O título é um pouco provocativo, mas é a síntese de minha opinião. Vou ser repetitivo ao falar do sonho de cada Colorado(a) em ver nosso Clube novamente campeão brasileiro. Não sou muito de ficar mirando somente a vaga na Libertadores. Aliás, nem fico cogitando isso, quero mesmo é ser campeão. Mas confesso que a mentalidade da maioria dos Clubes é mesmo a vaga no maior torneio da América.
Isso, a meu ver, retira um pouco do ímpeto dos times. Em nosso caso, temos que tentar vislumbrar as expectativas para o INTERNACIONAL. Cada vez mais a matemática para o título está nos afastando da real chance de conquistá-lo. Eu sei que muitos (inclusive eu) irão pensar “ah, mas o campeonato está em aberto”. É verdade, mas o desempenho, aquela arrancada necessária não está acontecendo. Falta algo mais, faltou isso a temporada toda. Onde? Cada um terá a sua opinião. Demoramos muito para encorpar como equipe. Oscilações, alternâncias no comando técnico, jogadores contestados, outros “desaparecidos” como o caso do João Paulo. Esse caso do João Paulo está muito parecido com o tratamento dado ao Leandro Damião no ano de 2010 pelo incompetente do Juarez Roth. Ele entrava, fazia gols, mostrava algumas boas qualidades, mas o “técnico” dizia “não importa, o meu titular é o Alecsandro” – sem comentários.
Agora, em 2011, o João Paulo surgiu como boa alternativa, não solução. Foi bem na Copa Audi, isso foi reconhecido pelos próprios dirigentes e pela então comissão técnica. Agora, o rapaz nem viaja com a equipe. Com a lesão do Damião, ficamos com menos opções ainda para o ataque e nenhuma sequer perto de repor ao menos em parte a qualidade do nosso goleador. O algo mais que me refiro está aí também. Entramos para uma disputa duríssima como o Brasileirão com escassas opções ofensivas. Demoramos muito para começar a acertar a defesa que ainda não está confiável.
Entre acertos e desacertos, o que me alenta nesta fase em que estamos é que o time não está apático, estamos tentando vencer os jogos, mesmo fora de casa. Mas, como entitulado acima falta algo mais. Vamos assim mesmo, fazer o melhor até o final do campeonato. Antes de tudo está nossa história, nossa tradição, nossa condição de Clube mais vitorioso do Brasil nos últimos anos. Isso pode contar muito até o final, temos que nos impor também pela camisa. Somos, afinal, o 1º colocado no Ranking da Conmebol, isso não é pouca coisa.
Luciano Fonseca – Esteio/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é o verdadeiro Campeão de TUDO!
Claudio, venho defendendo essa postura observada com propriedade por você desde o ano passado, quando tínhamos jogadores como Alecsandro, Edu, Wilson Matias, entre outros. Esses jogadores não davam retorno em campo, consumiam recursos do Clube e o pior de tudo é que barravam a ascensão dos jogadores da base e outros prospectados em outras equipes. Ainda estamos sofrendo isso…Não suporto a tal da ” FILA ” onde alguns medalhões e outros nem tanto assim, mas com contra-cheque superior continuam sempre merecendo as oportunidades. Estamos ainda com o Matias no grupo e o recém contratado Sandro Silva (???). Sei que algumas contratações vêm em contrapeso de investimentos de empresários, mas tem como diminuir isso ou até eliminar essa prática nociva aos interesses do Clube. De tanto falarmos, no jogo contra o Galo o João Paulo pelo menos figurou no banco. Vamos ver se o Dorival ache uma forma de utilizar o garoto e pare com a insistência no Delatorre, pelo amor de Deus!
