Mais um confronto no entrevero pampeano, como dizia um comentarista da velha guarda da radiofonia gaúcha, outro dizia a competição era um engana bobo, sempre discordei, acho que bobos se enganam com a disparidade da competição.
Mesmo diante da disparidade técnica onde temos uma equipe vice campeão brasileiro e alguns times que não estão em série nenhuma, é possível tirar boas conclusões sobre formação, qualidade de elenco, competitividade etc…
Lamento que na maioria das competições, principalmente nos últimos anos, estamos sempre trocando de técnico, esquema e elenco, pois ao que consta acabam de dispensar 16 atletas, algo está muito errado ou no fato que faziam parte do elenco ou a dispensa foi um equívoco.
Quando, para mim, confesso que até surpreendentemente, só não conquistamos o campeonato Nacional, por fatores que não valem apena citar, não seria lógico manter o técnico e com três ou quatro contratações dar o passo adiante e com a devida qualificação lutar com mais possibilidades na temporada 2021?
Vamos ao jogo de hoje, que apresentou uma melhora em relação aos anteriores no comando do novo técnico, porém ainda bem longe do ideal, muita lentidão na saída de bola, troca de passes excessivos diante da nossa área, um número exagerado de bolas atrasadas para nosso goleiro, e essa onda que tomou conta do Brasil que os goleiros tem que jogar com os pés.
Isso me preocupa, creio que dos goleiros que assisti atuando, somente Rogerio Ceni no S Paulo e Júlio Cesar do Flamengo tinham esse privilégio de jogar e bem com os pés, nossos dois Danilo e Lomba, bons arqueiros, porém jogar com pés não estão entre seus atributos.
No primeiro tempo, mesmo com o amplo domínio e uma posse de bola segura, parecia que bem no centro do campo existia um triangulo das bermudas, pois a bola não passava por ali, e o Guerrero ficou bastante isolado, fazendo pivô e podendo mostrar toda sua qualidade na cobrança de média distância de uma falta que estourou no travessão, aos doze minutos do primeiro tempo.
E o jogo continuou com pouca profundidade, muitos passes laterais, aos 24 minutos Heitor teve uma bola a feição dentro da grande área, mas apresentou uma deficiência comum entre outros jogadores como Caio Vidal, pouca efetividade nas conclusões a gol, a bola passou por sobre a trave.
Aos 25’ foi a vez de Praxedes também errar mais um chute, embora vale ressaltar que no caso dele atuando com meia atacante está começando a chutar a gol e isso é fundamental para quem joga na função, também faltou municiar o centroavante com jogadas de aproximação e lançamentos.
Assim resumidamente, acabou o primeiro tempo, com um controle absoluto do jogo por parte do Internacional mas com placar em branco.
Começamos o segundo tempo, já com abola sendo recuada para os jogadores do sistema defensivo, e essa troca de passes lentos foi se arrastando pelos primeiros 10’, quando o técnico fez duas substituições, saiu Guerrero e entrou Galhardo e saiu Patrick e entrou Mauricio.
Murício que no meu entender é o único jogador com características de armador do elenco, deu um melhor dinamismo na preparação das jogadas, entrou bem-disposto a mostrar ser útil ao Miguel Ramires e pelas entrevistas parece que conseguiu, até com um pouco de exageros por parte do chefe.
Mesmo sendo o Guerrero um jogador de qualidade superior, pelo fato de estar voltando de longa parada, Gualhardo deu mais vigor e movimentação ao setor, também parece estar passando o banzo pelo fato de ter sua venda frustrada, parece que ele percebeu que a concorrência é forte e começou a correr atrás do prejuízo.
Aos 19:50’ sai Nonato e entra Edenilso, sai Praxedes que havia tomado um cartão amarelo injustificável, numa zona morta do campo para entrar Yuri Alberto, e isso determinaria o fim das esperanças para o Caxias.
Aos 23:29’ a qualidade se fez presente, Leo Borges tabelou com Mauricio, que cruzou forte Edenilson dominou e com categoria colocou no canto superior esquerdo sem chances de defesa para Pitol e o placar estava aberto.
Assim retornou um velho costume de recuar o time para nosso campo e ficar uma troca exagerada de bolas entre os zagueiros que muitas vezes tem consequências e desperdícios de pontos.
Aos 39’, sai Heitor e entra Rodinei, não sei o motivo da substituição, pois entendo que o primeiro deveria ser o titular sempre, mesmo que o Abel pedisse a seleção para Rodinei.
