BAHIA X INTERNACIONAL – CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 7ª RODADA – SÉRIE A

A partida deste domingo, 01/07/12, no empate injusto entre Bahia e Internacional, teve um sabor muito especial para Paulo Roberto Falcão. É isso mesmo, Falcão, tricampeão brasileiro pelo Internacional (1975, 1976 e 1979), para mim e muitos outros torcedores o maior jogador da história centenária do clube. Sempre agindo com a costumeira educação, elegância, gratidão e respeito ao nosso INTERNACIONAL e à MASSA COLORADA. Hoje, como técnico do Bahia e campeão baiano de 2012, no papel de treinador, encarou pela primeira vez o nosso INTERNACIONAL. Deve ter sido difícil para quem carregou até carrinho de cimento na construção da nossa casa sagrada, o Beira Rio… Deve ter tido uma alegria imensa ao ver todos os jogadores do nosso INTERNACIONAL terem ido abraçá-lo, reconhecendo sua capacidade, importância, liderança e companheirismo conquistado quando no comando técnico e na história do clube. Vendo o lance, fiquei pensando, quanto o comandante técnico atual do nosso INTERNACIONAL tem a aprender…

Passados alguns minutos do inicio da partida, depois de uma rápida pressão do INTERNACIONAL na equipe do Bahia, ficou evidente que o INTERNACIONAL tinha um esquema mais uma vez defensivo, de pouca vontade de vencer e de clara covardia, apesar de estar jogando contra o 16º colocado (agora 15º) no campeonato brasileiro.

O primeiro tempo decorreu sem maiores emoções até o seu final, exatamente aos 45 minutos, quando uma bola mal rebatida pela defesa, sobrou para o Gabriel, sozinho, encher o pé, sem chances para Muriel, e fazer o golo do time baiano. Por incrível que possa parecer, era o primeiro chute a gol, pois o anterior, do Danny Morais, tinha sido muito alto e longe do gol. De diferente e a lamentar somente a nova lesão do Kleber e a sua substituição pelo Fabrício, mas mesmo assim foi o mesmo que trocar seis por meia dúzia.

A ausência do atacante Dagoberto, suspenso por três cartões amarelos, foi sentida uma vez que não foi substituída a altura pelo Jajá e muito menos pelo Gilberto, no segundo tempo, jogadores de características diferentes e de qualificação limitadíssima.

A ausência também do Rodrigo Moledo na zaga, devido a sua recuperação da lesão muscular na coxa, assim como em tanta outras vezes, foi razoavelmente atendida pelo Bolivar, mas exigindo o sacrifício de todos os demais jogadores. Por falar em Bolivar, foi vaiado durante todo o jogo, principalmente devido a grande exploração pela imprensa local, do lance na partida do Internacional e Bahia, no segundo turno do campeonato brasileiro, no ano passado, entre ele e o Dodô, que originou rompimento total dos ligamentos do joelho e o afastamento do jogador por seis meses.

Veio o segundo tempo quando a boa torcida do INTERNACIONAL acreditava que haveria alguma mudança na maneira do seu time jogar, o Bahia foi superior, envolvente, com muito mais volume de jogo e só não ganhou pela falta de qualidade de seus atacantes. De bom, só o gol do Índio, aos 17 minutos do segundo tempo. D’Alessandro fez cobrança de falta, a bola sobrou para Fabrício, que cruzou para trás e Índio marcou o golo de empate. A bola bateu no zagueiro e desviou do goleiro Marcelo Lomba. Nem o empate acordou o time. Quem buscou a vitória foi o Bahia, com maior posse de bola e boa troca de passes, criou várias oportunidades para ampliar o placar, e o INTERNACIONAL visivelmente se contentava com o empate, muito triste para um time e uma torcida que querem ser campeões brasileiros em 2012.

Essa deficiência conhecida na defesa provoca os incessantes e desgastantes deslocamentos dos integrantes do meio de campo e até dos atacantes, provocando uma enorme confusão e prejudicando a atuação de todos, ficando evidentes carências e má colocação do time em campo. Ninguém consegue fazer o que sabe, pois o esquema de jogo fica totalmente comprometido e as características pessoais dos jogadores desaparecem.

Mais uma vez D´Alessandro, Oscar e Damião longe de suas melhores atuações, apesar de bem marcados, tiveram pouca participação na partida. Nota-se claramente o desconforto do trio com os chutões para a frente e esse esquema confuso e inconsistente de jogar. Oscar e Damião ainda perderam incríveis chances de marcar no final da partida quando tardiamente tentou resolver a partida.

Escalações

Bahia: Marcelo Lomba; Fabinho, Danny Morais, Titi e Hélder; Fahel, Diones (Kleberson), Gabriel (Vander) e Mancini; Jones (Lulinha) e Elias.

Técnico: Paulo Roberto Falcão.

Internacional: Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Kleber (Fabrício); Elton, Guiñazu, Oscar, D’Alessandro e Jajá (Gilberto); Leandro Damião.

Técnico: Dorival Júnior.

Local: Estádio de Pituaçu, em Salvador (BA).
Data: Domingo, 1º de julho.
Horário: 16h.

