Existe uma tendência no ser humano de se sentir superior. Obviamente que, pelo fato de possuirmos a capacidade de pensar, de raciocinar, temos diferenciais em relação aos demais animais. Também não podemos negar que existem pessoas que desenvolvem mais a sua capacidade de entendimento do que os outros. Mas, mesmo assim, isto, por si só, não os caracteriza como sendo melhores de que ninguém. Talvez em alguns quesitos, em algumas circunstâncias. Mas não em tudo.
Quando se fala em paixão futebolística, especialmente falando, esta tendência de se achar superior, maior, melhor….se potencializa. Aqui nem menciono a comparação entre Colorados e azenhistas. Nesta discussão jamais se chegará a alguma conclusão. Refiro-me às análises internas, ou seja, entre Colorados. Conheço muitos Colorados que se entitulam como os mais Colorados do mundo. O resto é o resto. Não merecem a mesma distinção que eles, os “maiores Colorados da Terra”. Isto, além de ser uma inverdade, é uma afronta ao sentimento dos demais. Não existe COLORADÔMETRO. Eu não sou mais Colorado do que os outros por ter ido ao Japão, por ter ido a Dubai, por ser Conselheiro do INTER, por poder dizer que tenho inúmeros amigos na Diretoria do nosso clube. Eu sou muito Colorado sim. E basta. Esta história de se colocar num patamar superior aos demais componentes da Nação Colorada é necessidade de responder para si mesmo o que, muitas vezes, não se tem total certeza. São os inseguros que precisam falar para todos que são os maiores Colorados do mundo.
Ao meu ver, para ser o maior Colorado do mundo basta ser sócio do INTER e pagar a sua mensalidade em dia, esteja o time numa boa ou numa má fase. Este é o Colorado. Este é quem sustenta esta paixão. Não há necessidade de brigar para provar isto, e nem desmerecer os demais Colorados. Cada um sabe o que tem que fazer pelo clube.
Agora, o que pode-se diferenciar é quem trabalha pelo clube dos que só o frequentam, só o usam, só o veneram nas vitórias. Isto sim pode ser feito. Trabalhar pelo clube não quer dizer fazer expediente no Beira-Rio, ter um cargo no clube, ser mais próximo dos Dirigentes e atletas. Trabalhar pelo clube é elevar o seu nome na sua profissão, no seu convívio de cidadão correto. Trabalhar pelo clube é encontrar amigos e sugerirem que se associem, que se juntem a grupos organizados para realizarem ações positivas para o clube. Trabalhar pelo clube não exige, obrigatoriamente, estar sob as “luzes da ribalta”. Conheço grandes Colorados que jamais tiveram seus nomes vinculados ao clube, que jamais deram uma entrevista em rádio ou televisão, que jamais tiveram acesso ao vestiário do clube, ao gramado, aos jogadores, etc.
O Blog ARQUIBANCADA COLORADA segue esta linha de pensamento. Queremos ser tão Colorados como o mais simples torcedor do nosso time. Somos profissionais e tentamos, dentro de nossas possibilidades, dedicar horas de nosso lazer para discutirmos assuntos sobre o nosso time, sobre a nossa Diretoria, sobre o nosso clube. E, mais do que isto, queremos fazer alguma coisa para tornar o SPORT CLUB INTERNACIONAL cada vez maior. Que possamos ser uma pequena pedra que compõe o alicerce de nosso clube. Sim, parte do alicerce, que não aparece, mas é fundamental para a sustentação de toda a estrutura.
VIVA O INTERNACIONAL
VIDA LONGA PARA O ARQUIBANCADA COLORADA
Nolci Santos / Porto Alegre – RIO GRANDE DO SUL
Colorado, NADA VAI NOS SEPARAR !
Concordo contigo, Nolci, 100%.
Na minha opinião, esse comentário é muito bom e muito certo.
Obrigado por escrever!
Pois é amigo Nolci,
Concordo que ninguém é mais colorado que ninguém, incluindo aqueles que são sócios e aqueles não menos colorados que ainda não são sócios.
