Quando ia indo para o Beira Rio, sabia eu bem provavelmente não veria um primor de espetáculo. Considerando que os nossos “meninos” da base não têm apresentado desempenhos que nos levem a ter uma expectativa muito promissora, o primeiro pensamento seria quase que um dever.
Apresentando alguns poucos jogadores que já transitaram pelo grupo principal como atrações o Inter começou o jogo encarando o time profissional do Cerâmica como deveria: olho no olho. A falta de “tarimba”, de rotina de disputas pesou quando o Inter tomou o primeiro gol logo aos 15 min. do primeiro tempo. A defesa era inapta se atrapalhava com jogadas de disputas nas cercanias da área. O miolo de Zaga formado por Jackson e Romário sem estar afinado comprometia. Das laterais vinha a boa notícia: Cláudio Winck e Lima tinham bom desempenho ofensivo, já que defensivamente estava tudo muito confuso. Os volantes Noé e Márcio eram insuficientes sem se mostrar maus jogadores. Nas arquibancadas, nas sociais, encontro nosso blogueiro C. Vidal que me faz uma pergunta: onde anda o Augusto, aquele promissor volante? Não sei lhe respondi. Nas meias, Fred e Bruno, enquanto Sacha e Thiago eram os atacantes. Fred e Bruno se movimentavam muito, mas pouco produziam. Sasha em muitas oportunidades era o atacante mais adiantado jogando de costas o que com seu porte físico era uma luta desigual diante dos grandalhões defensores de Gravataí. Com isto o Centroavante, Thiago, trazido recentemente do Sergipe não produziu absolutamente nada. Para piorar as coisas o meia Rogerinho acertou uma cobrança de falta daquelas quase impossíveis de ser detida, 0 x 2.
Muita aplicação mas pouca inspiração depois, o 1º tempo acabou. Na volta algumas modificações, Osmar Loss sacou Winck, deslocou Márcio para a lateral e fez entrar Giovanni. Thiago ganhou um parceiro e seu futebol apareceu, valente, insinuante deu uma canseira na defensiva adversária, fazendo com que o goleiro Cidinho fizesse no mínimo duas defesas extraordinárias. Fez também que o árbitro Daronco desse um show de incompetência, não marcando um pênalti de concurso sobre o centroavante colorado. Aliás, o fraco árbitro andou deixando de punir com cartão amarelo agarrões cotovelassos e tapas na bola que o estádio todo viu. Bruno deu lugar à Augusto (ele apareceu) e o time cresceu muito, a ponto de mandar no jogo no segundo tempo. Mas quem brilhou mesmo foi o lateral Lima. Muito técnico, veloz, bom cruzamento, driblador, leva jeito talvez esteja aí o herdeiro do Kleber.
O futebol foi insuficiente para empatar sequer, mas nos apresentou especialmente esse dois jogadores que precisam ser mais observados, vale à pena. “SEU LIMA” (*)
Ponto negativo, a desconsideração da direção do Inter com seu associado abrindo o estacionamento do Parque Gigante (anunciado do site) e fechando o acesso de pedestres para quem vinha de lá. A desculpa de que havia outro evento não era impeditivo para que se abrisse, por exemplo, um portão interno que sai em frente à capela. Quem quis ver o jogo teve que efetuar uma volta de 360 graus e quem não quis foi embora. Perguntinha: Quando vai tomar uma decisão alguém da direção pondera em nome dos sócios? Respondo eu mesmo. Em tempo de eleição, sim.
(*)HOMENAGEM A LAURO QUADROS.
(quando comentarista utilizava essa expressão, sempre que queria referenciar o melhor em campo)
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Vamo, Vamo INTER
Paulo:
Não vou analisar o jogo de ontem, pois tu analisastes conforme ele se desenvolveu, mas levantarei um problema que constato a algum tempo, que é a falta de aproveitamento das categorias de base pelo clube.
A mídia especializada a algum tempo vem dizendo com dados estatísticos que temos uma das melhores categorias de base do Brasil e pergunto se isso é verdade por que quase não revelamos jogadores para equipe principal, pois se olharmos cuidadosamente os destaques de 2002 para cá foram uma meia dúzia de atacantes e mais o Sandro (atualmente na Inglaterra), os goleiros Renan e Muriel, os zagueiros Sidnei e Juan, depois destes não lembro de mais ninguém. Quando tenho tempo, procuro ver jogos da Categoria de Base e tenho visto bons jogadores que dispontam em várias posições, mas quando estes tem a possibilidade de demonstrar serviço nos profissionais acabam sucumbindo.