Árbitro: Sandro Meira Ricci (FIFA/DF).
Assistentes: Roberto Braatz (FIFA/PR) e Griselildo de Souza Dantas (CBF/PB).

Público: 13.447

Renda: R$ 263.815,00

Antônio Carlos Pauperio – Salvador/BAHIA
Colorado até morrer!

11 thoughts on “BAHIA X INTERNACIONAL – CAMPEONATO BRASILEIRO 2012 7ª RODADA – SÉRIE A

  1. Quando se pensa que o Colorado engrenou, faz uma partida dessas. Deus me livre e Deus salve o Inter (ou seria menos, tipo: Dunga Salve o Inter?).

  2. Alô você Pauperio!
    Em função de estar ocupado me faltou ver uns pedaços do jogo, mas a fidelidade de teu post foi tamanha que me senti vendo o que não havia visto. Parabéns pela clareza e objetividade. Entendo que o fato do time desabar de vez em quando parecendo que estamos em janeiro, com todos sem embocadura é sim um problema a ser resolvido pelo DJ, entretanto não se pode inocentar jogadores extremamente experientes que poderiam “providenciar lá dentro” e pelo menos ajeitar as coisas e não tenho visto isso. Quando se quer um time experiente é por isso também. Tenho dito!
    SC

    1. Melo, ninguém aguenta essa “esculhambação” de esquema, onde todos fazem tudo e acabam não fazendo nada e, por mas que se esforcem, acabam comprometendo as suas melhores qualidades e tendo desempenhos muito abaixo do que podem. A hora desse comandante técnico chegou ao fim. Não dá mais para aguentar essas substituições tardias e sem nexo. Penso que se alguém “se atrever” a mudar alguma coisa em campo, tiver alguma iniciativa fora do contexto traçado pelo comandante técnico supremo, com certeza será “devidamente” punido. Foi muito difícil ir a Pituaçu e ver nosso INTERNACIONAL jogando mais uma vez como time pequeno, confuso, perturbado e acovardado perante um time infinitamente inferior. Foi demais para esse coração COLORADO… Está na hora da torcida exigir mudanças.

  3. Paupério:
    As minhas expectativas na contratação do técnico Dorival Júnior quando ele chegou ao INTERNACIONAL eram boas, pois antes dele tinhamos tido um pseudo-técnico, mas que é um ídolo eterno perante a torcida pelo seu passado como jogador por ter sido um dos nossos melhores jogadores de todos os tempos na nossa história centenária que é Paulo Roberto Falcão.
    Esta expectativa se frustou. O motivo é que mesmo estando a quase um ano no comando técnico ainda vimos um amontoado de jogadores dentro de campo que não conseguem realizar duas partidas boas em sequência, ou seja, quando a individualidade de alguns jogadores não aparece padecemos por um jogo burocrático e sem inspiração bem ao estilo do comandante técnico. Os dois objetivos incialmente previstos com a chegada de Dorival não aconteceram, pois a ideia de renovação aliada a um padrão de jogo não foram implemantadas e só se livramos de duas ruindades que o Falcão gostava que era o “Rodrigo Suco” que está no Vitória e o “Ricardo Goulart” que está no Goiás, mas o “Renan” ainda está no elenco e pode voltar, “Nei” é o nosso eterno lateral que agora vive jogando como volante, e agora temos a volta do “Bolívar”, ou seja, um ano depois e poucas mudanças de verdade.
    O maior exemplo está nos gols da partida tanto no que sofremos, tanto no que marcamos. No gol dos baianos, o Elton que seria o primeiro volante foi fazer a função de lateral direito e não conseguiu evitar o cruzamento que o Índio tentou interceptar e que acabou sobrando a bola livre dentro da nossa área para o atacante deles chutar a gol, mas se prestarmos atenção na jogada e observar o nosso “general da reforma Bolívar” esta distraído não marcando ninguém observando a bola passear pela nossa área e o bom de entrevista e esforçado volante “Nei” está também na área atrás do jogador que concluiu a gol observando como um expectador priveligiado por estar dentro das quatro linhas do campo. No gol que achamos para o empate é um belo cruzamento do Fabrício que por vir de uma bola parada anterior o experiente Índio estava na área para empatar. Do resto a partida foi muito chata e para piorar não teremos contra o Cruzeiro, de Celso Roth, o nosso guerreiro e motor do time Guiñazú por ter recebido o seu terceiro cartão amarelo do campeonato. Além de observar novamente, que além do Sport, o Bahia se não mudar nada é um sério candidato ao rebaixamento, portanto de novo perdemos a chance de ganhar três pontos.
    Na questão de renovação do time, ontem fiquei sabendo que o lateral direito Diogo, que tem potencial para um dia ser titular da nossa equipe e que tem mais qualidade do que o Nei, foi negociado com o Porto de Portugal. Então o que mais posso escrever.
    Saudações Coloradas.
    Cláudio R. Vidal