Aos 41’ Caio Vidal não participou da jogada, Edenilson entrou em velocidade cruzou para Yuri que bateu forte, mas só atingiu a trave.
Aos 47:35’ numa bela jogada de troca rápida de passes entre Dourado, Mauricio e caio Vidal, acabou chegando para Galhardo Livre fazer o segundo gol e colocando o Internacional em primeiro na tábua de classificação , mesmo que com dois jogos a mais.
Na luta para não perder o Caxias obrigou o Lomba a praticar uma três grandes defesas, mas a vitória foi muito merecida.
Se nosso destino é estar sempre recomeçando, que seja com vitorias.
Um abraço colorado
Olá Leandro, realmente o Zagalo conseguiu colocar do Clodoaldo para frente jogadores até com características parecidas, mas eram todos extraclasses, acho que devido a qualidade do Yuri e do Guerrero tem que achar uma maneira de fazer jogar junto, dai para frente tenho dúvidas. Eu não mexeria nos três primeiros meias, Dourado, Patrick e Edenilson, o resto eu negocio , abraço.
Prezado Roldan:
Concordo com tua análise. Eu também não sou partidário da ideia do goleiro sair jogando com os pés. Isso já prejudicou muitos times, inclusive o nosso. Também vi o Guerrero isolado no ataque.
Faz muito tempo que observo e não vejo desempenho suficiente no Nonato para ser titular no Inter. Como reserva, talvez possa servir…Praxedes está com desempenho abaixo de sua potencialidade. Outra coisa que percebido são os arremates a gol do Inter, seja de dentro ou de fora da área, a grande maioria vai para fora da goleira. Ora, isso para mim é falta de treinamentos. Tudo bem que o goleiro adversário defenda os chutes, afinal está ali para isso. Mas errar do arco na grande maioria das vezes…acho anormal..
Ontem gostei da ausência dos chutões da defesa para o ataque. O time trocou passes… e isso é bom sinal. Se vai dar certo, aí são outros quinhentos… mas o modelo é promissor.
Grande abraço
Olá José, parece que é um fundamento que falta treinamento, pois conclusão de qualidade, ontem Praxedes e Heitor sem grande pressão da marcação erraram chutes frontais e isso é uma constante. Quanto ao Nonato já tive melhores expectativas, quando apareceu achei que que seria um ótimo jogador, porem até o momento não deslanchou, dispersivo, custa a dar andamento as jogadas e pouco competitivo. Abraço.
Alô você Roldan!
Concordo quando escreves faltou profundidade , especialmente na “tábua ofensiva” complementaria se me fosse permitido. Me ative na movimentação do Dourado. A exemplo do Misto, Dourado no início das jogadas se colocava entre os zagueiros, um pouco mais atrás formando um triângulo. Quando a bola chegava nele, ele colocava preferencialmente para os laterais e ato contínuo se movimentava verticalmente invertendo o vértice. Daí pra frente é que vem o problema do aprofundamento. Individualmente não há dúvidas de que Maurício foi figura destacada, mesmo com o certo exagero do M.A.R.
Diretamente de Natal, RN
Coloradamente,
Melo
Olá Melo, mais uma vez estamos a dez dias do primeiro clássico do ano e cercados de interrogações, quem são os titulares, qual o esquema a ser usado etc.
Falam em procura por lateral, zagueiro, centromédio e creio que está faltando ao elenco é um articulador de primeiro nível, parar de inventar, Patrick na ponta, não inventa o que deu certo deixa, Dourado, Patrick e Edenilson os três primeiros do meio, se é para improvisar que seja na ponta. Ontem foi a melhor participação do Mauricio que assisti, mas eu acho que deveriam ir as compras para achar alguém devidamente firmado, abraço.
Oi Roldan. Na Copa de 70 , quando o Brasil foi Tri Campeão, os onze titulares eram escalados pelas suas qualidades e técnica. Jogadores como Tostão, Gerson e Rivelino que na realidade seriam da mesma posição. Que fez o treinador, fez um esquema para estes craques jogarem juntos. Fiz está referência, porque ontem, no segundo tempo, jogaram juntos Yuri e Galhardo juntos e deu certo. Gostei desta maneira de jogar, pois provou que tem que escalar os melhores e fazer um esquema pra eles mostrarem suas qualidades. Fazia tempo que não tinha no BR, um treinador que pensa do meio pra frente. Imaginem , Guerreiro no meio ,de um lado o Yuri e do outro Galhardo. Edenilson como sempre fez a diferença .