E lá fomos nós. O Arquibancada Colorada arrumou as malas, e partiu em direção a linda Lajeado. Um “ice box” com muita água e refri. Muita conversa boa, Quiz Colorado premiado com brindes patrocinados pelo consulado de Natal-RN e por consequência pelo nosso Blogueiro Celso Gollo, fizeram parte de nossa viajem. Para culminar uma recepção dada pelos nossos amigos daquela terra. Que recepção, que recepção mas esse assunto será abordado em outro Post.
Tem razão o Lajeadense em fazer outro estádio, ou melhor fazer um estádio. Só não consigo entender como a FGF autoriza jogos, lá e como a Brigada Militar consegue achar defeito no Beira-Rio depois do que vi naquele estádio que destoa da Cidade, “Meeeeeuu Deeeeeuuuus“, mas isso é papo para outro momento. Na saída de bola houve um lançamento do Juan para o lado direito de ataque do Inter, o lateral esquerdo Baroni e lateral do Inter, Daniel foram com um apetite tal que não restou dúvidas de que iríamos ver um autêntico jogo de Gauchão. Faca nos dentes, bola dividida, refregas, tempestades, raios, trovões e um árbitro sem talento para mediar à contenda. Deu no que deu, 1 x1 de bom tamanho.
Lauro a meu ver claudicou no lance do gol junto com o miolo de zaga. Depois, ainda no primeiro tempo fez jogada daquela que nenhum apreciador de futebol gosta. Saiu numa bola alta, se arrependeu no meio do caminho e voltou ao gol. Daniel talvez tenha feito uma de suas melhores partidas no Inter, seguro na defesa (especialmente no primeiro tempo) e participativo no campo ofensivo em especial no segundo tempo onde andou até arriscando incursões pela área adversária e numa dessas infiltrando pelo meio, recebeu um lançamento, evitou o goleiro e “tirou tinta do poste direito”, quase marcando o gol de desempate. Do outro lado, outra vez Juan não foi bem. Seu cacote e zagueiro faz com que feche para meio da área quando o adversário tem a bola. Isso deu um vasto espaço para Capixaba e Gabriel, trabalharem bem abertos, produzindo situações de aperto para o Inter. Foi numa dessas que Matias foi em seu socorro, mas antes que pudesse intervir, Juan já havia cometido (cometeu?) a falta que originou o gol de empate do Lajeadense. No miolo da zaga uma fraca atuação de Rodrigo, mas mesmo assim muito acima de seu companheiro, o General Bolívar. Este, chegou muitas vezes atrazado e permitiu em algumas oportunidades que os avantes azuis e branco se antecipassem para os arremates, especialmente os pelo alto como no gol de empate.
No meio quem salvou a pensão dos volantes foi W.Matias, ajudou Daniel a fechar a porteira por lá e ainda teve uma saída qualificada com os meias. Bolatti, ao contrário parece ter sentido a ausência de jogos com o grupo. Excessivamente lento e com pouca clareza na leitura do jogo para a distribuição na hora de sair de traz. Parece que escolhia o lado errado, o mais congestionado e não raro se perdeu nos lançamentos. Oscar fez um primeiro tempo admirável tabelando ,driblando, infiltrando, servindo e arrematando.
No segundo tempo vinha bem até que teve um erro básico ao ficar de costas para o zageiro T. Salete, permitindo que esse, ante a complascência do árbitro o agredisse à altura dos quadris lhe alijando da “peleja”. D’Alle correu, lutou foi bravo, andou até exagerando nas ponderações ao árbitro (quando é que o time do Inter vai em massa fazer “ponderações” ao árbitro) e já que ninguém mais reclama vai ficando visado. Zé Roberto esteve rasoavelmente bem, contribuindo para a parte defensiva do lado direito e dando o flanco para que Daniel apoiasse. Depois que saiu o Inter muito pouco produziu ofensivamente. Andrezinho, que entrou em lugar do Oscar está sem confiança. Teve duas oportunidades para arrematar ao seu estilo e parece que faltou confiança. Sobis entrou em lugar de Zé e além de um perigoso arremate, mais nada fez. Quanto a Damião o que dizer? Já é sinônimo de gol. Quando tem um cuidado especial com ele, ele faz um gol. Caso não tenham o devido cuidado…
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO
Bela análise do jogo, Paulo!
Diferentemente de ti, não concordo que o empate tenha sido um bom resultado, o Inter tem de atropelar – ao menos vencer – estes times menores; e são vários empates em sequencia, inclusive no Gigante.
Os teus esclarecimentos me lembraram daquele terceiro gol do Caxias, quando o Lauro se abaixou – escolheu o canto. Mas acredito que devemos depositar confiança nele, pois na Libertadores vem bem. Ele tem altura e experiência.
O Daniel está jogando mais que o Nei.
O Bolívar, para mim, já deu o que tinha de dar, desde o segundo semestre do ano passado. Ele não tem mais paixão e ânimo de jogar bola. Lembro-me de jogos no brasileiro: o Inter fazia gols e ele – O CAPITÃO – sequer comemorava. Mas temos de ter o respeito pelo que ele já fez.
Não gosto de contratações de ex-jogadores do Porto-Alegrense, que nem esse Rodrigo, que já nos tirou até título estadual (eu valorizo o Gauchão).
O W. Mathias e o Zé Roberto (mesmo como atacante) vejo como jogadores mais de contenção, têm pouca habilidade. O Zé Roberto – em alusão ao Abel Braga e o Michel -é o Michel do Celso Roth.
