Meu time do coração, o Internacional, faz 105 anos de existência. Passei a ser colorada depois dos 15 anos, onde até então, eu era torcedora do co-irmão.
Sim, eram os anos dourados e de glórias do Internacional, anos 70. Apesar de muitos me chamarem de vira casaca ou de vira bosta, respondo que se o sentimento que eu tinha pelo co-irmão fosse realmente verdadeiro, eu jamais teria mudado. Minha infância de torcedora era sem motivação, com certeza. O que eu poderia fazer se toda a família torcia para o co-irmão? Torcer também, mas sem este sentimento que hoje sinto ao assistir aos jogos do nosso glorioso Internacional. Foi então que compreendi e entendi que era colorada. Pronto, não se discute mais este assunto.
De lá pra cá, vi meu time ser campeão de tudo, assisti também a muitas derrotas, mas em nenhum destes anos, tive o desprazer de vê-lo na segunda divisão. Caso isso aconteça algum dia (bati na madeira três vezes), com certeza, lá estarei eu, torcendo por ele. Eu e toda a macacada reunida.
De futebol, entendo pouco, entendo mesmo, é de torcer, não sei e não gosto de discutir títulos, perdas e ganhos. Deixo tudo isso praqueles que realmente sabem e que têm propriedade pra uma bela discussão, assim como faz minha amiga Claudia Loch e como fazia meu filho Marlon, que já não está aqui conosco na terra, mas que com certeza carregou com ele, toda a paixão que ele tinha pelo Inter.
Neto do autor do glorioso Celeiro de Ases, Nelson Silva, o Marlon foi criado com amor e paixão desmedida por este time que nos faz tão bem e às vezes, nos faz chorar também.
Na data do aniversário do Inter, se ele estivesse aqui conosco, com certeza, já teria escrito um texto em sua homenagem, narraria com beleza o sentimento que ele tinha de ser colorado fanático. É uma data alegre, de comemoração, mas não posso deixar de dizer que nesta data em que é aniversário do Inter e de inauguração do novo estádio, sem ele aqui, pra mim, está incompleta, pois a saudade e os gritos de “Feitooooo”, de quando o Inter fazia gol, ainda são lacerantes dentro de mim.
Mas apesar de toda esta melancolia e saudade que sinto, tento suprir com a mais nova coloradinha fanática que temos em casa e que é filha dele, do Marlon: Nathália. Em seus cinco anos de vida, ela já sabe que em dia de jogo, tem colocar a camiseta do Inter (e nos dias que não tem também), torcer e gritar pelo Inter. O Marlon nos deixou muito cedo, mas deixou esta sementinha linda que lembra do pai com muita saudade e em qualquer objeto que tenha o símbolo do Inter, ela diz: “O papai gostava do Inter, né vovó? Eu também, sou Inter, que nem ele”.
O que sei fazer por este time, é torcer pois, como já disse, não entendo nada de datas e títulos ganhos, mas acredito que pra quem é colorado de verdade, o que importa mesmo é isso, torcer com paixão, com garra, pelas vitórias e esmurrar a parede de raiva na hora das derrotas.
Mas e daí, porque eu deveria me importar com estes detalhes se o que eu realmente sei é que o Inter NUNCA foi pra segunda divisão e o melhor, é CAMPEÃO DE TUDO?
Parabéns meu Inter. Abraço aqui, todos os colorados e abraço em lembranças e saudade, meu filho Marlon, que com certeza, estaria muito feliz com esta comemoração.
Dá-lhe Inter, PRA SEMPRE!
Luisa Dutra
Luisa,
o Marlon foi homenageado pelo espetáculo. Quando os atores representando os Poppes disseram ” que volte a tradição e nossa história” eles falavam de jogadores, dirigentes e torcedores que empurravam o time pra frente. Tenho certeza que o Marlon está satisfeito com as festas que fizemos e que está perto de você e da filha, para faze-los lembrar de momentos bons!
Alô você Luisa!
Tenho absoluta certeza de que o Marlos assistiu a todo o show e o jogo inaugural em posição privilegiada ao lado de seu avô, NELSON SILVA, e mais uma infinidades de colorados como Dalegrave, M.Librelato, Escurinho só para citar alguns. A sementinha que deixou contigo, tua querida netinha Nathália é que agora está aí a mostrar a reprodução do mais autêntico segmento colorado eternizado em amor e paixão. Coloradamente,
Melo