BAC
Um Blog que tem memória
SEGUINDO NOSSA PROPOSTA seguimos republicando a seção ” há oito anos atrás”.
Vamos republicar nas terças-feiras e nos domingos durante os meses de janeiro e fevereiro as postagens publicadas naquele período.
Quando o Cardeal Richelieu era o Regente da França, no século XVII, a Bastilha, uma construção que originalmente era para ser um portal de entrada de um bairro de Paris, virou uma prisão. E nessa antecessora francesa de Bangu I, no reinado de Luis XIV, aquele camarada modesto que costumava dizer singelamente “O Sol sou Eu”, chegou nessa prisão um hóspede diferente: seu rosto era totalmente coberto por uma máscara aveludada, presa a um “colarinho” de ferro que impedia a sua remoção sem auxílio de outra pessoa. Obviamente a curiosidade de todos foi aguçada em torno do novo prisioneiro que, com movimentos ágeis e requintados, parecia advir da nobreza.
O “Máscara de ferro”, alcunha dada ao cidadão que não tinha rosto era mantido longe de tudo e de todos na maior parte do tempo. Procedimentos novos na segurança da prisão foram aplicados por causa da sua presença.
O mistério da identidade desse prisioneiro perdurou por anos – e ao menos para alguns – até hoje. Anos mais tarde o “mascarado” foi transferido para uma prisão no Mediterrâneo, sempre com uma segurança digna de traficante sendo levado para interrogatório no Fórum, e veio oficialmente a falecer em novembro de 1703.
Ele morreu, a lenda perdura até hoje com relação a sua identidade, e séculos mais tarde no mundo futebolístico, a expressão “mascarado” lembra aquele requintado prisioneiro da Bastilha da Eminência Parda francesa, na forma de um jogador marrento: aquele que ginga, sacoleja ou, na espécie mais comum: aquele que simplesmente se faz de morto em um mundo que ele pensa girar em torno do rico (e bota rico nisso !) umbiguinho dele, e ignora, solenemente, os mortais que lhe imploram um segundo da sua valiosa atenção.
Os exemplares do gênero ganharam até uma música na década de 90: A “Pensamento verde” do Grupo molejo ( Pagode do tempo em que ainda não era tão moda assim gostar de pagode), falava sobre uma garota que “ se achava a tal” e vivia perdida no mundinho abstrato dela.
E não é que, estando em Bento no último final de semana, acompanhando a pré-temporada do nosso INTER dei de cara com um exemplar digno da espécie? A despeito de praticamente todo o nosso Time ser composto de atletas solícitos com a nossa torcida, o fulano em questão parece ignorar a regrinha básica e, dentro do mundinho dele, ignora pedidos de autógrafos, atende com muita, mas muita má vontade posa para fotos e fundamentalmente: IGNORA a torcida. E, pior, gente amiga. Não era de homens sem noção que já chegam puxando papo sobre táticas de jogo e terminam dando conselhos ao jogador. Os pedidos vinham de crianças. Garotos que estavam ali para simplesmente ter um autógrafo do ídolo (sim, seu Fulano, eles GOSTAM de você e, pelo menos o meu filho, passou a viagem de Porto Alegre a Bento não falando em outra coisa que não fosse que ia te pedir um autógrafo e uma foto ao teu lado).
A primeira oportunidade foi no saguão do Hotel: saída para o treino, alguns torcedores-hóspedes reunidos, e ele aparece no meio dos jogadores e cruza tranquilamente entre os torcedores. Ninguém o para. Mas ao chegar em nossa frente, o Richard, meu filho, do alto da sua timidez me olha e pede: “ pede um autógrafo na minha bandeira”. Prontamente eu estendi a mão ao seu Fulano e pedi: “Fulano, podia assinar a bandeira dele ?” E apontei para o Richard, com os olhos brilhando na frente dele. E aí, moçada, veio a resposta:
“Agora não posso. Estou indo treinar”.
