Sim hoje é seis de abril certo? Hoje é dia de jogo de reinauguração? Então todos ao GIGANTE. Chegar bem cedo para poder escolher o lugar preferido, se impõe, então, 12h30minhs e lá fomos nós. No caminho entre as conversas sobre o espetáculo do dia anterior vinha um pensamento ruim. E se o primeiro gol não fosse nosso? Perder não perderíamos, não tenho dúvidas, éramos 50 mil contra onze, não tinha como, mas o primeiro gol.. Em seguida esse pensamento sofria em uma carga de pensamentos positivos e era pulverizado. Eu conhecia todos que estavam no estádio, nos cumprimentávamos, nos abraçávamos, nos parabenizávamos claro que nos conhecemos, pois somos irmãos.
Acomodados, pudemos ver o orgulhoso desfile de representação dos Consulados Colorados. Esses colorados receberam uma justa homenagem pelo seu trabalho, especialmente nos últimos anos devendo ser creditada a eles significativa parcela pelo expressivo número de sócios alcançado.
O Inter entrou em campo ao estilo competição mundial, com a arbitragem à frente e tendo o Penharol ao seu lado. Hinos, com a já habitual falta de educação de parcela dos torcedores entoando cânticos sobre os acordes do Hino Nacional (só pra não dar a nota dez pra tudo) e fomos pro jogo. E não é que o jogo era jogo mesmo? Pegado, marcado e até com certa precipitação especialmente por parte do Inter. É Claro que nosso centro avante não era Claudiomiro, tampouco o zagueiro uruguaio chamava-se Figueroa como em 1969, mas a qualidade, especialmente por parte do Inter era uma promessa posto que, em campo a exceção de Juan e Alex estavam todos os titulares . Mas esse jogo não é pra se analisar, é para se admirar, curtir, gravar de todas as maneiras possíveis para a posteridade. No embalo do fim de semana festivo todos ficamos um pouco escritores e produtores. E aí e gente fica imaginando o final da partida. Pense em alguém que mereceria fazer o primeiro gol, pensou? Pois é, aos três minutos ELE e sua “la boba” provocaram uma falta, longe da área. Mas ele partiu pra bola e a mandou no ângulo superior direito deixando o goleiro uruguaio petrificado. Entre gritos e abraços lembrei-me de Pedro Carneiro Pereira, tido pelos meios como o maior narrador radio-esportivo do sul do país na época, narrando há 45 anos: -“Claudiomiro provoca a maior explosão já vista em Porto Alegre”, gritava ele ao microfone da Rádio Guaiba, no primeiro gol Colorado contra o Benfica, on primeiro gol do Gigante. Eu ouvi o Pedro narrando o gol do D’Ale. Mais oito minutos e Aranguiz descobre Valdívia que gira e sofre o pênalti. É claro que “Cabezon” foi lá apanhou a bola e guardou o segundo. Depois disso o jogo ficou até chato, desinteressado, mas quem estava interessado em jogo? No segundo tempo Abel, por fim, alterou toda a equipe. Aos 12 minutos nova explosão, Índio é chamado e entra. A torcida foi à loucura, quando D’Ale, de maneira genial, lhe passou a braçadeira de capitão como uma singela homenagem de todos os seus companheiros diria D’Ale mais tarde em entrevista. De interessante nada mais aconteceu a não ser o gol uruguaio que sacramentou o mesmo 2 x 1 de 1969. Encerada a partida o troféu alusivo foi entregue ao “capitão Índio” para que o erguesse, Índio levantou o troféu foi até a torcida Popular e se emocionou as lágrimas. Tendo como “guarda” todo o plantel do Inter, deu a volta olímpica muito emocionado, carregando o trófeu outorgado ao vencedor da partida. Várias vezes parou fez reverência aos torcedores sempre muito emocionado, ás lágrimas. O curioso é que não houve anúncio de despedida, mas todos agiram como se fosse, inclusive ele. Alguns de seus companheiros, assim se manifestaram:
– Nada mais justo que homenagear esse cara, que é o mais vencedor que temos e o maior da história do Internacional – comentou Rafael Moura.
– É um cara que tem uma carreira invejável, sempre nos ajudou. Ele merece tudo – destacou o camisa 10 e capitão D’Alessandro.
Em tempo: Abelão pediu para que se renove o contrato do Índio até o final do ano.
Se pedíssemos para fazer um roteiro para que fosse cumprido à risca, talvez não fizessemos tão bem. Esse foi perfeito, parabéns ao seu AUTOR.
TENHO DITO!
Melo,
Viste o jogo que também vi.
A esclarecer aos colorados preocupados a respeito da 1ª volta olímpica no Novo Beira-Rio. Sem qualquer risco, ela já foi dada ontem mesmo ao conquistar a taça da reinauguração (foto acima). Admitindo-se que no domingo não tívessemos êxito, mas isso não vai acontecer, como em todas as outras inaugurações de estádios, a 1ª volta olímpica sempre foi colorada.
SC
Alô você Heleno!
Essa linha de pensamento é também de muitos colorados, mas eu acho que o greNAL, não sai no GIGANTE.
Coloradamente,
Melo
Realmente,este fim de semana teve um roteiro perfeito. A festa de sábado “Os Protagonistas”,foi emocionante,perfeita,grandiosa,á altura de um grande clube como o Inter. O jogo de domingo foi tudo de bom,um dia lindo,boas companhias e o D’Ale fazendo a nossa alegria. Agradeço á TODOS que participaram da realização desta festa,pois me senti como uma criança que ganhou de Natal um presente inimaginável. BRIGADUUUUU!
Alô você Ju!
Dois dias/noites de muitas emoções. Na primeira o inusitado na segunda o já esperado mas absolutamente muito ageradáveis.
Coloradamente,
Melo