Débora eu respondo inicialmente com aquele nosso tradicional ” Bahhh ” mas um ” Bahhh ” de “e agora, como vamos melhorar com esses jogadores?”. Continuo achando que o Delatorre está apavorado com as chances que está recebendo. Não está pronto, a bola está queimando nos pés do garoto. Teve duas chances, a primeira foi mais clara ainda, de matar o jogo e demonstrou todo o seu despreparo para estar no profissional. Sobre o Jô, bom, nós vimos algumas jogadas bem do tipo “bola murcha” mas pela decisão de quem o contratou e o redescobriu para o futebol brasileiro é o que teremos pelas próximas semanas e rodadas. Resta ao Dorival ainda tentar nos treinamentos trabalhar o posicionamento dele e ver no que dá. Fortes emoções mesmo. Uma pena que na reta final onde a exigência será bem maior estamos chegando sem aquele ALGO MAIS…
Luciano, depois do jogo de hoje, o que você me diz sobre o nosso ataque??? Vencemos e isso é o que mais importa, mas vejo momentos de muuuitas emoções sem o Damião. Vamos que vamos e oremos que o Jô e o Delatorre desencantem! 🙂
Abraço
Luciano:
O seu texto traz um sentimento sobre o que está faltando para nós reconquistar o Brasileiro, que é um campeonato díficil. O algo a mais necessário está fora do campo de jogo e a justificativa está relacionada com as diversas mudanças e as formas como elas foram feitas no Departamento de Futebol neste ano. Os dois títulos conquitados este ano são méritos desta direção, mas por outro lado a falta de uma filosofia de futebol tem nos prejudicado na hora de alçarmos vôos mais alto, pois nenhum clube que busca grandes conquistas muda tanto em tão pouco tempo.
Começamos pelo técnico até acertar com um bom profissional como o Dorival Junior passamos por outros três, que deixaram pouco legado, sem aprofundar muito para não ter que falar do primeiro que apesar de ter conquistado no ano passado o Bi da Libertadores depois afundou e quando saiu deixou a casa totalmente desarrumada. Fora isto mudamos diretor, coordenador técnico, preparador físico entre outros que no final acaba refletindo nos resultados a longo prazo.
A crítica não é nenhum desrepeito com atual direção, pois sei que este grupo que esta na direção também é responsável pelos principais títulos que possuimos, mas algo tem que ser pensado para poder avançar. A minha expectativa como colorado é de ainda ser campeão brasileiro neste ano, mas a vaga na Libertadores do ano que vem é bem mais fácil de alcançar, para isso é só buscar melhorar um pouco mais a campanha, que chegaremos lá. Mas o que estamos precisando é que o clube comece a fazer um planejamento para o próximo ano e quem sabe se estruturar para as temporadas seguintes. Este planejamento deve fundamentalmente passar pelo nosso atual Coordenador Técnico (Fernandão) com o aval da direção, pois ele precisa elaborar uma avalição dos nossos atletas e que começa tentando prever quais os jogadores que serão negociados nas janelas de tranferências, desfazer daqueles que não serão aproveitados que só fazem a folha aumentar, desfazer daqueles atletas que não produzem e acabam sendo escalados, ver quais jogadores da base que podem ser aproveitados para não cairem no esquecimento, analisar futuras contratações e depois em conjunto com as comissões técnicas elaborar um plano que sirva para nortear uma filosofia de futebol para todas categorias de futebol do clube que vão desde da base até o grupo principal e a partir daí fazer um acompanhamento para quando um jogador sair, seja ele por qual for o motivo, o time não venha a sentir. Este modelo é adotado pela maioria dos grandes clubes da Europa e não é só por ter dinheiro, pois na verdade vários estão endividados, e sim por possuir uma cultura que eles empregam no futebol. Quando há necessidade de uma troca de comando, eles procuram profissionais com mesmo perfil e não mudam todo o planejamento como o Inter tem feito a cada mudança de técnico ou dirigente que sai.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Observação: Para elucidar como a estrutura esta errada, se olhar o elenco do Inter no seu grupo principal e nos juniores, de acordo com o site do clube, possuimos 9 (nove) goleiros. Há necessidade para tantos?
Pois é Luciano, realmente o que falta ao nosso Colorado é o “pegar no tranco”, o “algo mais”. Precisamos é de uma sequência de boas vitórias para subirmos e chegarmos de vez na ponta de cima. Ninguém dispara, parece que todo os times fazem força para não ganharem esse Brasileiro e o Inter fica perdendo jogo ganho.
Enfim, mesmo sem o Damigol ainda tenho esperança que podemos melhorar muito na competição.
Grande abraço