Acabo de retornar do Beira-Rio, para onde me dirigi por volta das 15 hs da tarde – juntamente com uma amiga – para comprarmos ingresso para o jogo de amanhã contra o Desportivo Quito, válido pela Libertadores da América.
Como ela “ainda” não é sócia, haviamos tentado comprar o ingresso – conforme informações obtidas no site oficial do inter, nas lojas americanas do shopping João Pessoa, mas lá havia um cartaz dizendo que o terminal encontrava-se fora do ar.
Sendo assim, nos deslocamos (pegando dois ônibus) até o Beira-Rio. Lá chegando, havia uma multidão de evangélicos e a bilheteria encontrava-se “fechada”, o que conforme funcionários do inter deveu-se a tumultos ocorridos em função deste evento.
Ocorre que apenas eu consegui adquirir meu ingresso na central de sócios; ela como não é sócia, gastou R$8,40 de ônibus e voltou pra casa frustrada e sem ingresso.
No site oficial do clube, consta que a bilheteria estaria aberta hoje até as 19hs!!!
Creio que de acordo com o Estatuto do Torcedor, prestar informações equivocadas é – no mínimo – um enorme desrespeito. Fechar as bilheterias e atender apenas os “sócios” do clube, em detrimento de milhares de torcedores “não sócios” mas apaixonados pelo Interem véspera de um jogo de tamanha importância é um fato lamentável e demonstra “no mínimo” desorganização por parte do clube.
Um funcionário me relatou que inclusive os jogadores do Inter estavam tendo problemas para entrar no clube.
Agora pergunto: Véspera de jogo é dia de alugar o gigantinho pra evento evangélico??? Sendo que hoje, feriado, muitos torcedores vão até o clube pra adiquirir ingresso???
Simplesmente lastimável…
Mas amanhã VÂMO VÂMO MEU INTER!!!
Cara Colorada Anelise.
Somente agora li teu post. Lamento profundamente o ocorrido. O nosso clube ainda tem muito a evoluir. Sugiro que encaminhes à OUVIDORIA tal relato. Se acharmos que nunca vão nos ouvir, nunca nos ouvirão mesmo. Portanto, relate o caso. Gostaria de saber como o caso se sucedeu. Um abraço e continue nos prestigiando com teus comentários. Nolci
É isso mesmo NOLCI. Não existe um colorado mais colorado que os outros…depois de mim, todos os outros colorados estão no mesmo patamar (rerere). Abraços a todos que já fizeram algo de bom neste mundo se torcem pelo INTER….
Palavras sábias e precisas Nolci.
Transpuseste, com impar felicidade, o sentimento de cada um dos milhões de colorados mundo afora.
Abraços
Realmente concordo contigo, ninguém é mais colorado que eu e eu não sou mais colorado que ninguém.
Ser colorado não tem como descrever, é um sentimento único.
Esse amor que nos leva as vezes a loucura, a raiva, ao carinho a satisfação.
Orgulho-me de ter levado tijolos para ajudar na construção de nosso templo sagrado e estive na inauguração. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, porque de certa forma faço parte desta história.
E quanta alegria ao conquistar o mundo, bah, indescritivel.
Um grande abraço.
saudações coloradas
Caro amigo(se me permite chamá-lo pelo pouco tempo de convivência) Nolci !!!
Compartilho do mesmo pensamento,que o seu,em relação a questão do Coloradismo.
Já ouvi muito esse papo e isso muito me encomodava.Hoje não mais.
A verdadeira paixão passa por ações e as emoções são particulares e muitas vezes não externadas,portanto não podendo ser mensurada.
O grande e verdadeiro Colorado trabalha em prol do clube e não precisa alardear o mesmo.
Com essa visão,certamente o ARQUIBANCADA COLORADA em muito contribuirá com o INTER,e como você frisou,teremos vida longa.
Um grande abraço e parabéns pelo motivante texto,
João.
Beleza de comentario NOLCI.
Parabéns!!!