Como o Inter nunca venceu uma partida pela Libertadores em sua estreia fora de casa, o Milani pode dormir mais tranquilo. Porque o placar foi um clássico 3×1 para os bolivianos com Escobar fazendo as vezes de D’Alessandro e Chumacero de Charles Aranguiz. Em um primeiro tempo em que só o adversário jogou a escalação de Aguirre escolhendo Anderson para privilegiar a posse de bola não deu certo. O Inter não teve a bola, apenas via o adversário jogar e marcava… Marcava mal. O primeiro tempo foi um filme de terror para a equipe colorada que estava a todo instante mal posicionada na marcação, a equipe pareceu sentir ainda mais a altitude.
Logo no início o Inter teve uma chance com Nilmar em uma escapada que quase se transformou em gol. O gol dos bolivianos saiu cedo e antes dos 15 minutos o Inter já perdia de 2×0. O grande problema no primeiro tempo foi que o Inter se limitou a esperar o adversário que veio com vontade e executava mal suas funções defensivas. Erros de passes e jogadores trotando em campo. Nilton inexistia, o sistema defensivo marcava a bola que rapidamente se deslocava entre os pés bolivianos.
Em uma virada de bola de D’Alessandro, que Anderson não acompanhou sacramentou a entrada de Vitinho. Era Aguirre tentando consertar seu equívoco. Sasha corria apenas acompanhando o lateral isolando Nilmar no ataque e D’Alessandro tendo de correr pra alcançar lançamentos que na verdade eram chutões na frente. O primeiro tempo terminou por 2×0 para o The Strongest, mas poderia ter sido mais.
No segundo tempo, o Inter conseguiu emparelhar o jogo, mas suplantou fisicamente os bolivianos voltaram a carga com vários escanteios ao seu favor. Alex só aquecia e quando parecia que ia entrar, Rafael Moura foi a campo. As nulidades do primeiro tempo voltaram e o Strongest, através do Aranguiz deles marcou o terceiro gol. Temi pelo quarto gol boliviano. Para complicar, Nilmar deu um pisão no defensor do Strongest e acabou expulso, deixando o Inter sem opções na frente para reverter o prejuízo.
Espero que essa derrota sirva de lição. Não vamos fazer terra arrasada e nem mesmo crucificar Aguirres, Niltons ou Dalês. Os campeões são forjados através de derrotas como estas, se bem assimiladas. Na verdade, o Inter pagou o preço de um péssimo primeiro tempo e acabou derrotado pelo Strongest, na noite de ontem em La Paz (Bolívia).
Na rejeição é que campeões se erguem para a vitória. Enxergar as falhas de nossa equipe como oportunidades de forjar um time melhor é o que deve ser feito por Aguirre. Devemos ver o jogo desta terça feira como aprendizado que deve nos ajudar a ver os conflitos em casa de forma diferente. Temos, a partir de agora, de enxergar esta derrota expressiva como oportunidade. É através dos golpes e situações como esta que nos lapidamos para enfrentar e vencer equipes maiores e chegar ao título.
Inter: Alisson; Léo, Alan Costa, Ernando e Fabrício; Nilton, Aránguiz, Anderson (Vitinho) e D’Alessandro; Eduardo Sasha (Rafael Moura) e Nilmar. Técnico: Diego Aguirre.
AGUIRRE ESTÁ PERDIDO. TÁ NA CARA QUE ELE NÃO SABE O QUE FAZER COM O INTER. ESTE INTER COM MELHORES JOGADORES DE 2014 É UM TIME PIOR.
NÃO TEMOS VOLANTE. Em caixa alta mesmo,porque eu não consigo mais ver o INTER jogando sem protejer a defesa. Não existe defesa que resista,placar que não se alargue…Nilton não existe e ARANGUIZ não é volante.Não no INTER.E o preparo fisico morreu quando os volantes não jogaram (mais uma vez) e o Dale se matou por ali… O sonho era um empate. Porem me assusta mais o jeito que jogamos do que o resultado….
Simone, antes de mais nada, bom comentário, repleto de verdades e reflexões a fazer. Não sei, penso como você, sem terra arrasada, mas o período de testes do atual treinador passou e penso que a escalação foi fundamental para o resultado, assim como a falta de convicção em uma aposta de um time titular. Não consigo entender determinadas opções desse treinador, nem mesmo a lógica da escolha dos jogadores reservas. Nenhum time ao recuperar a bola na defesa pode dar certo só se desfazendo das bolas. É chutão para todos os lados. Mal posicionados, parecem perdidos, chutando bolas para o alto e para a frente da área, coisa que em qualquer pelada a gente sabe que não deve fazer. Dessa maneira não precisaria ninguém no meio de campo, pois é defesa contra defesa/ataque. Veja, D´Alessandro sacrificado jogando e marcando pela direita? Anderson recém chegado, titular no jogo de estreia, no mínimo uma aposta em momento inoportuno, sem o preparo físico adequado e totalmente desentrosado. A zaga sem nenhuma proteção frontal. Nilton é muito lento, se desloca e não volta. Quem faz o papel de outro meia de contenção? Anderson, D´Alessandro, Aranguiz, Sasha? O Internacional não ganha um rebote porque não tem ninguém naquela posição. Aranguiz se destacou jogando da meia direita para a ponta e vice versa. Sasha se destacou nas mesmas funções. Quem joga junto com Nilmar? Para quem passar a bola? Com quem tabelar? Veja que quando colocou o Vitinho na esquerda e passou o Sasha para a direita melhorou, mas já faltavam “ar e pernas”. Sinceramente foi a continuação da indefinição tática do campeonato gaúcho, com as mesmas deficiências, retrato fiel do momento do time Colorado. Está na hora de acabar com as invenções, experiências, apostas, ter mais coragem em substituir peças que não estão rendendo bem e definir uma forma de atuar (com alternativa), um time titular, para buscar um rápido entrosamento, conjunto e mais coesão, antes que seja tarde demais. Não conheço futebol, mas treinadores que chegam ao sucesso sabem aproveitar cada jogador nas posições que suas características se apresentam melhores, possuem a coragem suficiente para barrar os que não se apresentam nas melhores condições e buscam os reforços para posições que não podem ser preenchidas com o plantel disponível. Essa opção de “achar” espaço para todos os “medalhões” acaba nesse time “torto” para a esquerda, desprotegido na defesa e sem força no ataque.
O Inter foi preocupante e temos que cuidar que Anderson não vire a piada sem graça do Beira Rio!
O Inter foi realmente decepcionante. Mas ‘fritar’ o Aguirre desde já não ajuda muito. Creio que se o time passar cambaleante pela primeira fase (e vai) o Piffero contrata o primeiro técnico medalhão que cair dos ‘grandes’ clubes brasileiros…
Espero que você tenha realmente razão e que esta derrota sirva de lição para o Inter. Creio que a batata do Aguirre já está assando nas mãos do Piffero Dos males o menor: poderia ter sido 4 ou 5…