E saiu caminhando em direção ao ônibus da delegação. Na verdade, apesar da surpresa, eu não respondi nada para ele porque fiquei em dúvida do que falar. Poderia ser algo do tipo: “Sério? Então vai ligeiro e aproveita para pegar lugar no ônibus, porque os teus colegas estão todos entretidos dando autógrafos atrás de ti”. Acabei não respondendo nada porque vi que ia ter que inventar uma desculpa qualquer para um guri de 8 anos, que estava prestes a fazer o que ele rotineiramente faz quando o INTER perde: chorar. Só que desta vez de decepção.
Mas vocês sabem como são as crianças…. teimosas. E lá se foi o Richard atrás dele novamente, agora esperando na porta do saguão do almoço. Enquanto ele esperava, aproveitou para tirar fotos e receber autógrafos com uns desconhecidos que chegavam por ali:
um tal de Clemer…
um que chamam de Índio….
parece que tinha outro que o nome era Fabiano Eller.
Todos eles atendiam tão bem as crianças e adultos que estavam ali (o Clemer tirou mais de dez fotos!) que logo imaginei: estes devem ser jogadores novatos querendo “ganhar a torcida”. Fazer um grau. Imagina se eles fossem Campeões Mundiais da FiFA… acho que iam chegar de liteira.
E logo a seguir quem aparece?
O seu Fulano. “ Oi, Fulano ! me dá um autógrafo?”, pedem o Richard e outro menino. E o fulano, de bate-pronto: “Agora não. Estou indo almoçar”. E saiu em busca do pratinho de massa dele.
Sim. Foi isso mesmo que vocês leram. Ele NEGOU o autógrafo aos dois meninos. Este fato foi testemunhado por diversas pessoas. Todas SÓCIAS do Inter. Todas tinham PAGO para se hospedar no hotel e estar ali, todas esperançosas de uma campanha vitoriosa em 2010. Aliás, toda essa gente ajuda a PAGAR o rico ordenadinho dele, ao religiosamente pagar a mensalidade do Clube. E, se ninguém avisou a este moço, eu aviso: meu velho, tu és uma figura PÚBLICA. Tem crianças que gostam de ti. Se tu ainda fosse um jogador de destaque, ainda tinha motivo (infeliz, mas pelo menos tinha ) para vestir a máscara do Luis XIV. Mas nem isso tu és. Na minha opinião tu acabou entrando no time porque era o menos pior e, até nisso, há controvérsias.
Eu amo o INTER. Eu acho que nunca o INTER foi tão bem administrado como é atualmente. O Time tem TUDO para arrebentar em 2010. Eu nunca vaiei o meu time. E NUNCA vou vaiar. Quando tu, Fulano, entrares em campo eu vou aplaudir e torcer pelo sucesso do jogador. Eu vou torcer pelo INTER.
Mas sabe o Falcão, o Valdomiro, o Fernandão, o Iarley, o Larry, o Taffarel, o Sóbis…. e tantos outros deste quilate? Pois é. Tu estás bem longe dessa galeria.
O dia que tu fores embora vais acabar sendo “mais um” que jogou na posição que tu jogas. Mais ou menos como o Molejo dizia para a Garota Pensamento Verde (CLIQUE PARA OUVIR):
Sabe quem perguntou por você?
Ninguém !
Um dos parças aqui questionou se não é um argentino, se for já é reinscidente nesses casos, gerando inclusive uma reportagem no globo esporte. Sempre fui contra essa de esperar boleiro de madrugada em aeroporto, ir á hotel ou no estádio onde eles descem do onibus com aqueles fones de ouvidos enormes parecem um topojijo (acho que é assim) mascando chiclete de boca aberta parecem aqueles …da NBA que se acham até um peido deles é motivo de louvação; O CULPADO SIM É O TORCEDOR, A IMPRENSA, OS DIRETORES DOS CLUBES QUE PAGAM FORTUNAS PRA UM CARA QUE NA MAIORIA DAS VEZES SÃO SEMI-ANALFABETOS (a cirança, pensa pra que estudar??) POR endeusar ESTES CARAS QUE GANHAM NUM ANO O QUE LEVAMOS DUAS VIDAS TRABALHANDO PRA GANHAR. Claro cada um faz da vida o que quer, mas ficar correndo atras de HOMEM??? Há mas tem as crianças que não entendem, ENTENDEM SIM tenho dois um de dez e outro mais velho de 16, e sempre falo á eles, sejam mais cheios que eleskkkkkk não deem bola, POIS O DIA QUE A IMPRENSA, TORCEDOR, E OUTROS DEIXAREM ELES DE LADO, ELES IRÃO VIR ATRÁS, POIS PRA MUITOS DELES A VAIDADE FALA MUITO MAIS ALTO.E a coisa começa cedo desde a base, já tem jogador que se acha, nem sabe o que vai ocorrer depois mas já se acha. MUDANDO DE ASSUNTO: Peguei mal a reportagem do globo esporte de sabado ou o Dalessandro não vai ficar no inter??
