O que faz com  que as pessoas resolvam percorrer correndo 42.195m ? O início dessa história remonta a 490 AC e foi protagonizada por Pheidippides um valoroso soldado de Atenas a quem foi confiada a missão militar de cobrir essa distancia para informar que precisavam reforços. Graças a sua exitosa ação a guerra foi vencida. Conhecer os limites parece que virou clichê. Há quem faça isso profissionalmente. Bem sabemos que a população africana descobriu que eram praticamente imbatíveis nessa modalidade e parece até que escalam alternadamente atletas para irem “buscar”, sejam homens ou mulheres, as premiações em todos os recantos do mundo . Muito raramente o vencedor tanto da categoria masculina como feminina deixa de ser um representante do continente Africano. Mas esse não é o nosso foco.

Nos atrevemos a contar em breve espaço a história de KARÍNI  ou Karíni Gaucha como ela se auto intitula. Pois Karini treinou durante um ano e no domingo  e foi encarar esses tais de 42.195m. Karini é profissional? Não, Karini tem posição definida e faz do esporte um lobby. Em sua cabeça a firme determinação de cumprir integralmente o percurso, mas ela bem sabia que isso não seria nada fácil, mesmo que tivesse se preparado para tal. Ela não queria vencer a corrida, queria derrotar o percurso. Como que se cobrando colocou sua camiseta do INTER.

Imputou a si mesmo uma responsabilidade de representar o seu time do coração, não havia espaço para insucesso. Ela então estabeleceu uma competição onde os adversários do Inter que nesse caso era ela não eram os atletas que com ela competiam,  eram os centímetros. Cada metro percorrido era um adversário derrotado. Buscou aí sua fonte de energia. As palavras são dela: ” foi emocionante o apoio que recebi por usar minha camisa vermelha, a força dela foi realmente fundamental” “Nos últimos 2 km passei em frente ao Beira-Rio e levantei meus pensamentos aos Deuses do nosso estádio. Pedi a eles que enchessem minha camisa vermelha de energia pois só queria terminar a prova. Já estava com assaduras, sangrando, as pernas doendo muito. Algo  como um raio veio direto a minha cabeça, aquilo me deu uma energia que saí correndo atras da bike da minha irmã como se não tivesse até ali corrido 40km, foi lindo”. “Chegando, pessoas desconhecidas gritando: – Vamos colorada! “Tenho muito orgulho e me emociono muito com tudo que essa camisa vermelha.

Pois, como o soldado Pheidippides tu cumpristes a missão. Ele que ao final diante das agruras do percurso puxou todo o ar de que dispunha para dizer:

“Νενικήκαμεν”  (vencemos)