Falta de Critérios

Deixo a seguir, três itens que, no meu entender, tem demonstrado falta de critérios dentro do grupo de jogadores e Comissão Técnica, para análise dos colegas.

Os batedores oficiais (Imagem: Arquivo BAC)

1)     BATEDOR DE PÊNALTIS: Com a ausência dos batedores oficiais: D’Alessandro e Kléber, parece que não está definido um terceiro batedor de pênaltis. Ou melhor, o treinador designou o Nei e lá chega Dátolo tomando-lhe a bola e dizendo: Deixa que eu bato, como a querer provar e se redimir do péssimo pênalti batido outro dia no Gauchão, em que errou inclusive o gol. Ontem, no meu entender não bateu bem de novo. Embora quase no canto, se notarem antes de chutar a bota ele telegrafou para o goleiro, mirando o canto como a dizer: É ali que vou bater. Depois de duas tentativas erradas, entendo que não deva mais ser o batedor, ao menos em jogos decisivos. Ontem ficou evidenciada a falta de critérios e de liderança no grupo. Nei deveria simplesmente não ter lhe dado a bola e dito: Por pedido do treinador eu que vou bater, e pronto.

Deixa que eu bato! (Imagem: Arquivo BAC)

2)     COBRADOR DE FALTAS: Antes tínhamos o Andrezinho. Agora é o D’Alessandro quando está no jogo. Confesso, porém, que não gosto do mesmo batendo faltas.  Raros foram os gols feitos por ele neste sentido. Geralmente cruza a bola na área para o cabeceio de alguém, mas ultimamente isto pouco tem acontecido. No domingo passado, em sua última cobrança, simplesmente passou a bola para o goleiro. Aí surge o Nei e faz aquele belíssimo gol contra o Santos e no Gauchão quase fez outro. Depois, não teve mais chances. Por que? Simplesmente, não dá para dá entender.  A cobrança de ontem do Jajá foi tão ridícula que atingiu o próprio colega. É verdade que este não estava bem posicionado.

Mais uma demonstração de falta de comando dentro do campo.

Quem é? (imagem: Arquivo BAC)

3)     CAPITÃO: E aí que surge a figura do capitão da equipe, que não está em campo só para reclamar junto ao juiz, representando seus companheiros, mas para liderar e orientar o grupo. Entrementes, a cada jogo o INTER entra com um capitão diferente, chegando a ponto de escalar um jogador que estava na reserva e sem crédito perante a torcida como veio a ser o caso do ex jogador Bolívar. Ontem foi a vez do Tinga e a cada jogo muda sob a alegação do treinador de colocar um jogador experiente. Até aí tudo bem, mas por que o rodízio de capitães. Esta falta de unicidade parece gerar uma instabilidade no grupo. Para mim, o capitão do time deve ser aquele jogador que detém liderança e carisma sobre os demais e não ser mudado a toda hora.  Se lembrarem em dois grandes momentos do INTER, havia dois capitães que preenchiam tais requisitos: Fernandão e Figueroa. Qual o  segredo? Mantê-los permanentemente.

Saudações Coloradas

Heleno Costi – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é a minha paixão!

6 thoughts on “Falta de Critérios

  1. Simone,
    É isso aí. O Fernandão pela experiência e carisma junto à torcida deveria auxiliar. Será que ele está conseguindo fazer a interação com Comissão Técnica e jogadores?
    Penso que esse deva ser também o seu papel.

  2. Melo,
    Olha, se o treinador dá uma ordem e o grupo ou alguns jogadores não acatam é um sintoma que o comando está deixando a desejar. Falta de autoridade? Quem sabe.
    Vejo todo mundo julgando o Dátolo pelo episódio. Do meu ponto de vista, entendo que o Nei foi tão ou mais culpado, pois recebeu o incumbência e depois de pegar a bola para bater o pênalti, passivamente (é o que transparece no vídeo e suas posteriores declarações) entregou a bola ao Dátolo, como a se livrar do problema e não enfrentar riscos. Aí também deveria estar presente a figura do capitão da equipe.
    Em suma, faltou atitude e coragem ao Nei, o que sobrou para o Dátolo.

  3. Pauperio,
    A doação do Guiñazu em campo é indiscutível, mas parece que ele tem problema de comunicação. A linguagem dificulta um pouco. Ele já passou pela experiência e não saberia dizer se tem boa convivência com o grupo. Parece que se isola. É uma questão de temperamento, mas para um capitão isto pesa. Além do mais o capitão deve ter voz ativa e decisão e neste ponto talvez o Índio fosse o mais indicado. Pela experiência no assunto, entendo que o Fernandão poderia auxiliar na escolha, considerando principalmente seu cargo de Diretor de Futebol.
    Gosto muito do Dátolo e de sua disposição em campo. E não descarto no futuro que possa cobrar pênaltis, mas tem que chegar lá através de treinamento e em jogos sem o peso como o de 4ª feira.
    Demonstrou atitude, mas teve um ato de indisciplina, próprio de um grupo onde carece de comando. O DJ tem demonstrado insegurança e falta de autoridade, o que não é nada bom.

  4. Alô você Heleno!
    Pois o que mais me surpreendeu nesses recentes acontecimentos foi a declaração do DJ, disse ele: – “essas coisas são os jogadores que decidem dentro do campo”. É uma linha que mesmo que eu não concorde deve ser respeitada, mas se a linha era essa porque ele mandou o Muriel atravessar o campo em desabalada carreira para avisar que o batedor deveria ser o Nei? A meu ver foi uma demonstração de falta de comando, ou melhor comandar ele comandou, foi falta de obediência.
    SC

  5. Heleno, penso que o Guinazu deveria ser o capitão desse time, pois é o único que em todos os jogos se doa totalmente e quem vejo reclamar dos demais, principalmente pela apatia em campo. Gostaria de colocar que é melhor com o Dátolo do que sem ele, primeiro por ser um bom jogador, esforçado, “brigador” em campo, “chamando o jogo” e sempre participativo, e segundo, por não ter culpa se existe um comando fraco. O problema não é o Dátolo, mas os que se omitem (por n razões). Penso que deve haver treinamentos para disposição dos jogadores em campo, de formas de marcação, de jogadas, de chutes a gol, de cobranças de faltas e de penaltis, assim como “cobranças” e elogios de atitudes em jogos e fora deles. Ou não existe? Sinceramente quando se começa a “culpar” os jogadores, o problema não está neles, mas em quem tem a responsabilidade de prepará-los, escalá-los e dirigi-los. Para mim, o problema está fora do gramado…

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