A ladainha de sempre

O que acontecera em 2011, repete-se em 2012. A desclassificação na Libertadores da América sequer sugere mudanças. O time e o elenco colorado são incontestáveis para a direção. Ora, mas como, pergunto eu? A primeira fase deste mesmo time na principal competição da América do Sul foi, literalmente, lamentável. Agora, as lesões contribuíram para a má campanha? Sim, contribuíram, mas e o planejamento? Pois é.

A resposta mais escutada nos últimos dois anos pelos colorados: “Estamos trabalhando em busca de reforços pontuais”. Assim foi na temporada passada, assim está sendo na atual. Por favor, as carências do elenco colorado estão mais do que evidenciadas. A reposição de Nei, por exemplo, não conhecemos até hoje. E por aí vão os mais variados exemplos.

Ainda no ano passado, vale lembrar, Paulo Roberto Falcão avisara que seria preciso reforços para a conquista do Campeonato Brasileiro ou, pelo menos, para uma disputa igualitária com os demais concorrentes. No entanto, só depois de demitido vieram as contratações, e tudo o que havia antecipado, realmente, aconteceu: o Inter não venceu o Brasileirão. A vaga à Libertadores, aliás, foi conquistada na última rodada. Na pressão.

Não bastasse a experiência, os erros já cometidos, a direção do clube parece, mais uma vez, insistir nos desacertos. A tardança para se anunciar uma contratação no Beira-Rio beira o cenário teledramatúrgico. Se isso é uma política de gestão, respeito, porém, esta falta de agilidade no mercado não é normal. Ah, não é mesmo.

Todavia, ainda acredito na competência do mandatário Giovanni Luigi. Afinal, depois de negociar com a Andrade Gutierrez, o que mais poderia intimidar o presidente? Está aí uma boa questão. Portanto, creio que as tais “contratações pontuais” ocorrerão. Além do mais, se fazem necessárias, e a torcida agradece.

O recado de Falcão segue valendo.

Pedro Harry – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL

5 thoughts on “A ladainha de sempre

  1. Pedro:
    Gostaria de entender o planejamento do Departamento de Futebol Profissional do INTERNACIONAL, pois mesmo ganhando a LIBERTADORES/2010, existe uma necessidade de mudanças profundas no elenco principal e as medidas adotadas sempre foram paliativas e que não conseguem corrigir as carências e os defeitos do time. O INTER nesse período queimou etapas sem se preocupar em formar uma política eficaz para o Departamento e muitas vezes a soberba comum do lado azul da cidade tem colocado sementes no nosso meio.
    Hoje, o INTER tem em seu plantel de jogadores profissionais (Elenco Principal e Sub-23) com 54 jogadores (extraoficial fica este número fica em torno de 60) com 7 goleiros na qual só está disputando uma competição oficial no momento e no último sábado se socorre a um atleta da “Categoria Juniores”, que pelo sinal é um jogador de futuro que é o Maurides e caso o Jajá tivesse no grupo, provalvelmente não teria nem sido relacionado. Outro exemplo, caso o Jô ainda estivesse entre nós não seria este que começaria a partida e mesmo jogando mal não seria titular a partida inteira (sei o se não faz parte do futebol) em detrimento ao Gilberto que só saiu por que o Dorival errou na primeira substituição perdento totalmente o meio campo com a saída do Josimar. Isto só ocorre pela falta de planejamento e pela falta de uma Filosofia de Futebol.
    O INTERNACIONAL sempre foi caracterizado por ter uma escola de futebol própria aonde mistura a técnica com a força (que alguns chamam de garra) e que isto era historicamente ligada a sua Filosofia de Futebol. Este resultado geram os jogadores em vários ciclos vitoriosos desde os períodos do Rolo Compressor e mesmo nesta década se olharmos os craques que brilharam com a nossa camisa e hoje aparecem em outros clubes ou mesmo com a camisa da seleção tem um pouco desta história enraízada e esta cultura que tem de ser resgatada.
    No momento, na qual o INTER desenvolver uma Filosofia de Futebol poderá começar a colher os frutos de verdade das nossas “Categorias de Base”, pois antigamente eu escutava que um bom time de futebol era montado através da sua “Categoria de Base” acrescida de jogadores vindos de fora com uma capacidade extraclasse e que o estilo de jogador e a forma de jogar a ser implementada tanto dentro do Estádio Beira-Rio como fora dele tem que ser a partir desta Filosofia. Hoje alguém saberia dizer ao certo quantos atletas no Grupo Profissional são mesmo crias de verdade do INTERNACIONAL e que os seus direitos federativos pertencem somente ao clube sem interesse de empresário ou algo parecido.
    Outro dado curioso que quero levantar é que li em uma coluna de um gremista do Correio do Povo que o clube havia negociado a saída de 40 atletas este ano, pois este número de acordo com os meus dados chegam a 61. Este colunista também sonega que já chegaram no mesmo ano para o elenco 24 atletas sendo que 7 para o principal (Jajá, Fransérgio, Dátolo, Dagoberto, Marcos Aurélio e mais os que retornaram de empréstimo: Josimar e Lima) e para o Sub-23 foram mais os outros 17 jogadores. Esta política para o Departamento de Futebol serve para quem. Ao mesmo tempo fica uma indagação nas posições chaves em que o clube está carente quando chegará à luz do final do tunel que suprirá de verdade as nossas deficiências.
    Para-fraseando o saudoso mestre “Cláudio Quintana Cabral”:
    “Escrevi e assino embaixo.”
    Saudações Coloradas.
    Cláudio R. Vidal