Alô você Vanderlei!
Não li nada a respeito de movimentação do D’Alessandro. Foi matéria do Globo esporte,e´?
Oi Vanderlei, suspeito que o mascarado referido pelo Puerta seja o Alecsandro, atual reserva do Palmeiras. Ele próprio disse em entrevista no final de 2010, logo após o mundial, que quando ele chegou ao Inter em 2009 foi taxado de mascarado e arrogante. Mas que ele era gente boa.
Fonte de pesquisa – IG Esportes Repórter Marcel Rizzo 16/12/2010
Caramba meu véio!!!
Adorei tua escrita!
Ao mesmo tempo fiquei muito triste em ler fatos de um jogador do nosso amado INTER. Que situação!!!!
De fato, o fulano desceu muito no meu conceito de torcedora.
Mas parabéns pelo realto…..escreve mais aqui…..
Beijos
Amigo Puerta!
O Marcelo Jr. ontem a tarde foi indagado por um torcedor colorado durante o jogo num bar de Balneário Camboriu com a seguinte pergunta:
– Ô gurí! Tu tens a assinatura de todos os jogadores aí nessa camiseta? Até do Fossati cara?
Ao que o gurí prontamente respondeu:
– Não tio! Eu peguei de quase todos! Faltou só a assinatura do Fulano porque toda a vez que eu pedí lá no hotel ele se negou!!… Eu gostava dele, mas agora não gosto mais…
Pois é… criança não esqueçe esse tipo de decepção…
E se ainda tivesse um mundão de gente alí naquela hora, né?? Mas não!!! Eram só duas crianças !!!
Ele gostava dele… agora não gosta mais…
Vou tentar fazer com que o meu filho não associe a imagem do truculento com a imagem que ele tem do INTER! Vou conseguir, pois como disse o nosso amigo Nolci: O INTER NÃO É ASSIM !!!
Uma dica… seria um argentino? Hã?
Puerta
Eu sempre tive a certeza de que um dia o meu time iria chegar no patamar que está, estamos num patamar elevado e nossa torcida tem um comportamento exemplar, se não somos a torcida mais guerreira do mundo, somos a mais fiel com certeza, senão eu e muitos outros da minha idade não teriamos aguentado tu que a gente aguentou até chegar onde estamos, disputando títulos todos os anos. Agora para esse cara, eu falo o seguinte respeita o manto que tu veste e a torcida que paga teu salário todo o mês, sim a torcida, pois se ele não sabe somos mais de 100.000 sócios e se ele jogar mal e não tiver renda nos jogos por causa disso, somos nós que vamos pagar o seu salário. Torço para que ele vá muito bem na libertadores e que termine o ano como melhor em sua posição, mas torço também para que ele leia tudo isso que está escrito aqui e ponha a mão na consciencia. Sei que não é facil atender a todos, mas negar um autografo a um menino é muito cruel.
Mascara de ferro, pense bem nos que estás fazendo!
