Camisa 9

Carlitos é simplesmente o maior goleador da história do Inter: marcou 485  gols ao longo da sua carreira. O status atingido pelo ex-jogador, pelo dom de balançar a rede contrasta com a dificuldade de o clube ter dificuldades para encontrar um centroavante capaz de satisfazer toda a torcida. Desde que Píffero assumiu o comando do clube, apenas Lisandro Lopez chegou com a missão de fazer gols. Na última temporada, Lopez e Moura pouco mostraram justificando o saldo 1 em gols na tabela de classificação ao final da 38° rodada. No entanto, não foram raros os momentos de contestação por parte das arquibancadas. Lopez deixou o clube no fim do ano passado e Moura permanece mas pode ir para o Atlético MG em mais um favor prestado por Diego Aguirre.

Pouco se demonstra confiança nos centroavantes que farão parte do elenco na temporada que se inicia. No entanto, admite que o camisa 9” é difícil de ser contratado e realmente está sujeito a críticas. Afinal, é direcionada a ele muita da responsabilidade que uma equipe tem de transformar suas chances em gols.

Não é complicado achar, mas contratar atacantes, por causa dos preços absurdos. Eles são muito valorizados exatamente pela responsabilidade que têm. Assim como o goleiro está ali para impedir os gols, os centroavantes estão lá para marcá-los. O atacante de área é muito cobrado para ser decisivo. Se num jogo o time for mais ou menos, na visão de muita gente a culpa é deles. Mas só que hoje em dia uma equipe precisa de dois ou três atletas para fazer gols. Antigamente era algo direcionado a um homem, o artilheiro, o 9.

O Inter teve vários camisas 9 competentes. Citá-los é desnecessário (se bem que também faltará espaço). Atualmente é difícil encontrar centroavantes competentes tecnicamente e viáveis economicamente.

Admite-se que a função depende muito do talento individual, mas afirma-se que o rendimento do centroavante depende muito do rendimento de toda a equipe. Quando o atleta nasce com isso, mas dentro de campo ele evolui com as condições que o clube dá e com o trabalho de todo o time. Espero que o Inter acerte logo com dois centroavantes: um incontestável e outro uma aposta.

E a grande surpresa, que eu espero, será Bruno Baio. Que o Inter use o Gauchão para dar chances à Aylon e Baio. Apostamos alto no ex-zagueiro que mede 1,97.

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Quando chegou ao Inter vindo do São Paulo, Bruno Baio era zagueiro. Tinha 15 anos e pouca condição. Seria dispensado pelo clube não fosse uma observação feita pela comissão técnica da época: um jogador com tamanha imposição física poderia ser mais útil na frente do que atrás. Baio era ótimo cabeceador, mas pecava em posicionamentos para ser zagueiro. Foi quando o então treinador do Sub-15, Deive Bandeira, o fez a proposta de passar por testes como centroavante.

Foi aprovado mais perto do gol rival e passou por um processo de crescimento no clube. Foram meses de treinamentos específicos para melhorar a velocidade e a conclusão. Enfim, já firmado como centroavante, subiu as categorias necessárias sempre entre os mais destacados dos times.

No começo do ano estava no Sub-20. Foi observado por Diego Aguirre mas não chegou a receber oportunidade. Foi com Argel Fucks que vieram as primeiras chances. Diante do Fluminense no Brasileirão e na Copa do Brasil contra o Palmeiras foram os dois jogos oficiais dos quais ele participou. E por pouco não marcou contra os cariocas em um cabeceio.

Neste ano, as chances devem aparecer ainda mais frequentemente. Espero que seja Baio a primeira opção no comando de frente durante os primeiros dias de treinamento e provavelmente na Florida Cup, nos Estados Unidos. E mesmo depois de contratar um centroavante de peso para ocupar a lacuna aberta com a saída de Lisandro López, o clube deve apostar no gigante de quase 2 metros.

Por motivo óbvio, as principais características do jogador são a força e a boa jogada aérea. Além da capacidade de fazer pivô. Natural da cidade de Cosmópolis, no interior paulista, a carreira como zagueiro teve passagens por Campinas, Paraná e São Paulo, a de centroavante já começou no Inter. Boa Sorte.

E beijocas…

Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA

Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!

2 thoughts on “Camisa 9

  1. Alô você Simony!
    Há muito tempo não temos fabricado em casa um centroavante centroavante. Estou falando do modelo Claudiomiro, Flávio Bicudo. Produzimos bons atacantes como Nilmar e Rafel Sobis que não sao exatamente os exemplos que me refiro. Bruno Baio parece ser da primeira turma, homem de área de conclusão. Isso é mais um desejo do que uma projeção. Torcer sobretudo é fundamental.
    Coloradamente,
    Melo

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