Enfim, o Inter deveria jogar mais e mais, para pegarem ritmo e entrosamento; quanto mais o time jogar junto, melhor. Só que o Roth tem definir quem é que vai jogar. Não gosto da opção Zé Roberto.
Esse negócio de o D’Alessandro, pela imprensa, falar que não vai marcar, não gostei nem um pouquinho. É indisciplina do genial argentino.
O jovem e veloz Taison faz falta.
Abraço grande dos Colorados de Minas. Espero que amanhã o Colorado conquiste os 3 pontos no México, na busca de ficar entre os primeiros na classificação geral e poder decidir sempre o segundo jogo em casa.
Rogério
Cônsul em Belo Horizonte – MG
Alô você, Antonio !
Dos tópicos abordados por ti, me preocupa sobremaneira o PADRÃO DE JOGO. Os comentários que tenho feito são em cima das atuações individuais porque acredito muito que quando o coletivo vai bem as individualidades aparecem, e quando um grupo é qualificado (penso que o do Inter o é), podem em determinados momentos, suprir a falta de padrão.O que não pode acontecer é esse tal padrão demorar a surgir.Esse no meu entenimento é o “algo” que está faltando. Estamos em sintonia.
SC
Sinceramente, volto a me posicionar, pois não é factóide acreditar que o nosso INTER é uma amontoado de excelentes jogadores (há quanto tempo?), sem um padrão de jogo definido e cada um querendo resolver, a seu modo, as dificuldades encontradas. A importância da presença na Libertadores, as colocações sempre invejosas e maldosas dos “representantes” de nosso eterno e infeliz rival e as más arbitragens, não podem servir de pretexto para a falta de qualidade das últimas apresentações. Não consigo ver um padrão de jogo, mas é inegável que existe um esforço de todos os jogadores em tentar resolver dentro das suas capacidades individuais. Não sou contra nenhum treinador, mas acredito que a capacidade de “fazer acontecer” de um treinador é importante para melhores resultados de um clube da importãncia do nosso INTER. O nosso INTER não pode ser bom “só no papel”… Continuo acreditando que “algo” está faltando e não quero perder mais nenhum título por inacapacidade corrigível.
Lamentável…
Me senti muito mal por lá, pela falta de segurança, pela maneira com que fomos tratados no final do jogo com as luzes apagadas na saída da torcida do Inter, pela violência que nosso menino Oscar sofreu, pelo fato de terem desrespeitado os atletas cortando a água e a luz do vestiário.
Mas tudo bem, seguimos em frente! Em nossos 102 anos de existência, nada foi fácil…
Alô você, Lu!
É muito bom a maior quantidade possivel de pessoas se manifestarem a respeito. Temos que cobrar o que o Estatuto do torcedor tem a nosso favor. Normalmente ele tem sido usado só pra nos punir.
SC
Melo, a gente olha o Ínter, nessas partidas do Gauchão, no interior, e acha que o time não tá legal, mas, como exigir que o time jogue às ganhas quando os boleiros sabem que o árbitro será um desqualificado, como esse? Os caras não se arriscarão a ficarem de fora da LA se sabem, de antemão, que o “borrado” não coibirá a “ignorância” da perebagem?
O nosso parâmetro deve, por enquanto, ser a LA, e, dentro do possível, devemos aceitar que o Gauchão, nos moldes em que o Noveletto e a “sua” FZGF (Federação Zequinha Gaúcha de Futebol), é um mal necessário.
“Inciclopédia” é brabo, né Melo? Foi mal. Ainda tô meio de cara com o acontecido! Abração e desculpe a falha!
Alô você, Fábio!
Está tudo certo, observação do segundo comentário não foi entendida.
SC
Grande Melo! Mais uma vez dando uma aula de análise tática! Quase que uma enciclopédia!
Débora, esse comentarista é de uma rádio de Encantado onde nem time de futebol tem! Não considera, por favor!
Abraços!
Hehehehe… valeu pela informação Fábio. Mas que revoltou aquele comentário, ah me revoltou! 😉
Com certeza Débora!
Esqueci de comentar… o melhor do jogo foi Damião ter voltado a marcar, sinal que não ter anotado na seleção, não bloqueou o nosso craque. Ele está em tão grande fase que a bola procura por ele, bate nele e entre. Foi uma judiaria não ter conseguido marcar aquele gol que driblou o goleiro e o zagueiro tirou.
Mas tudo bem… pelo menos nosso Damigol continua no caminho das redes e da artilharia.
Bah, que jogo aquele… pior que a várzea que tivemos que enfrentar para assistir ao jogo, foi ter que ouvir na rádio local (Rádio Encanto – 100.1) o comentarista esportivo (Danto, Dantro, ou Danton??) falar que o lance que tirou o Oscar de campo não foi falta e que ele só caiu pq é magrinho, com pouco corpo. A pérola seguinte “Gauchão é pegado, a chegada é muito mais forte que no Beira-Rio”… me abana, quase morri quando ouvi um sujeito desse tipo falar isso. Ou ele acha que Gauchão é mais pegado que Libertadores? Que campeonato Mundial???
O pior de tudo é que pessoas desse tipo tem um “canhão” na mão conduzindo a opinião pública. Depois da batida no Oscar ele teve que ser substituído, mas não foi falta. Pois é, que dureza!!!
Vamos ver se em uma próxima aventura pelo Interior tenhamos mais sorte, nos dois sentidos, dentro e fora de campo, hehehe.