Entrando ou saindo de foco

Após cinco vitórias consecutivas (duas sabemos como: na sorte) e chegar a dormir na liderança do Brasileirão, o Internacional dá sinais de que necessita de um padrão de atuações convincentes para ganhar a nossa confiança. As recentes derrotas só comprovam isso, expondo algumas fragilidades coletivas e individuais, com a total responsabilidade de Abel Braga.

Ainda noG4 do Brasileirão, o time é pesado na defesa, lento no meio-campo e sem mobilidade no ataque. Jogadores se mostram apáticos, cansados e falhando a todo instante.  Os jovens promovidos da base e alguns campeões brasileiros sub-20 recebem poucas chances, entram quando os jogos já estão perdidos, e não ganham uma sequência na equipe, sendo preteridos pelos jogadores indicados pelo treinador. Paulão, Ygor, Wellington Silva, Jorge Henrique e Rafael Moura recebem salários bem maiores e ainda a proteção do técnico no vestiário. O poder que é dado irresponsavelmente, atrasa e prejudica os clubes, que são coniventes e incapazes de cobrar devidamente seus “comandantes de vestiário”.

Agora Nilmar surge como solução. Sinceramente não enxergo na contratação de nosso querido atacante uma solução para nossos problemas. Nem Larry, nem Sapiranga, nem Geraldão, nem Figueroa, Valdomiro e Falcão dão jeito nesse time se a filosofia não mudar. Mesmo que Inter e Nilmar cheguem a um acerto, dificilmente o atacante terá condições de ser titular de Abel Braga imediatamente. É mais provável que ingresse na equipe apenas na reta final do Brasileirão. Como antes, nosso ano termina em setembro e tem sido assim desde 2007.

Nilmar não joga uma partida quase cinco meses realizando apenas treinos físicos e fisioterapia. Além disto, Nilmar atuava desde 2012 no futebol do Catar, uma liga de pouca expressão e baixa competitividade. Somos um País de extremos, no clima, na vegetação, na economia, na educação e também no futebol. Todos os 20 maiores clubes brasileiros têm grandes dívidas e pelo menos dez pagam inacreditáveis salários a técnicos e jogadores. No Brasil, os profissionais recebem mais do que se estivessem jogando nos times médios da Espanha, Inglaterra , Portugal ou Itália. Esse é o extremo positivo para esses bem-aventurados profissionais. Mas no extremo negativo, muito maior e envolvendo a maioria dos clubes e profissionais, a realidade é proporcionalmente inversa.

Ah, e o Cruzeiro tá longe… beijocas!