POR ADRIANO GARCIA – EL MAGO
O balancé ou gangorra é um equipamento de lazer desportivo infantil, que consiste de uma tábua longa e estreita equilibrada e fixa no seu ponto central usando o princípio da máquina simples alavanca. É conhecido no litoral paranaense, mais precisamente em Paranaguá como catita. Geralmente um balancé está equipado com assentos e manípulos em cada ponta. Duas pessoas de pesos comparáveis sentam-se nas extremidades do balancé e alternadamente impelem-se para cima por flexão dos joelhos, fazendo descer a extremidade oposta.
O equilíbrio é estabelecido quando a soma das forças que agem sobre um corpo é nula. Ele pode ser classificado como estático ou dinâmico. Um corpo está em equilíbrio quando a somatória de todas as forças que atuam sobre ele for nula, ou seja, igual a zero. De acordo com a Primeira Lei de Newton, quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo é nula, o corpo permanece em seu estado de repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Portanto, um objeto em equilíbrio pode estar em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. O equilíbrio pode ser classificado como:
Equilíbrio estático: Quando o objeto está em repouso; Equilíbrio dinâmico: Quando o corpo está em movimento retilíneo uniforme. Além disso, ele pode ser de três tipos: estável, instável ou indiferente.
No equilíbrio estável, quando o corpo realiza um pequeno deslocamento em relação a sua posição de equilíbrio ao ser abandonado, ele retorna à posição inicial. Quando o equilíbrio é instável, ao retirar o objeto da sua posição de equilíbrio, ele tende a se afastar ainda mais dela quando abandonado. No equilíbrio indiferente, ao ser deslocado, o objeto permanece em equilíbrio em uma nova posição.
E no futebol a coisa parece não ser diferente, e evidencia o momento do escrete vermelho sendo como desolador, pois esta por baixo depois de anos por cima. Um time que ainda não se encontrou, que tem problemas, sem um padrão definido de jogo. É uma equipe qualificada; principalmente na sua individualidade, mas que esta longe de ser coesa. O escrete vermelho ainda esta em construção porem agora passa por um reformulação psíquica, porque se mostra abalado e muitas vezes acuado diante das dificuldades. Dizem os sábios que o ideal para a vida é, e sempre sera o equilíbrio. Se a tradicional ‘gangorra’ apontava um ano sofrido para os colorados, o panorama parece não ter se alterado nas ultimas semanas. O equilíbrio tem de se fazer, justamente, compensando a queda para os dois lados, de modo que saber cair nos dois riscos seja a condição para não cair do balancé.
Neste caso acho que o equilíbrio sugerido é emocional, ter equilíbrio para manter a posse de bola, fazer o gol no caso dos atacantes, marcação, chegar a vitória. Este equilíbrio se consegue através de muito treinamento, entrosamento, e acompanhamento psicológico.
Quando uma equipe defende, a recuperação da posse de bola pode ocorrer a qualquer momento. Daí, a equipe que defende, além de estar organizada corretamente para defender e preocupada e pronta para tal, deve estar também apta para reagir logo após recuperar a posse da bola. De que forma? A equipe deve estar preparada mentalmente para o próximo ataque (falo de programação da jogada e não de moralmente pronta). Isto indica que, além da recuperação da bola e a defesa da baliza, os objetivos fundamentais da defesa requerem o envolvimento direto da maior parte dos jogadores da equipa, pelo que a preparação mental do ataque seguinte deve ficar fundamentalmente a cargo dos jogadores que ficam à frente da linha da bola eque não participam nas ações de defesa diretamente.
Saber defender quando se tem a bola. Saber atacar quando se perde a bola. Estas duas frases parecem uma contradição. Mas não são. São, pelo contrário, uma fuga à lógica fácil que o ter ou não ter a bola dita e na qual uma boa equipe nunca deve cair. Em cada momento de jogo, ela deve ter presente os diferentes espaços de fronteira que os separam. Quando mantiver um bom jogo posicional em todos eles, manterá sempre o equilíbrio para os dominar. Refiro-me aqui, porém, ao chamado Equilíbrio dinâmico.
Em tese, equilíbrio traduz-se numa espécie de radar tático que detecta o perigo dos riscos ofensivos assumidos. É o sexto sentido da organização defensiva. É um pensamento que resulta da convicção que será este o momento do jogo mais importante para ditar o que for mais forte na organização defensiva. É essa, desde logo, a base do melhor onde, claro, também entra a transição defensiva, e, por inerência, a sua sustentação proteção ofensiva. Por isso se chamam equilíbrios dinâmicos, visto projetarem momentos subsequentes ou antecedentes. O que o Inter precisa é encontrar o equilíbrio das vitórias.
Prezado Adriano, grande filósofo colorado do BAC
Suas palavras: ” Um time que ainda não se encontrou, que tem problemas, sem um padrão definido de jogo. É uma equipe qualificada, principalmente na sua individualidade, mas está longe de ser coesa. O escrete vermelho está em construção porém agora passa por uma reformulação psíquica, porque se mostra abalado e muitas vezes acuado diante das dificuldades.”
Minhas palavras: Perfeito diagnóstico.
Tenho acompanhado as entrevistas do nosso treinador Guto Ferreira. Ele está bem consciente das dificuldades do Inter principalmente para vencer bloqueios de equipes que vem muito fechadas jogar no Beira-Rio. Que incrivelmente tem sido o nosso ponto fraco. Não por jogarmos em casa mas por encontrarmos muros defensivos sem saber transpô-los. Sabe-se que esta semana foi usada para treinar fundamentos específicos para vencer esses obstáculos. Esse é um primeiro passo, reconhecer as nossas fraquezas e atacá-las frontalmente, sem mi-mi-mis.
Ah, e parabéns pelo post todo, está bem legal!
Abraço!
Alô você Adriano!
Quem diria ein? ISAC ajudando a decifrar os enigmas do futibolês e indicando o caminho. Show de bola.
Coloradamente,
Melo
Bem, “El Mago”, concordo plenamente que a falta do “equilíbrio”, em qualquer circunstância, conduz, inexoravelmente a um final nada feliz. Quem sabe a aplicação de alguma tática de “Xadrez” aos nossos meninos atletas ou a leitura da “A arte da Guerra”, colocasse ao alcance as tão sonhadas vitórias?… Ou será que devemos partir para toda a Direção a literatura de Auto-ajuda? E nós, torcedores, como ficamos neste conflito? Amanhã saberemos!
Então Adriano, estou lendo muito sobre estas cosias. Inclusive física quântica. Quem sabe a gente proíbe de entrar no beira Rio torcedor pessimista? As energias fazem toda a diferença. É que confesso que eu ficaria fora.
Adriano, tu poderias se candidatar a técnico. Sem brincadeira, pois teu texto é um tratado sobre futebol. Parabéns.