seus descendentes, como o Balbão, Cassel, Heron e outros memoráveis e abnegados Colorados, poderiam ajudar a reconstruir essa esquecida, respeitada e linda história do basquete Colorado.
Olá boa noite eu sou o genro do Musso, o inesquecível Ubirajara dos Santos Eu e a minha esposa Inajara(filha do Musso), gostaríamos de te agradecer profundamente pela singela lembrança.
Caso tenha interesse de Manter contato ficaremos , gratos.
Um grande abraço e mais uma vez obrigado por lembrar do nosso eterno “Bira”
Olá boa noite eu sou o genro do Musso, o inesquecível Ubirajara dos Santos Eu e a minha esposa Inajara(filha do Musso), gostaríamos de te agradecer ao sr. Paulo Melo profundamente pela singela lembrança.
Caso tenha interesse de Manter contato ficaremos , gratos.
Um grande abraço e mais uma vez obrigado por lembrar do nosso eterno “Musso(Ubirajara)”