Gostei muito do interesse da Nação Colorada neste assunto. Em primeiro lugar, quero dizer que entendo a Direção e até os jogadores, que querem separar a parte do treinamento, dos momentos em que eles querem sua privacidade (lembrem-se que estão longe de seus familiares) e dos momentos de tietagem. Eles são seres humanos. Agora, o que não se concebe é a falta de senso de parceria, de idolatria que eles não podem deixar de assumir. Afinal, fazem parte do Clube do Povo, Campeão Mundial FIFA. Posso garantir para ele (que sinceramente, foi o único com eswte procedimento, que eu vi) que o momento de hoje, 100% dos Colorados pedindo fotos e autógrafos, é bem melhor do que o que ocorria nos anos 80 e 90. Somos uma torcida diferente de muitas do resto do Brasil, que invadem vestiários, locais de treino, que perseguem jogadores na rua, etc… Somos uma torcida apaixonada pelo clube. Este MASCARADO não nasceu aqui, não tem nas veias o amor pelo clube, não entende o que se passa nestes pagos. Por isto age assim. Que pena que ele não viveu os terríveis anos 80 como jogador. Este merecia ser esperado no Portão 8. Gostaria de vê-lo passando naquela arrogância com que passou por dois meninos de 8 anos, com uma bandeira e uma caneta na mão, pedindo um autógrafo. Nos velhos anos do Portão 8 ele levaria um bofetão na orelha para nunca esquecer que aqui tem que jogar pela vida, amar a camisa que veste e, principalmente, respeitar a torcida, que lhe aplaude e paga seu salário.
Sem o nome do mascarado não da. Tem que lembrar para esses mascarados que o INTER é conhecido com clube do povo.
A única coisa que seu posso exige é dedicação e carinho com sua torcida, à maior do Rio Grande.
Nelson e Renato,
Obrigado pelos comentários.
Na realidade o objetivo do post não é virar a torcida contra um determinado jogador. A Internet pode ser avassaladora em casos como esse, propagando uma antipatia coletiva pelo atleta que, certamente refletiria dentro de campo.
Não tenho este objetivo. Não pelo jogador, mas PELO INTER. Se o atleta for mal, o INTER vai mal e isso não quero jamais.
O cara, pelo que pude notar e ver pelos comentários do Nolci e do Mauricio que o viram no jantar festivo de ontem, realmente é uma “máscara” só.
Mas, como eu disse, vai passar.
Se Deus quiser logo ele fará parte das lembranças ruins que já pisaram no relvado sagrado do Gigante erguido a Beira do Rio.
Abraços !
Puerta
Ps. Se realmente quiserem saber o nome do cidadão, enviem um e-mail para o blog (arquibancadacolorada@terra.com.br) que eu falo, sem problemas.
Pessoal, acho que a idéia não é dar “nomes aos bois”, depois a torcida fica contra, pega no pé e o jogador se abala. Se o cara é estrela fora do campo e dentro faz bem o seu papel, aí se releva. Agora se ele não fizer os dois, aí a coisa fica feia.
Vamos deixar assim e ver se a tal estrela, acende realmente para o mundo.
MAS COLOCA O NOME DO “MASCARA DE FERRO”!!!! Acho que isso precisa ser divulgado para todosos colorados, ai tenho a certeza que ele sabendo vai mudar de atitudes.
MAS COLOCA O NOME DO “MASCARA DE FERRO”!!!!
Testemunhas não faltaram Puerta!
Mas…Não existe só um exemplar no grupo…
Tem outros, observei isso no domingo quando havia menor número de pessoas no saguão do hotel.
Olhando imagens feitas pela imprensa na associação geremia se nota que o comportamento tem sido atencioso com todos.
O que reforça sua tese!
Longe dos “holofotes” mostram quem realmente são!
Direção poderia, ou até deveria avisar esse povo, que atender assédio da torcida faz parte do “jogo”!!!
é uma infelicidade ter que ler isto e o pior é ser testemunha. Ontem, numa janta em Bento Gonçalves não foi diferente o tal do Luis XV, mas talvez esse seja mais um motivo de a torcida colocá-lo em dúvida qto a sua titularidade. Qto ao teu menino, diz pra ele que ainda há tempo suficiente para se espelhar em outro ídolo e que naquela posição, parece estar retornando.
Belo texto… porém não surtirá efeitos se não der nome aos bois.
Se não queres dizer de forma direta, mencione algo que possa direcioná-lo… Seria prudente.
Estou em Bento, onde vim participar do jantar do clube, com participação dos jogadores e Diretoria. Pois a fato se repetiu e o fulano, ou dava autógrafos sentado, ou levantava, num esforço tremendo…..com aquele sorriso “natural”. Vou conversar com alguns Diretores para saber se ele é tímido ou babaca.
PS: VOU CONTINUAR TORCENDOR PARA O JOGADOR, APLAUDINDO-O, MAS COMO PESSOA, ZERO…….