O que se espera é futebol

Alegria, alegria, 2015 chegou! | Foto: Alexandre Lops

O Inter de 2015 começou mexendo com meus cinco sentidos adormecidos nesses quatro anos. As contratações, as palavras e ações estão moldando o time que eu desejo ver, enfim, campeão de algo importante. Reitero minha decepção com muitos colorados que se colocaram ao lado de Giovanni Luigi, o chamando de “grande presidente” (isso mesmo, sem sarcasmo) devido à reforma do Beira-Rio.

Sim, o ato foi grande e corajoso, mas como presidente de um grande clube fez muito menos do que poderia. Luigi não foi nem um bom presidente, se apegou a um único projeto grande e fez apenas isso em dois biênios de gestão. Não temo, persisto que um clube de futebol precisa ter um bom time de futebol e isso nós não tivemos durante o tempo que ele esteve à frente do clube. Alguns colorados foram hipócritas sim.

Mas para não começar o texto apenas com o ar pesado que respirei durante este tempo, digo – é um prazer gigante ter Diego Aguirre como treinador. Para quem não sabe, acompanhei Aguirre no Catar na época em que Nilmar jogava no Al-Rayyan. Assistia a todos os jogos e, mesmo não podendo comparar muito o futebol árabe com o brasileiro, me arrisco a dizer que o treinador uruguaio apostava na velocidade de Nilmar e fazia disso seu maior trunfo. Minha alegria em revê-los agora no Inter não se mede.

Nilton, Réver, Vitinho e Léo. É um bom pacote de reforços, principalmente com a contratação de um bom zagueiro e um bom volante. Luiz Fernando Costa, vice de futebol, foi surpreendente em diversos aspectos, principalmente por interromper um bilhão de vezes uma entrevista ao Globoesporte.com para dar atenção aos assuntos do futebol do Inter. É uma pré-temporada agitada e espero que Luiz saia bem do hospital, depois do infarto que ele teve, e que moveu meu cérebro de lugar – ultimamente tenho estado apegada a gente competente nesse clube.

O amistoso de sexta marca um momento histórico, onde um time estrangeiro parece voltar para casa. 3 ex-jogadores do Inter – Taison, Luiz Adriano e Fred, mais um grupo de outros brasileiros – o jogo não será assim, tão desconhecido, afinal, o estilo é brasileiro e isso não se renega e não se muda. É incurável.

O que espero de Aguirre é a certeza de que um time ofensivo e ao mesmo tempo marcador é o segredo. Meus ideais são: Utilizar Aránguiz como o grande jogador surpresa que não cumpre apenas uma função e abusar das formas de jogo de Andrés D’alessandro. Enxergar que Nilmar não é jogador que espera por uma bola, mas que vai atrás de todas. Entender que o grande desafio é não se concentrar apenas no meio de campo e tentar ao máximo tabelas em jogadas na lateral que facilitem a movimentação da bola e dos jogadores. Apostar em uma defesa sólida, que seja veloz e competente, e depois disso, que marque gols.

Nada do que Aguirre não possa saber e nada impossível de ser feito. O elenco começa a tomar a forma precisa de um time que disputará os melhores títulos do ano, em busca de esquecer de vez os dois biênios que escureceram a história vitoriosa do Inter no futebol.

3 thoughts on “O que se espera é futebol

  1. Também tenho que concordar com o Melo Jéssica.
    Apesar de ter uma influência direta menor nas nossas vidas do que a política partidária do país, podemos comparar os fatos. A política prejudicou bastante o Inter nestes últimos anos. Em vez de se unirem para trabalhar pelo clube, ficaram 4 anos criticando de forma muitas vezes leviana… Então, como preguei isso durante os últimos anos, não posso deixar a coerência de lado e fazer diferente. Vamos lá, apoiar, ajudar, acreditar! O Inter é nosso.

  2. Concordo e faço minhas as tuas palavras, caro Melo. O Presidente Luigi sofreu demais no cargo, tendo que enfrentar empresários, parte da mídia, a FIFA, políticos, a oposição interna e a impaciência dos torcedores. Quase que a Copa não sai no Beira-Rio (e os segundinos já estavam manobrando para levá-la para fora de Porto Alegre, lá pros lados da freeway). Não fo fácil segurar o rojão. E apesar de todas essas dificuldades tentou-se fazer um grande time. As escolhas não deram certo, em sua maioria. Mas temos Aránguiz, por exemplo, vestindo o manto sagrado na gestão de Luigi. Então, não podemos cometer ingratidão. Devemos agradecer por tudo o que foi feito pelo Presidente Luigi e por seus assessores. SC

  3. Alô você Jéssica!
    Respeitando sua opinião em relação ao presidente Luigi me permita divergir. Luigi não foi grande por fazer uma reforma do Beira Rio. Luigi foi grande por sustentar a Copa em Porto Alegre e por dirigir habilmente um processo que teve como resultante o afastamento de quase todos aqueles que queriam fazer a obra com recursos próprios. se afastaram porque não concordaram com a democrática decisão do Conselho. está provado que Luigi estava certo, não haveria condições de tocar obra com recursos próprios. Até hoje a Andrade Gutierres pena para vender os SKY Box e Suites que em tese seriam a sustentabilidade da conclusão do Beira-Rio na visão da ala oposicionista. E o futebol? Mesmo não tendo chegado onde nós todos queríamos, não se pode dizer que tenha ido mal (a excessão foi 2013 no Nacional). Na gestão Luigi o Inter manteve a hegemonia no futebol gaúcho. Nos tempos modernos nenhum presidente saiu invicto em campeonatos gaúchos como ele. Foi 3º colocado no último nacional, deixou o time na Libertadores. Cometeu equívocos em contratações é verdade, mas trouxe Nilmar, Alex, Forlan, Dagoberto, Juan, que a maioria da torcida queria manteve D’Ale, saldo positivo. Vendeu, e muito bem, Damião. Mas como escrevestes chega de amarguras e vamos ao Beira-Rio para ver o novo/velho Inter. Vamos ver a cara do Diego Aguirre e vamos ver como se comportam Sasha e Nilmar no ataque, minha maior expectativa.
    COLORADAMENTE,
    Melo

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