  2. Concordo com o Pauperio, nossos maiores problemas estao fora das 4 linhas: Presidente, diretoria e treinador sao meigos, do estilo paz e amor. No futebol competitivo de hoje, onde se mata um leao por dia, nao ha espaco para este tipo de comportamento. Precisamos de coragem , de acoes, de firmeza no comando. No Inter vencedor as contratacoes pontuais chegavam antes dos jogadores partirem. Lembram que qdo o Alex ia ser negociado, o Dalessandro ja estava aqui? Pois e, hj nao temos zagueiro ha 2 anos e ate agora, nada. O limitado Nei nao tem reserva ha qto tempo? Isso e uma vergonha, um time profissional do tamanho do Internacional nao possui um reserva para a lateral direita, qdo na verdade precisava era d um novo titular. Esta semana ouvi que estao quase fechadas as renovacoes de Nei e Inidio. Assim me matam do coracao!Aonde estao as reposicoes? Aonde esta o discurso de vencedor?

  3. Depois que o inter começar a levar gols pq NÃO TEM ZAGUEIRO e ficar de jejum lá na frente pq NÃO TEMOS ATACANTES, é que veremos a ladainha de sempre…

  4. Alô você Harry!
    Especificamente no caso do eventual substituto ou postulante a titularidade a DT do |Inter aposta em C.Winck. Eu particularmente gosto mais do Diogo, ambos dos Juniores, mas ao que parece nesse caso, aexemplo de outros a grife “Winck” ao que parece está decidindo quem larga na frente. A renovação do primeiro estava encarossada eele foi colocado estratégicamente na geladeira. Nos últimos dias o contrato foi assinado e ele deve figurar agora. Mas em se tratando de agilidade, a razão está contigo. É pouca, muito pouca.
    SC

  5. Harry, concordo plenamente contigo, são novamente os mesmos erros, as mesmas dificuldades, as mesmas carências e as mesmas “desculpas esfarrapadas ” de 2011. Continuo acreditando que o maior problema do nosso INTERNACIONAL não está dentro do campo, mas fora dele. Não concordo e não aceito com essa vivência equivocada de sentimento de inferioridade que se alastra. Minha avó já dizia “que quem se abaixa e porque quer que pisem em cima”. Nosso INTERNACIONAL e nós todos, “malucos” por esse clube, merecemos mais. Mesmo que “pregando no deserto”, não vamos aceitar passivamente a “ladainha de sempre”. A hora de reagir já passou, agora é agir imediatamente ou será mais um ano sem um grande título.

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