    1. Vidal, você está correto e comungo com as tuas colocações. Só um detahe, o “grande general”, de grandes e reconhecidas façanhas, entrou de lado, se protegendo, no golo do Bahia. Quem sabe se não tivesse havido a campanha contra ele por causa do lance com o Bobo e as constantes vaias, tivesse entrado na frente do chute como um zaqueiro entra.Não consigo entender as desculpas do comandante técnico sobre a ausência, até no banco, do Bolatti e a falta de oportunidade para os atacantes rápidos da base. Não entendo dificuldades em enfrentar o Danny Morais e o Titi… O que faltou foi vontade de vencer e colocar o nosso INTERNACIONAL em campo à altura que ele tem e não com um comportamente de timinho, atrás, acovardao, sem inspirações e aspirações e dando chutões para a frente. Foi triste demais…Não tem D´Alessandro, Oscar, Dagoberto ou outro jogador de maior qualidade que possa jogar bem dessa maneira. O descontentamento do D´Alessandro e do Damião eram evidentes.Da torcida COLORADA presente, nem se fala…

  4. A função de um seguidor de futebol é traçar o perfil psicológico do cara que comanda o time e não precisa ser nenhum gênio para saber que o problema do Inter chama-se BURRIVAL! Em termos de (in)disciplina, ele é um rancoroso anacrônico. Imaginem que ele quis dar 10 jogos de punição ao Neymar! Sorte do Santos ter LAOR que colocou Burrival pra fora da Vila Belmiro. No Inter, puniu o time tirando Tinga e Dagoberto contra o Santos na Vila (e depois vem se queixar que raras foram as vezes que teve o time completo…). Burrival possui um Baixo Astral contagiante: se o Inter jogasse contra o Íbis no Beira-Rio, ele diria que “o jogo é muito difícil” e “o adversário possui grandes jogadores”. Outra: o aniversário de Burrival foi no dia do jogo Inter X Flu (libertadores). Foi questionado à beira do campo se gostaria de ganhar algum presente especial… Sabem o que disse Burrival: “É um jogo muito difícil, o adversário é complicado, e bla bla bla…”. O cara não foi capaz de encher o peito e dizer: HOJE É O MEU ANIVERSÁRIO! O ESTÁDIO ESTÁ LOTADO E EU ACREDITO NO TIME! EU QUERO UMA VITÓRIA DO MEU TIME PARA COMEMORAR O MEU ANIVERSÁRIO!. É este “tipo” de gente que comando o MEU TIME! É nas mãos deste “tipinho” medíocre que minha felicidade esportiva está depositada! Quem joga bola sabe se o comandante é o Kid ou não! E Dorival não é e nunca será o “cara”. Quando o treinador é (ou está) ruim e a direção é inerte, concordo que seja cortada a própria carne: o grupo tem a obrigação de conjugar o verbo ‘apear’ para o Professor…! FORA BURRIVAL! EFETIVEM O CLEMER! CHEGA DE MEDALHÃO PSEUDO TREINADOR.

  5. O grande problema é colocar o Oscar a jogar atrás. Se para colocar o time em campo na defesa então coloca tres volantes e deixa o Oscar lá na frene com o Damião que ele vai resolver.

    1. Adriana, você está super certa, mas não é só o Oscar, são todos os excelentes jogadores (Damião, D´Alessandro, Dagoberto e outros) atuando fora das posições onde poderiam resolver e aproveitar suas melhores qualidades. Cansei dos chutões para a frente e desses “golos bobos”…

  6. Pois é, Pauperio! Mais uma vez o treinador colorado mostrou-se com MEDO. É justamente nesses jogos que o INTER patina na tabela de classificação. A derrota em casa para o Botafogo seria quase superada com duas vitórias fora (Sport e Bahia), pois são equipes muito inferiores ao Campeão de Tudo. Mas o medo… Acho que deu pro Dorival. É limitado e incapaz de fazer com que o time possa mostrar melhor desempenho. Portanto, vou engrossar a lista dos que vêm dizendo FORA DORIVAL! sc

    1. Aquidaban, não sou de fazer “campanha para tirar treinador”, mas também acredito que não dá mais para “aguentar” as trapalhadas do DJ. Não tem as mínimas condições para ser treinador para um time com a história do nosso INTERNACIONAL. Posso estar enganado e vendo coisas, mas os jogadores já demonstram o desgaste com ele e com suas atitudes. Nesse domingo teve um lance que ficou evidente o descontentamento dos principais jogadores com a frma de jogar e, sinceramente, não consegue “enxergar” o jogo, não consegue “mexer” de forma adequada nas substituições e qualquer time organizado, mesmo sem expressão, “assusta e mete medo”. Fiquei pasmo quando li as declarações dele para a imprensa afirmando que o Ygor não era escolha dele e que continuaria dando força à base (o que hoje ele não o faz). Como é que pode? Se fosse eu o jogador, nao viria mais, pois se trata de um absurdo. Afinal quem manda no nosso INTERNACINAL? Quanto a Direção, não é possivel que eles não ajam e contratem o que o plantel precisa e que vai precisar e continuem querendo que a nossa torcida aguente por mais tempo. Chega, mudanças já!

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