A campanha da Libertadores 2011

A vitória contra o Jaguares trouxe algumas consequências diretas para o contexto Colorado. Além da liderança no seu grupo, o resultado anima a torcida e dá uma tranquilidade para o grupo de jogadores. Para o técnico Celso Roth, o resultado pode significar um pouco menos de pressão. A situação do treinador, no entanto, não se resume a este jogo ou a esta condição momentânea. Não podemos desconsiderar a fragilidade de nossos adversários na primeira fase da competição. É claro que ao enfrentar times fracos a receita é vencer e, se possível, fazer saldo. Foi o que fizemos contra o Jaguares.

Aparentemente, as mudanças promovidas pela Direção ficarão restritas à desmontagem do INTER B, o que deve ser enaltecido. Temos um grupo principal que tem condições e deve ser utilizado nas competições menores como o Gauchão, fazendo-se as mesclas necessárias com titulares e reservas e dando oportunidades aos reservas imediatos. Quanto à mudança no comando técnico que considero fundamental para nossa evolução na Libertadores e na temporada como um todo, parece que isso não ocorrerá. A Direção já vinha respaldando o trabalho do Roth mesmo depois do fracasso em Abu Dhabi e agora com a situação favorável na Libertadores, ele (Roth), deverá ser mantido.

De positivo, além é claro da vitória que sempre deve ser valorizada, vi o Leandro Damião seguir se firmando como nosso centroavante, embora o técnico tenha prejudicado sua atuação retirando-o em boa parte do jogo da área adversária, zona do campo onde o Damião é mais efetivo e ameaçador aos nossos oponentes. Gostei também da personalidade do Oscar. Parece mesmo que sua passagem pela seleção e a conquista do título Sulamericano deram mais confiança ao jovem jogador. Voltando ao Damião, quero elogiar também seu amadurecimento e sua postura ao ser substituído pelo treinador. Percebendo a impaciência e a irritação de parte da torcida não apenas com sua substituição, mas também pelo conjunto da obra do trabalho do técnico, Damião pediu de forma RESPEITOSA à torcida que não vaiasse até em respeito ao colega que estava entrando em campo.

Teremos agora alguns dias de preparação e talvez de reconsideração do treinador em relação às suas próprias convicções. Isso pode acontecer, mesmo que seja improvável, por questão de sobrevivência dele no comando da equipe. Vamos ver o que acontece de agora em diante e torcer para que as decisões que forem tomadas sejam as mais inspiradas possíveis, pois sempre queremos o melhor para o nosso SPORT CLUB INTERNACIONAL.

Luciano Fonseca – Esteio/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é o verdadeiro Campeão de TUDO!

5 thoughts on “A campanha da Libertadores 2011

  1. Simone, em parte concordo contigo, mas também no Damião uma atitude que me pareceu transcender um pouco a questão do técnico. Eu critico a direção por ter mantido o Roth, mas penso também que alguns jogadores (vários campeões da américa e outros ainda não) possam estar querendo dizer: “tudo bem pessoal, podemos até não gostar de nosso chefe, mas queremos o melhor para nós e para o nosso Clube”…Então eu me esforcei para ver na atitude do L. Damião quase que um apelo…”vocês estão certos, mas acreditem em nós…”. Vou tentar pensar assim e esperar que o nosso VP Siegmann não vacile e não deixe o Roth decidir somente a seu modo.

  2. Observando os últimos comentários dos colegas, tudo se restringe à Comissão Técnica, mais precisamente a Celso Roth.
    Em primeiro lugar, gostei da atitude do Diretor de Futebol, Seligmann, quanto à limpeza promovida no INTER B. Numa entrevista sua deixou registrado mais ou menos o seguinte: Perder é do jogo, mas não sem dedicação e de forma vergonhosa como aconteceu no sábado.
    Para mim deixou claro um recado, e só não tomou a mesma posição em relação ao técnico do time principal após o fracasso no Mundial, em respeito a Fernando Carvalho, uma vez que, quando assumiu com Luigi em janeiro, Celso Roth já tinha seu contrato renovado pelo citado Diretor.
    Entretanto, por ser um homem de convicções e determinação (nos últimos 20 anos quem teve a ousadia de fazer o que ele fez?), é só o Roth titubear vai em frente. Acho que não vai esperar o fracasso. Quando sentir que a coisa não vai endireitar, toma providências em tempo.
    Acho que Roth já entendeu o recado, embora com alguns equívocos táticos e substituições, contra o Jaguares ele colocou em campo todos os melhores jogadores do INTER, que estavam em condições físicas de jogar. É claro que algumas posições de hoje titularidade (Indio e Mathias) deverão ser reavaliadas e, se for o caso, substituídas no futuro.
    É meu pensamento.

  3. O Damião é a síntese do bom mocismo. Pediu pra não vaiarem o Roth…lógico…sua próxima escalação vai depender dele. No Inter ultimamente não bastar bom futebol… tomara que o Roth coloque logo o time mais coerente e (NA SUA OPINIÃO) menos “equilibrado”. Temos a volta o Bolivar,Sóbis,Rodrigo,Oscar e Tinga. Todos para serem utilizados. Por favor, Guina de meia e Damião de ponta não….

  4. Olá Luciano!
    Acho que a atitude do Damião é uma amotra que ele quis dizer “Hein, estamos todos juntos nesta mesma barca, vamos nos unir. Juntos somos mais fortes”. Eu não aprovo algumas atitudes do Roth, que em alguns momentos por mais malucar que podem parecer, dão certo e em outros não, mas é ele quem irá nos representar, não temos outro. Ninguém entrar para perder, busca sempre acertar, desta forma a torcida tinha que unir e dar um apoio, pois vencer de 3X0 e vaiar é que não se pode fazer.

    Grande abraço

  5. Alô você, Luciano!
    De seu rico texto me permita pinçar duas observações que entendo serem serem as de maior significado não só para o presente como para um futuro muito próximo. Fostes muito feliz em observar as atitudes de Damião e Oscar que parecem estar dizendo: Alô, cheguei para ficar e fazer história. Esse tipo de atitude é fundamental para o sucesso individual e coletivo.
    Muito bem sacado!

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