…
Dedicação, esforço e a 10 mil horas da Série A!
Por Adriano Garcia – El Mago
De maneira clara, percebemos que a tecnologia vem, a passos largos, diminuindo o tempo para se fazer muitas coisas. Quanto tempo levávamos para nos comunicar com alguém distante? Era o tempo de escrever o texto manualmente, refazê-lo algumas vezes, quando encontrávamos algo grafado errado, postar a carta nos correios, e esperar o longo tempo de entrega ao destinatário. E quando desejávamos uma informação, um dado qualquer, um texto informativo para o trabalho profissional ou escolar?
A busca da fonte segura, em alguma biblioteca especializada, levava o tempo do deslocamento, a dificuldade em se obter cópia das informações, longo tempo de transcrição. Hoje, a velocidade necessária para essas e tantas outras atividades tornou-se muito pequena, e temos a impressão de que tudo pode se obter de maneira rápida, imediata, quase que instantânea. Criaram a ilusão de que a velocidade da tecnologia atinge a tudo, e também a todos.
Iludidos com a capacidade tecnológica do mundo, esquecemos que as velocidades internas permanecem as mesmas e que ainda é necessário o esforço pessoal para as conquistas da mente e do coração.
Não se recordam que os grandes inventos são fruto do esforço pessoal; que o virtuosismo é a consequência de perseverantes horas de dedicação e estudo; que a beleza das apresentações artísticas requer intensos treinamentos e renúncias.
Portanto, se a tecnologia nos facilita e acelera as atividades cotidianas, as nossas conquistas permanecem sendo fruto do nosso esforço.
Assim, não nos iludamos que tudo seja fácil como o toque de um botão, e que o esforço e dedicação são virtudes hoje dispensáveis.
A velocidade de nossa mente e de nosso coração permanecem as mesmas, intocadas pela tecnologia.
Antigamente dizia-se que para se ser um grande jogador era preciso 70% de talento e 30% de esforço e dedicação. Contudo hoje em dia vivemos num Mundo cada vez mais competitivo. Para se ser um grande jogador, um grande médico, um grande engenheiro, um grande economista é preciso 30% de talento e 70% de árduo trabalho. Só assim conseguirão vencer na vida!
Na escola ou no campo é preciso aplicação, acredita no vosso talento e não ter medo de perseguir os sonhos.
Não esperar que as coisas caiam do céu, não se contenta com aquilo que se é agora. Ser ambiciosos, procurar sempre mais e melhor.
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz. (Airton Senna)
A teoria de K. Anders Ericsson, um importante psicólogo e pesquisador da cognição. Ele advoga que a diferença entre uma pessoa de desempenho mediano e um expert em uma determinada atividade é de 10 mil horas de prática. A regra serve para absolutamente qualquer atividade que precise de tempo para amadurecer: tocar piano, meditar, praticar tiro ao alvo, administrar empresas, investigar crimes, jogar Call of Duty, praticar cuspe à distância, dirigir etc.
Dez mil horas. É a diferença entre aprendiz e mestre.
Para quem não tem uma ideia muito nítida de um número tão grande, 10 mil horas de treino são equivalentes a três anos e meio de estudo intensivo, oito horas por dia, sete dias por semana. Isso significa treinar inclusive aos sábados, domingos e feriados. E por estudo e prática, entenda-se um treino deliberado e focado, com o mínimo possível de distrações e esforços inúteis. Cada segundo conta. Significa que qualquer progresso visível só vai surgir depois de muito tempo de treino. É como se sentir eternamente na estaca zero depois de praticar uma escala de dó maior no piano por horas. A impressão que fica é que a primeira coisa a se treinar é a determinação e a motivação para não desistir durante uma prática tão longa. A busca da perfeição deve-se a repetição, dedicação, esforço e ao exaustivo treinamento só assim alinhado à qualidade do bom futebol a alegria da torcida e a volta a série A será consagrada.
Prezado Adriano e amigos(as)colorados(as),
O texto exprime a sutileza dos tempos modernos e o preço cobrado para se ter performance no mínimo satisfatória naquilo que nos metemos a fazer, estudar ou praticar. Lembro bem o espaço de tempo que os correios levavam para entregar uma carta comum ao seu destinatário e chuliar a resposta na caixa de correspondência, quase um mês, se o missivista que te respondia, o fazia imediatamente após receber a tua carta. Existia telefone, mas uma ligação interurbana era algo inacessível para muitos, inclusive eu, de tão cara que era o minuto cobrado para falar à distância.
Antigamente também esperávamos o jornal no dia seguinte para saber o resultado do jogo , caso não tivesse escutado a jornada no rádio na noite anterior, quem tinha jogado bem e quem tinha feio os gols. Tudo era mais devagar. Entretanto, o ritmo para uma especialização, como tu dizes no texto, era sempre o mesmo. A dedicação, o empenho, a responsabilidade para cumprir a carga horária necessária tinham a extensão necessária ao conhecimento humano poder gravar e saber utilizar as técnicas inerentes ao que se aprofundava no estudo. E isto significava horas e horas de dedicação, diferente da tecnologia da informação atual, que te cokoca de frente para a solução, sem esforço, apenas com um clique no mouse.
Com o Inter não é diferente. É preciso o tempo de maturação para o estágio atual poder se instalar com desenvoltura. As 3 vitórias seguidas, sendo uma fora de casa, sinalizam acerto nas idéias colocadas em prática, somadas aos reforços que acabaram de chegar: Camilo e Leandro Damião, um velho conhecido nosso e vencedor com a camiseta colorada. Não há muito tempo disponível e isto talvez seja o diferencial decisivo, para arrumar a casa, que se mostra na direção do status de excelência que se quer, alcançado.
Para tanto, há que se conseguir coadunar a velocidade dos tempos modernos para as cobranças de resultados com a demora necessária para o aperfeiçoamento de táticas, trabalho em grupo, ou equipe, renovada ou reforçada para que o objetivo final seja alcançado no final do ano: a volta à série A.
Grande abraço
Adriano, aos poucos o nosso Inter está se encaminhando para jogar um futebol mais competitivo e com bons resultados em campo. Há pouco derrotamos o bugre campineiro na casa deles e já estamos mordendo o garrão do América MG que ainda lidera. Então no andar dessa carruagem, esperamos que a distância para a série A seja bem menor do que essas 10.000 horas.
De qualquer forma, destaquei algumas frases do teu texto:
” Iludidos com a capacidade tecnológica do mundo, esquecemos que as velocidades internas permanecem as mesmas e que ainda é necessário o esforço pessoal para as conquistas da mente e do coração.”
” Portanto, se a tecnologia nos facilita e acelera as atividades cotidianas, as nossas conquistas permanecem sendo fruto do nosso esforço.”
“A velocidade de nossa mente e de nosso coração permanecem as mesmas, intocadas pela tecnologia.”
“A busca da perfeição deve-se à repetição, dedicação, esforço e ao exaustivo treinamento. Só assim, alinhado à qualidade do bom futebol a alegria da torcida e a volta à série A será consagrada.”
Ou seja, não basta só trabalhar cientificamente certo, de forma árdua, determinada, motivada. Tem que batalhar por MUITO tempo para chegar aos píncaros da glória!
Abraço!
Alô você Adriano!
Texto absolutamente em acordo com o momento atual. Só com muita dedicação, muito trabalho, correção de rumos teremos o momento de maturação. Ocorre que só se chegarem lá com um negócio chamado tempo. Ao seu lado com certeza deverá estar a senhora PACIÊNCIA.
Coloradamente,
Melo