O problema é a falta de um planejamento e uma interligação maior entre o profissional e as categorias de base, pois as estruturas e a postura dos Departamentos de Futebol Amador e Profissional são bem diferentes. Para citar um caso, a Categoria hoje chamada de “Sub-23” é da responsabilidade da categorias de base de acordo com site oficial e quando tive a oportunidade de questionar o motivo da existência da mesma, pois esta só serve para disputar a “Copa FGF”, fazer alguns amistosos ou para alguns jogos como o de ontem. A resposta é que este grupo não era da responsabilidade do departamento, mas que servia para dar experiência para os jogadores jovens, e isto foi citado por responsáveis dos dois Departamentos.
Outro problema, qual a necessidade de contratar jogadores para este grupo (foram 12 jogadores, que eu escutei e li, este ano) se quase não disputa competições oficiais.
Ontem para variar cometeram mais um equivoco, pois fizeram uma mescla danosa para uma equipe que queira ganhar uma partida, pois no futebol o importante é ter conjunto. Ontem dos 14 atletas utilizados: 3 jogadores treinam com o Grupo Principal, mas que não jogam normalmente (o goleiro Agenor, o zagueiro Romário e o lateral esquerdo Lima); 3 estavam jogando a Copa SP de Juniores (Cláudio Winck, Rodrigo Dourado e o Fred); e dos 8 que treinam com o Grupo Sub-23, quatro deles foram adquiridos durante a Pré-Temporada deste grupo. Analisando estes dados como poderia dar certo este time.
Na minha opinião, todas as competições que o Inter entra precisa ser encarada com seriedade e não se deve fazer testes em meio a competições e aceitar tudo que a Federação manda (como jogar três partidas em quatro dias) para evitar que jogadores que são o nosso patrimônio sejam dilapidados devido a equivocos amadores. Sou contra o Inter ter uma categoria como a Sub-23, que eu apelidei de “limbo”, pois a utilização de jogadores da categoria de base tem que se dar ao natural e não desta forma se o atleta não servir para o grupo principal este deverá ser negociado, pois a fila anda. A filosofia mais adequada para quando temos duas competições simultâneas poderia ser a velha ideia dos Aspirantes que é formado pelos reservas que não estão atuando do Grupo Principal para adquirerem ritmo de jogo e atletas que estão se destacando nas categorias de base do clube, mas para funcionar este grupo deve treinar junto com o grupo titular e ser comadado pela mesma Comissão Técnica.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Vi o jogo em casa, como tem sido ultimamente e tudo o que senti foi uma grande irritação. O que era aquele sistema defensivo?????
Por Deus, o que estão fazendo?
Alô você, Adri!
Eis a razão do título. Individualmente até que aconteceram alguns erros não se pode esconder , mas o coletivo…
Será que eu não enxergo direito ou o Sr O.Loss não gonsegue produzir um resultado satisfatório?
Oi Melo,
Bom retorno.
Vi o jogo pela TV. E gostei mesmo foi do LIMA, o melhor. Será o futuro lateral esquerdo do INTER, como referiste. E tem uma coisa que há tempos não vejo no Beira Rio: um exímio cobrador de faltas. Também gostei do Thiago no 2º tempo.
Tem alguns jogadores que estiveram aquém da expectativa. O Romário, falhou infantilmente nos dois gols: um errando em bola no chute na entrada da área e aí o adversário não perdoou e outro na cabeçada e depois fazendo aquela falta que redundou no 2º gol. O Jackson esteve melhor.
O Augusto, me perdoe, deu movimentação como citaste, mas não acabou com precisão nenhuma jogada. Inclusive os chutes a gol. E aquela cabeçada errada quase debaixo dos paus. Imperdível e ele perdeu.
O Sacha não está usando aquela sua característica que é a velocidade. Parece ter virado um jogador burocrático. E o Cláudio Winck por enquanto só o nome de família, pois nos dois jogos, desculpe mas não vi grande coisa. Foi o principal responsável do 1º gol adversário na saída errada de bola.
Olha, estou concluindo que o Moledo e Índio não tem substituto para a zaga no Beira Rio. Precisamos urgente de um 3º zagueiro de qualidade.
Em suma, este INTER é bastante verde para encarar partidas do Gauchão. Tem que ser mesclado com experiência. A propósito, porque não colocaram aqueles jogadores que ficaram no banco no jogo anterior contra o Once Caldas. Parece que estão repetindo a política de anos anteriores, depois vem o desespero com a obrigação de ganhar todas e salvar o campeonato. No ano passado deu certo, mas, neste ano, devemos considerar que o rival está bem melhor preparado. Ao menos no papel. Tomara que fique só nisso.
Abraço
Alô você Heleno!
Também não achei justificativa suficiente para o não aproveitamento de jogadores que necesitam adquirir o batido “ritmo de jogo”, vai daí que não entendo o não aproveitamento do Delatorre, Elton, Dalton, Zé Mário, João Paulo, Renan, Marco Aurélio, só para citar alguns.Quem explica?